de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 21 Agosto , 2008, 10:00

Planura alentejana

Na planura alentejana
se reflecte o braseiro escaldante
de um verão sem vento

Rebolam anseios de fugas na tarde longa
onde estendo
lentamente
um grito dolente
para além de horizontes que não alcanço
nesta tarde calmosa de Agosto

Na planura amortecida em sono de estio
vai renascer cada manhã fresca
cândida e leve
a paz sonhada
em cada madrugada

Na planura ressequida do Alentejo
tão esquecido
há-de voltar aos olhares
de quem passa
a esperança de vida nova
sempre tão apetecida

Agosto de 2008

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 29 Fevereiro , 2008, 17:54


Espraiei nas dunas os meus olhos
até à imaginação
em dia de primavera prometida
Fixei ao longe o céu escuro pela bruma
de sonhos esquecidos
E pensei nos tempos vividos
à sombra dos areais da minha infância
com farol à vista

FM

Editado por Fernando Martins | Sábado, 23 Fevereiro , 2008, 08:31


Deixei a floresta de cimento
que me incomodava
e fugi para o mar
que ali perto bramia
e me desafiava
com seu rugido
cadenciado

Senti que o frio do cimento se foi
paulatinamente

Veio então o calor das águas revoltas
que batiam forte
contra as pedras sofredoras

E com o bater do mar e o sofrer das pedras
fiquei tranquilo
e feliz
a ver passar o tempo

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Domingo, 13 Janeiro , 2008, 11:52

Na rua comprida
Há gente que passa
e pára
Há gente que corre
e conversa
Há gente de olhares distantes
e frios

Na rua comprida
Há gente sozinha
e acompanhada
Há gente que procura
no murmúrio
a paz há tanto perdida

Na rua comprida
Há gente triste
e alegre
Há gente que sonha
e acredita
que a vida
com alguém
é sempre mais bonita

FM

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