«A ajuda humanitária é uma fraude em termos gerais»
No caderno ACTUAL do Expresso, José Mattoso, o nosso mais conceituado medievalista, afirmou, a propósito da sua estada como cooperante em Timor, estar desiludido «com a administração da ONU e com o dinheiro que gasta com funcionários». Depois estende a crítica a um grande número de ONG (Organizações Não Governamentais), adiantando que «A ajuda humanitária é uma fraude em termos gerais. Evidentemente que há gente muito generosa e competente, mas uma grande parte dessas organizações só serve para dar emprego». Refere ainda que «Dá a impressão de que ficam contentes cada vez que há uma catastrofezinha. É um bocado cínico dizer isto, mas infelizmente acho que é verdade».
Não é a primeira vez que registo tal opinião. Importa, portanto, que as autoridades que tutelam as ONG averigúem até que ponto é verdade o que se tem dito. Então não é correcto pensar que todos os voluntários das ONG ou a grande maioria deles são pessoas que se entregam, sem outros interesses que não sejam o bem-fazer a quem precisa?
FM