de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 28 Outubro , 2008, 11:09

Mário Soares: exemplo de vitalidade intelectual e cívica

Quando li hoje a habitual crónica semanal de Mário Soares no Diário de Notícias, não pude deixar de pensar na sua extraordinária capacidade física, intelectual e cívica, em actividade constante. O antigo Presidente da República, que completa 84 anos no próximo dia 7 de Dezembro, mostra à saciedade que há, efectivamente, idosos jovens, tal é a força e a coragem com que intervêm no mundo das ideias e das convicções. Mário Soares é um deles.
Podemos discordar das suas posições políticas, podemos aceitar que nem sempre apresenta propostas com aceitação plausível, mas a verdade é que está no mundo, com uma rara intuição para dizer o que pensa, com uma juventude de espírito invejável.
Não é nem nunca foi uma pessoa acomodada, teima, com uma dignidade rara, em marcar presença no quotidiano do país e do mundo, insiste em lutar, por todas as formas ao seu alcance, por um mundo melhor. Um mundo mais justo, mais fraterno, mais humano.
E faz tudo isto com uma coragem exemplar, ao jeito de quem nos quer dizer que não podemos nem devemos ficar alheios aos problemas dos homens e mulheres do nosso tempo. A indiferença, o comodismo e o desinteresse são, simplesmente, apanágio de gente derrotada, sem alma, sem vida.
Obrigado, Dr. Mário Soares, pelo seu exemplo.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 06 Maio , 2008, 16:07

O Atlético Clube da Marinha Velha foi um clube de futebol que existiu na Gafanha da Nazaré, precisamente no lugar da Marinha Velha. O seu campo era no sítio onde está hoje, mais ou menos, o Porto de Pesca Costeira. Quando havia jogadores com pontapé potente, a bola, muitas vezes, ia para a Ria! E então, era preciso que alguém a fosse buscar a nado. Assisti a isto, era eu criança e jovem, há uns 50 e muitos anos. Foi seu fundador e principal dirigente o senhor que, na fotografia, está de chapéu. Era ele o senhor Casqueira, mais conhecido por Casqueirita. Este senhor, tanto quanto posso recordar, tinha um carro de praça, o primeiro que houve na Gafanha da Nazaré. O senhor Casqueirita era um homem bom, que se dedicava a causas sociais, desportivas e culturais. Também chegou a ter um Rancho Folclórico. Alguns jogadores de futebol eram seus empregados e viviam em sua casa. Tinha ainda uma agência funerária. Diz-se que gastou um boa fortuna nestas suas actividades.
O meu amigo Júlio Cirino anda a escrever um livro sobre as suas recordações da Gafanha, onde, decerto, haverá um espaço alargado para o Desporto, já que é treinador de algumas modalidades do Atletismo e seleccionador de uma delas. Agora precisa de conhecer os nomes destes jogadores. Quem poderá dar uma ajuda? Aqui fica o pedido!
As ajudas podem vir por e.mail: f.rocha.martins@gmail.com
FM

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 28 Abril , 2008, 18:06

Na sala de espera do Instituto Português de Oncologia está sempre patente o rosto do País doente. E se não faltam expressões de dor, também nos confrontamos sempre com sinais de esperança.
Hoje estive em Coimbra como acompanhante de um familiar, para consulta de rotina. Nada de grave, é certo, mas é bom cultivar a prevenção. E ali, na sala de espera cheia de pacientes e acompanhantes, os meus olhos saltitaram de rosto para rosto, na ânsia de perscrutar o que ia na alma de cada um. Uns denotavam tranquilidade, outros reflectiam angústias, outros acreditavam na cura, outros fixavam os seus olhares num horizonte muito longe dali. Falta de cabelo disfarçada com lenço garrido em forma de chapéu que mãos hábeis souberam aconchegar, rostos macilentos, ternura em casais mais jovens e menos jovens, solidão de quem está só e que chega com bombeiro a ajudar. Todos os dias é isto.
Mas hoje ainda reparei nos voluntários que dão a sua alegria aos pacientes. Uns que acompanham os doentes às salas das consultas ou dos tratamentos, atentos e carinhosos; um que chega para anunciar, com ar de brincalhão, que todos podem dirigir-se ao átrio para tomar chá, café ou leite, “com umas bolachinhas”, tudo de graça, porque é oferta da Liga Portuguesa Contra o Cancro; outro que nos pergunta, solícito, se estamos com alguma dificuldade; outro, ainda, que anuncia que o São Pedro nos pregou uma partida: “andou-nos a dizer que tinha chegado o Verão e, afinal, está a chover.”
Que não senhor, responde um doente, “ainda agora vim de lá de fora e estava bom tempo”. “Olhe que não, olhe que não”, responde o voluntário. E lança o desafio: “vá ali à janela e já vê.” E alguns foram. Eu também. E estava mesmo a chover. Mas logo o Sol brilhou.

FM

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 25 Janeiro , 2008, 09:43



A Pantera Negra, o Rei

Eusébio faz hoje 66 anos. Jogador de futebol dos mais famosos do mundo, de todos os tempos, personifica a arte de tratar a bola por tu. Modesto, mas futebolista que ostenta, entre nós, e não só, o título de Rei. Muitas e muitas alegrias deu a todos os portugueses, por esse mundo fora, sobretudo quando envergava a camisola da selecção das quinas e mesmo quando representava o seu Benfica.
Veio de Moçambique, depois de treinar nas ruas de terra batida com a bola de trapos. Mas a sua arte, a sua gana de chegar e de rematar à baliza, as suas “arrancadas” para ultrapassar os adversários, os seus golos imparáveis e a sua incontida alegria contagiante, com as vitórias, ainda permanecem na nossa memória.
A Pantera Negra, nome com que ficou para a história, também sofria e nos fazia sofrer com as derrotas da nossa selecção, sobretudo quando chorava por não ter conseguido, sozinho que fosse, levar o nosso País à vitória.
Presentemente, como nosso embaixador pelo mundo do Futebol, Eusébio continua a receber o carinho de todos os portugueses. E continua a emocionar-se e a emocionar-nos com as nossas vitórias.
Parabéns, Eusébio!

FM

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