Autores portugueses encontraram inspiração nos passos dolorosos da vida de Jesus. A sinfonia das suas palavras transporta-nos para o mistério da cruz
Na história da poesia portuguesa são muitos os autores que calcorreiam com o leitor os passos dolorosos da vida de Jesus. A sinfonia das suas palavras transporta-nos para o mistério da cruz. A inspiração de vários poetas mostra o olhar sofredor da Mãe que segura e chora o seu Filho:
«Vejo-te ainda, Mãe, de olhar parado,
Da Pedra e da tristeza, no teu canto,
Comigo ao colo, morto e nu, gelado
Embrulhado nas dobras do teu mando» (Torga, Miguel)
«Ó visão, visão triste e piedosa!
Fita-me assim calada, assim chorosa…
E deixa-me sonhar a vida inteira» (Quental, Antero de)
«Oh Virgem de Nazaré,
Oh Mãe de Jesus
Lírio aberto aos pés da cruz,
Cujas pétalas de luz
Vertem lágrimas de fé» (Conde de Monsaraz, [Papança, António Macedo])
«Junto da cruz, que estremecia ao vê-la
Chorou, baixinho, a Mater Dolorosa:
E a terra, em volta, soluçou com ela» (Oliveira, António Correia de)
Ler mais aqui