de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 13 Junho , 2010, 14:12

 


NOTA: Os caminhos da conversão são múltiplos e sempre originais. Cada convertido fez as suas descobertas ou entendeu-se melhor ou pior  com os mistérios da fé, que esses, pelo que são, estão longe do entendimento humano. Mas existem e podem fazer de nós arautos de vida nova. Bento Domingues mostra-nos hoje uma dessas caminhadas que conduziram à conversão.

 

FM

Editado por Fernando Martins | Domingo, 13 Junho , 2010, 12:10

Discurso de António Barreto na Sessão Solene do 10 Junho

«Em Portugal ou no estrangeiro, no Continente ou no Ultramar, na Metrópole ou nas Colónias, as Forças Armadas portuguesas marcaram presença em vários teatros de guerra e em diversas circunstâncias. Militares portugueses lutaram em terra, no mar ou no ar, cumpriram os seus deveres e executaram as suas missões. Em Goa, em Angola, em Moçambique, na Guiné, no Kosovo, em Timor ou no Iraque. Todos fizeram o seu esforço e ofereceram o seu sacrifício, seguindo determinações políticas superiores. As decisões foram, como deve ser, as do Estado português e do poder político do dia. Mas há sempre algo que ultrapassa esse poder. O sacrifício da vida implica algo mais que essa circunstância: é, para além das vicissitudes históricas e dos ciclos de vida política, a permanência do Estado.

Os soldados cumprem as suas missões por diversos motivos. Por dever. Por convicção. Por obrigação inescapável. Por desempenho profissional. Por sentido patriótico, político ou moral. Só cada um, em sua consciência, conhece as razões verdadeiras. Mas há sempre um vínculo, invisível seja ele, que o liga aos outros, à comunidade local ou nacional, ao Estado. É sempre em nome dessa comunidade que o soldado combate.

Nota: Um pouco ocupado, não consegui tempo para ouvir ou ler o discurso de António Barreto, proferido em Faro, no dia 10 de Junho. Para memória futura, aqui o deixo.

FM

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 12 Junho , 2010, 14:07

 

DIVINDADE IMPESSOAL E O DEUS PESSOAL

Anselmo Borges

É frequente ouvir pessoas que se afirmam cristãs dizerem: sim, eu acredito, "ele há qualquer coisa de superior que nos governa". Pergunta-se: essas pessoas acreditam no Deus cristão? Realmente não, já que, na perspectiva cristã, Deus é invocável, da ordem do pessoal e não do impessoal.

É certo que muitos cientistas e filósofos afirmam a natureza como força geradora divina de tudo quanto há e ainda aberta a novas possibilidades no futuro. Há um texto recente do filósofo Marcel Conche que resume bem esta concepção. Para ele, Deus é inútil, precisamente porque a natureza cria seres que podem ter ideias de todas as coisas, até da própria natureza. Não se trata, porém, da "natureza oposta ao espírito ou à história ou à cultura ou à liberdade, mas da natureza omni-englobante, a physis grega, que inclui nela o Homem. Essa é a Causa dos seres pensantes no seu efeito".

 

 
 
 
 
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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 09 Junho , 2010, 12:20

 

VERDADE E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

NÃO ESTÃO EM LEILÃO

 

António Marcelino

 

 

 

 

Pilatos, já meio perturbado pela recomendação da esposa que pedia que não se deixasse envolver nas acusações e, cada vez mais baralhado pelas contradições dos acusadores e pelos gritos da gentalha, quis que fosse Jesus, o acusado, a esclarecer a situação. Mas Ele apenas afirmou: “Vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz”. E Pilatos, ainda mais perplexo, apenas disse, em ar de pergunta de que não esperou resposta: “Que é a verdade?”

Este é o drama da sociedade actual: a verdade perdeu a cotação, foi posta a leilão, interessa a poucos conhecê-la e, quando se procura ou se pergunta por ela, não se espera pela resposta de quem a pode testemunhar e propor feita vida.

Será que alguma vez a vida pode ter sentido de dignidade e garantia de futuro se apenas se basear em sentimentos e opiniões avulsas, ou se construída à margem da verdade objectiva e de princípios fundamentais, única forma de ter consistência e futuro?

“O apelo corajoso e integral aos princípios é essencial e indispensável”, recordou Bento XVI aos bispos portugueses. Uma recomendação apta para fazer caminho todos os dias.

O ambiente social, pejado de mentira, deixou-se inquinar por interesses pessoais e de grupos, para os quais a verdade será sempre incómoda e, por isso, desprezada.

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 09 Junho , 2010, 08:45

Diálogo em tempo de escombros

José Tolentino Mendonça

Dialogamos pouco sobre o nosso viver colectivo e damos escasso tempo à audição daquilo que se recorta mais profundamente, sem a opacidade sôfrega dos agendamentos. Por isso é um texto obrigatório este que acaba de ser editado: «Diálogo em tempo de escombros. Uma conversa sobre Portugal, o Mundo e a Igreja Católica». Um jornalista com a dimensão profissional, cultural e humana de José Manuel Fernandes, desafia D. Manuel Clemente para um encontro construído em três andamentos: na primeira parte, o jornalista enuncia um núcleo pertinente de questões que gostaria de ver abordadas, quase à maneira de um diagnóstico interrogado do presente. D. Manuel Clemente ensaia uma resposta na segunda parte. E no terceiro round, chamemos-lhe assim, uma conversa epistolar entre entrevistador e entrevistado vem precisar e ampliar alguns aspectos do diálogo. O tempo é de escombros, mas não esta conversa, como o leitor rapidamente verá.

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 05 Junho , 2010, 11:16

 

 

 

AO MESMO TEMPO RELIGIOSO E ATEU?

 

 Anselmo Borges

 

Como aqui me refiro por vezes a quem se considera ao mesmo tempo religioso e ateu, gostaria de tentar explicar.

Podemos apresentar exemplos. É sabido que Einstein tinha profunda veneração pela natureza - uma veneração de tipo religioso -, mas não aceitava Deus como pessoal e criador. Ernst Bloch afirmava que onde há esperança há religião. Segundo a sua concepção da matéria, força divina geradora de tudo, pode esperar-se uma salto "sobrenaturante" da natureza, de tal modo que se dê a reconciliação entre a natureza e o homem, que, no limite, se poderia tornar imortal. Mas afirmava-se ateu, porque não aceitava o Deus bíblico, transcendente, pessoal e criador.

Nesta ligação à natureza, força geradora divina impessoal, há traços de religiosidade quase mística, mas, ao mesmo tempo, porque se não acredita no Deus transcendente, pessoal, criador, com quem se tem uma relação pessoal, não se presta culto, não se reza, e, sobretudo, não se espera dele a salvação. Aí está uma religiosidade ateia.

Actualmente, um exemplo desta vivência como ateu e religioso é o filósofo A. Comte-Sponville, que se define como "ateu fiel": "ateu, porque não acredito em nenhum Deus nem em nenhum poder sobrenatural; mas fiel, pois me reconheço numa certa história, numa certa tradição, numa certa comunidade, e especialmente nos valores judeo-cristãos (ou greco-judeo-cristãos) que são os nossos", e que, neste sentido, escreveu a obra L'Esprit de l'athéisme.


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 03 Junho , 2010, 08:06

 

PROFETAS SEM MORDAÇA

 

António Marcelino

 

A vida nunca foi fácil para os profetas. Perseguidos, amordaçados, calados, apedrejados, eles remam sempre contra a maré. A consciência da responsabilidade nunca os deixou sucumbir ante as dificuldades. Proibidos de falar, respondem, convictos e decididos: “Não podemos é ficar calados.” 

Ser profeta não é vida para os ambiciosos de poder, os obcecados por carreiras vistosas, para os que só se ouvem a si próprios. Só para os que cultivam um ideal elevado, têm uma personalidade forte, estão marcados pelo sentido do dever, são humildes e corajosos.

Os profetas incomodam sempre o poder, tanto o civil como o religioso. Jogam fora do sistema. Não o canonizam, nem o favorecem. Os guardiães do sistema não gostam de quem levanta problemas, denuncia mazelas, aponta caminhos novos A gente do sistema quer ficar na história, sonha e prepara o pedestal da sua estátua. Os profetas olham o futuro dos outros, sonham uma sociedade mais justa e fraterna, resistem ao tempo.

Ao sistema, qualquer que ele seja, agradam mais os trauliteiros que se tornam coroa de defesa de senhores intocáveis, os acomodados com pruridos de uma cultura que não têm, os incapazes de contrariar quem manda ou preside e de quem esperam favores.

Os favores, recebidos ou esperados, são mordaças que tornam o profetismo impossível.

O tempo que tudo relativiza e banaliza, e em que só se sonha com êxitos e interesses pessoais, é tempo sem futuro. O presente fica vazio de ideal, cresce nele a selva dos parasitas, proliferam os videirinhos, só úteis aos senhores da corte, sem um futuro procurado e desejado com a gratuidade de quem só quer o bem dos outros.

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 02 Junho , 2010, 10:49

 

A PONTE

 

António Rego

 

 

 

É natural que da visita do papa Bento XVI a Portugal fique mais o “acontecimento” no seu todo que o conjunto de 17 “discursos” que proferiu entre saudações, preces, entrevistas e homilias. Mas as suas palavras foram, de si, acontecimento. Se algumas foram circunstanciais e de protocolo outras, as principais, foram fruto de reflexão e proposta à Igreja e ao mundo em Portugal. Pena seria se, tanto a nossa sociedade civil, como a comunidade eclesial reduzissem tudo a um encontro de cortesia dum chefe de Estado ou duma apoteose simpática do “chefe” da Igreja.

O todo da mensagem do Papa foi repassado duma reflexão que terá acontecido dentro da nossa própria Igreja nas sugestões que de Portugal foram enviadas a Roma mas que, meditadas e assumidas pelo Sumo Pontífice, se transformaram em acto de magistério para o tempo que vivemos e o país que somos.

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 29 Maio , 2010, 12:49

É POSSÍVEL FAZER UM BALANÇO DA VIAGEM DO PAPA?

 

Anselmo Borges

 

  

 

É possível fazer um balanço da viagem do Papa? O que aí fica não passa de breve tentativa. 1. Quem é que nos visitou? Um Papa que é um intelectual afamado, reconhecido por crentes e não crentes. Foi um dos peritos do Concílio Vaticano II.

Amigo do colega teólogo Hans Küng, seguiram caminhos diferentes a partir de 1968. Quando viu a ameaça do radicalismo ateu dos estudantes de Teologia, que consideravam a cruz uma "expressão da adoração sadomasoquista da dor" e o Novo Testamento um "meio de enganar as massas", deixou a Universidade de Tubinga e foi para Ratisbona. Hans Küng escreveu nas suas Memórias: "Ratzinger rejeitou totalmente aquele caos de 1968 e creio que foi esse o ponto decisivo da sua mudança para uma orientação conservadora."

2. A Portugal chegou como conservador. Trazia igualmente a fama de distante. Encontrei-me com ele uma vez em Roma e pareceu-me uma pessoa agradável, embora tímido. Confirmei que assim é: apareceu como um homem afável, um intelectual de grande estatura, mas humano e profundamente crente. Foi essa a imagem que deixou ao povo português. Mas ele também saiu diferente, mais humano - por vezes, emocionou-se. Afinal, a emoção sem razão é cega, mas a razão sem emoção é fria. A razão autenticamente humana é a razão sensível. Uma das palavras mais repetidas por ele foi compaixão. De facto, a razão não confrontada com o sofrimento pode tornar-se monstruosa.

 

In DN


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 26 Maio , 2010, 17:10

Avanço ou retrocesso civilizacional?

 

António Marcelino

 

 

 

 

É minha convicção, em si e pelas suas consequências, de que as páginas mais negras e negativas da história de Portugal, já escritas e que continuam a escrever-se no tempo que corre, se traduzem na legislação orientada para o ataque, senão mesmo para a destruição programada, da instituição familiar.

O último passo dado neste sentido, já estava previsto e mostrava-se irreversível. A não promulgação da lei votada no Parlamento e depois nas mãos do Presidente da República, juridicamente nada adiantava. Mas seria isso suficiente? O grito veemente e o veto do Supremo Magistrado da nação, quaisquer que fossem as consequências, ao afirmar o valor da instituição familiar, não dava o facto por consumado e acordaria a consciência de muitos cidadãos. A crise moral de um povo leva à subversão de todos os valores consistentes e é a mais grave das crises. É ela que está em causa. Mais grave que a crise económica, embora esta seja real e a condicionar a vida de muita gente.

O não veto deu azo a que se verbalizassem, em tom de vitória e mais uma vez, as razões de quem proclama que a lei é uma “vitória civilizacional” e põe Portugal na “vanguarda da igualdade”. O país pode assim tomar consciência de quem o governa e quem influencia o legislador maioritário com arranjos que nada têm a ver com o país real.

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 25 Maio , 2010, 08:28

O que no início parecia uma "entrada" amarga foi uma refeição saborosa, em família, sabendo que ali - como diria Pessoa - éramos mais que nós - éramos um povo.

 

António Rego

 

 

 

 

 

 

Foi no final dos anos 70 que participei em Munique num encontro sobre Comunicação Social. Recordo ainda um jantar que nos foi oferecido pelo Arcebispo da Diocese, Cardeal Ratzinger. Na ementa, a "entrada" era salmão (mal) fumado e que tive, com relutância, de engolir de olhos fechados como acontece em jantares de cerimónia. Só mais tarde vim a apreciar esse peixe e a vê-lo como toque de requinte e gosto nalgumas refeições.

 

Não sei se andava por aqui alguma parábola sobre o que é preciso aprender a apreciar. Recordava isso quando por vezes via em Roma o Cardeal Ratzinger atravessar a Praça de S. Pedro em direcção ao seu trabalho - uma Congregação que não era das preferidas da minha geração. Mas sabia que ele tinha feito parte do grupo de teólogos que marcaram o Concílio que, por sua vez, marcou decisivamente a minha vida.

 

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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 24 Maio , 2010, 09:26

Discute-se muito o que se paga aos gestores do nosso País. Ganham fortunas, lá isso ganham. Se fizermos as contas, nem conseguimos ver bem quantos salários ditos normais vale o salário de um desses afortunados. E protestamos, claro...

Alguns até devem merecer o que ganham, mas outros...

Então vamos pensar um bocadinho sobre o que é realmente um bom gestor, dos tais que merecem o que recebem... Veja aqui. 

 

 

 

 

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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 20 Maio , 2010, 07:40

 

 

Semente lançada que acolhe o tempo do fruto

 

António Marcelino

 

Bento XVI regressou a Roma. Não veio a Portugal como turista, nem à conquista de simpatias, nem a procurar ou evitar proventos de manifestas diferenças. Veio como peregrino e profeta, como irmão mais responsável numa obra apostólica - a missão evangelizadora - que a uma grande maioria dos portugueses diz respeito.

O leque abriu-se: uns sentiram-se conquistados e emocionados; outros continuaram a olhar para trás e a fazer comparações; para outros, vir ou não vir, era e foi indiferente; outros, poucos mas livres para opinar, não deixaram de protestar pelos incómodos causados à sua ideologia, ao trânsito ou à economia débil do país; muitos, finalmente, acolheram com alegria a visita e a mensagem de Bento XVI e têm agora na sua mão a sorte do futuro com a semente lançada e acolhida no terreno preparado do coração.

A verdade é que ele veio, esteve e partiu. Diz a comunicação social que partiu muito contente. Falou a grupos e a multidões, a crentes, a menos crentes e a descrentes. Cada qual o ouviu a seu jeito Não polemizou com ninguém. Não atacou ninguém. Não desfiou verdades abstractas. Não fez imposições, mas propostas.

 


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 18 Maio , 2010, 11:37

As sandálias do Pescador

José Tolentino Mendonça

A propósito da visita Apostólica de Bento XVI ao nosso país, têm-se multiplicado as tentativas de traçar um perfil do Papa partindo das singularidade do seu carácter ou da sua biografia. “Como definir o Papa Ratzinger?”, parece ser a preocupação dominante. E não falta quem sublinhe o seu brilhante passado académico, o seu estatuto intelectual reconhecido, o timbre germânico do seu temperamento ou até a timidez afável do seu sorriso. É claro que tudo isso tem importância para perceber o Pastor que nos visita, mas também é necessário dizer que essa informação é, no fundo, completamente irrelevante.


Editado por Fernando Martins | Domingo, 16 Maio , 2010, 19:34

 

 

 

A Aldeia Global encanta-nos pela sua riqueza

 

Celebra-se hoje o 44.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, este ano subordinado ao tema «O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos media ao serviço da Palavra».

Esquecer esta celebração é ignorar a importância dos media no mundo actual. Sem os Meios de Comunicação Social (MCS) não seria possível participar na Aldeia Global em que vivemos. Com eles, viajamos sem fronteiras que nos impeçam a convivência com outros povos e a descoberta de panoramas que nos elevam até alegrias infindas.

Com eles, a cada esquina encontramos uma infinidade de amigos, uma diversidade de saberes e opiniões, uma mescla de horizontes carregados de história, modos de ser e de estar no globo que é de todos.

Mas se é verdade que a Aldeia Global nos encanta pela sua riqueza, não é menos verdade que a reboque ou à margem do bom e do belo surge o mal, o agressivo, o ofensivo da dignidade da pessoa e da natureza. Ao lado do bem vem o horror das inúmeras escravaturas e guerras que assolam o planeta. Havendo homens e mulheres que lutam pela verdade, outros há que propagam o ódio e a mentira, pelo simples prazer de fazer mal a quem quer viver em paz e na concórdia.


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