de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 01 Novembro , 2009, 17:59


Um Botão de Rosa para cada um


Hoje, no respeito pela tradição e pelas minhas devoções, fui ao cemitério da Gafanha da Nazaré, debaixo de uma chuva miudinha, para visitar os meus santos. Nas suas campas deixei um botão de rosa, como sinal de bonitas recordações que deles guardo para a vida inteira. E como crente, num gesto da fé que todos eles me ensinaram a viver, dirigi uma prece ao Senhor Misericordioso, para que os guarde, no seu seio de amor maternal, até à minha chegada, que só Deus sabe quando será.

Fernando Martins

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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 24 Abril , 2009, 10:05


1360: Nuno Álvares Pereira nasce em Castelo do Bonjardim, Santarém, filho do prior da Ordem dos Hospitalários.
1361: É legitimado por D. Pedro I
1373: Entra na Corte de D. Fernando e torna-se escudeiro da rainha D. Leonor Teles. Em breve é armado cavaleiro.
1376: A 15 de agosto casa com d. Leonor de Alvim, de quem vem a ter uma filha, D. Beatriz.
1383: Morre D. Fernando. D. Leonor Teles manda proclamar a filha e o genro, D. João de Castela, sucessores do trono de Portugal. Nuno Álvares Pereira distingue-se no paartido patriótico que incita D. João, Mestre de Avis, a chefiar a revolta contra os castelhanos. É nomeado fronteiro entre Tejo e Guadiana.
1384: Vence os castelhanos na Batalha dos Atoleiros.
1385: D. João UI de Portugal, entretanto aclamado rei, nomeia-o Condestável do reino. A 14 de agosto vence na Batalha de Aljubarrota. Recebe numerosos títulos e domínios, entre os quais o Condado de Ourém e o Condado de Arraiolos.
1388: Começa a construção da capela de S. Jorge, em Aljubarrota.
1389: Começa a construção do Convento do Carmo, em Lisboa.
1393: Partilha com os companheiros de armas muitas das suas terras.
1397: Primeiros carmelitas vêm viver para o Convento do Carmo.
1401: Fim das hostilidades com Castela.
1414: Morre a filha, D. Beatriz. Projeta tornar-se carmelita.
1415: Participa na conquista de Ceuta.
1422: Reparte pelos netos os seus títulos e domínios.
1423: Professa no Convento do Carmo a 15 de agosto. Toma o nome de Fr. Nuno de Santa Maria. Dedica-se a atos de piedade e de benemerência. Ainda em vida é chamado Santo Condestável pelo povo.
1431: Morre no Dia de Todos os Santos.
1641: As cortes pedem ao Papa Urbano VIII a sua beatificação. o pedido é renovado várias vezes ao longo dos anos.
1918: O Papa Bento XV confirma o culto do Santo Condestável; a sua Festa celebra-se no dia 6 de novembro.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 21 Abril , 2009, 13:56


No próximo Domingo o Papa Bento XVI presidirá à canonização do donato carmelita Nuno de Santa Maria, o Beato Nuno, D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável, ou, como o povo há muito se habituou a tratar, com a sua consabida sabedoria, o Santo Condestável. Raramente, no percurso da comunidade lusa, uma figura alcançou resistir com tanto vigor a modas, tempos e vontades, para sobreviver com renovada presença num hoje que nos é dado testemunhar.

Nem todos vêem o mesmo quando pousam os olhos na envergadura deste Nuno. Alguns recusam-se mesmo a ver o óbvio. A busca do absoluto, nos séculos XIV e XV como no século XXI, tinge-se com as marcas da radicalidade, provada numa vida que, sem deixar de ser intensamente vivida, não raro confunde os protagonistas do convívio, em primeira ou em segunda mão. Os clamores materializados pelos contemporâneos de D. Nuno Álvares Pereira em face da sua opção religiosa foram seguramente bem mais audíveis que o não-senso de alguns dos nossos contemporâneos, incansáveis em combater tudo o que não entendem e todos os que não conseguem tolerar.

Seja como for, a vocação religiosa de Nuno de Santa Maria moldurou em definitivo a exemplaridade de uma vida. E não foi, por certo, o singular desempenho das responsabilidades públicas que trouxe a D. Nuno Álvares Pereira o afecto terno de tantas portuguesas e de tantos portugueses, vertido na confiança da sua intercessão junto d’Aquele a quem sempre procurou e a quem soube entregar-se inteiramente.

Nos dias que correm, propor como ícone de santidade um homem com o percurso de vida como o protagonizado pelo Santo Condestável é um gesto que não deixa de dar visibilidade a uma provocação: tu, leitor, já te procuraste nos trilhos do mundo e nos caminhos do coração? Que viste nas tuas deambulações em busca de ti mesmo? Acreditas que não estás sozinho neste permanente construir da tua pessoa? Arrisca questionar o teu percurso à luz do que Deus te pede, talvez descubras que a vocação, também a religiosa, é sempre um projecto de amor.
João Soalheiro
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 06 Março , 2009, 15:08
A vida de D. Nuno é força de mudança
"Vivemos em tempo de crise global, que tem origem num vazio de valores morais. O esbanjamento, a corrupção, a busca imparável do bem estar material, o relativismo que facilita o uso de todos os meios para alcançar os próprios benefícios, geraram um quadro de desemprego, de angústia e de pobreza que ameaçam as bases sobre as quais se organiza a sociedade. Neste contexto, o testemunho de vida de D. Nuno constituirá uma força de mudança em favor da justiça e da fraternidade, da promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários e de iniciativas de partilha de bens. Será também um apelo a uma cidadania exemplarmente vivida e um forte convite à dignificação da vida política como expressão do melhor humanismo ao serviço do bem comum."
Fonte: Nota Pastoral dos Bispos Portugueses
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 21 Fevereiro , 2009, 17:56

O Papa Bento XVI anunciou hoje a canonização este ano de dez beatos, entre os quais o carmelita português Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, segundo um comunicado do Vaticano.
Nuno Álvares Pereira integra, ao lado de quatro italianos, o primeiro grupo, que será canonizado no próximo dia 26 de Abril. Os quatro italianos são o padre Arcangelo Tadini (1846-1912), fundador da Congregação das irmãs operárias de Sagrada Família, a religiosa Caterina Volpicelli (1839-1894), fundadora da Congregação das Ancelles do Sagrado-Coração, o teólogo Bernardo Tolomei (1272-1348), fundador da Congregação do Mont-Olivet, e Gertrude Caterina Comensoli (1847-1903), fundadora das Irmãs Sacramentinas.
Ler mais aqui

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 19 Agosto , 2008, 14:32

MANDELA, UM SANTO LAICO


Adriano Moreira classificou, e muito bem, Nelson Mandela como “Um santo laico”.
Ora aqui está um homem que, independentemente da religião que professa ou não professa, é mesmo um santo a imitar no mundo de hoje, por toda a gente, ao nível da capacidade de perdoar e do gosto por contribuir, com gestos indesmentíveis de fraternidade e de paz, para uma sociedade mais justa e mais humana.
Nem sempre conseguimos ver santos fora da Igreja Católica, mas que os há, há.
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