de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 29 Março , 2010, 21:30

 

 

 A nova era do Porto de Aveiro

 

Alexandre Cruz

 

 

 

1. Decorreu há dias a inauguração da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro. Momento solene de registo histórico (27-03-2010) que marca uma nova era para a instituição e, pela sua grandeza estratégica, também para a região. Do pensamento de 30 anos, a ligação foi concretizada em 30 meses, esta a afirmação mais sublinhada que procurava unir as ideias às práticas da capacidade de realização humana. Aveiro, Ílhavo e a região, sentiram este dia como seu, na vivência de um momento talvez comparado como quando pela primeira vez o comboio entrou em Portugal, ou semelhante à inauguração de uma ponte quando se estabelece uma nova ligação.

 


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 25 Março , 2010, 20:26

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O histórico coro virtual
 

Por Alexandre Cruz

 

1. O momento histórico foi a 24 de Março de 2010. Crianças de doze países participaram no cantar do tema «Lux Aurumque» dirigido pelo maestro (virtual) Eric Whitacre. Uma experiência, ao que parece inédita, no campo musical e que se poderá transferir para outras esferas da vida social e cultural global. Os comentários mais apreciadores um pouco por todo o mundo qualificam o resultado de «impressionante» e «surpreendente», mostrando bem as potencialidades positivas das novas tecnologias e do chamado mundo virtual. O YouTube regista o momento histórico das 185 vozes a uma só voz, todos em palco como se fosse real e um maestro situado no seu lugar expressando o ritmo de uma nova ordem de produção cultural com ecos socio-globais.

 


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 23 Março , 2010, 19:43

Paradigmas e comportamentos

Por Alexandre Cruz

 

1. É bom sentirmos que determinadas épocas são forte estímulo ao aprofundamento e progresso da reflexão. Sem ideias as acções não atingem a qualidade desejada, e a reflexão é esse lugar especial de apuramento de novas metas a atingir. Neste contexto, o tempo de preparação da Páscoa é oportunidade privilegiada para que a vivência festiva tenha autêntico significado pessoal e social, para que não seja só a tradição a conduzir os valores pelos quais e nos quais se procura alicerçar a vida. Que bom seria que, acompanhando os tempos fortes do ano e as quadras festivas mais expressivas, fosse sempre despertado o momento de se apurar conteúdo que dá sentido à vida e inspiração aos desafios.


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 18 Março , 2010, 21:58

 

 

Paremos diante de uma poesia!
 
Por Alexandre Cruz
 
 
1. O tempo primaveril está à porta. Se não propriamente as condições climáticas ideais da quadra, no calendário está a chegar a mudança de estação, assinalada a 21 de Março com a entrada na Primavera. Com o brotar rejuvenescedor da natureza, o espírito humano é convidado a elevar-se de forma recriada e poética. É neste nobre relançar de objectivos, também num tempo em que a aproximação à Páscoa ganha um novo fôlego, que o Dia Mundial da Poesia vem propor-nos um tempo de paragem e reflexão. Desde 1999 que a UNESCO colou ao início primaveril a arte literária da poética como atitude de elevação e dignificação.
 

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 18 Março , 2010, 08:39

 

A dor e solidão do vandalismo
 
Por Alexandre Cruz
 
1. Todo o acto vândalo é condenável. Aliás, vândalos eram os bárbaros, aqueles que promoviam a barbárie, a matança sem freios, a promoção iníqua do mal, o dividir para reinar. O ambiente vândalo convém a quem quer domar e dominar. O acto vândalo como o de violência para a resolução de contenciosos ou opiniões diversas, espelha o mau estar de quem o promove ou faz. À sociedade feita de gente adulta e amadurecida o acto violento e bárbaro não faz parte do programa de argumentação, e as palavras que hão-de ser ditas em sede própria na procura de fundamentação não se poderão traduzir em acto violento obscuro. Só a menoridade e o fanatismo conseguem conviver com o sombrio vandalismo.
 

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Março , 2010, 19:27

 

O reequilíbrio em realização
 
Por Alexandre Cruz
 
1. Existia a ideia típica do euromundo de que as comodidades nos pertenciam, que o modelo de desenvolvimento justo e honesto seria este, em que não nos falta quase nada em termos de bens materiais. À medida que a roda a girar da globalização acelerou o contacto de uns com os outros, tomámos conhecimento desses valores adquiridos a tal ponto de deles não conseguirmos abdicar pelas consequências nefastas que isso trazia. O mundo e a visão do mundo (mundivisão) estava desequilibrada, e tal como nos fomos habituando a TER sem SER, outros continentes foram preservando bem mais a noção de SER que hoje os está a conduzir ao TER.
 

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Março , 2010, 11:26

 

 

  

A Grécia e o futuro
 
Por Alexandre Cruz
 
 
1. Sabe-se da crise social grega, pois que ela até foi apontada como o futuro que não desejamos para nenhum país, também não para Portugal. As imagens da continuada contestação social na Grécia são reais e tocam, a partir do país origem da razão democrática, os alicerces da sobrevivência de gentes e comunidades. Como propor medidas restauradoras diante de crise presente? Como estimular caminhos de exigência e poupança para multidões que estão no limiar da sobrevivência? A contestação não é superficial, toca o pão para a boca. Para o restabelecer das finanças do país, as medidas só podem ser de austeridade, como se ela por si chegasse para a resolução do problema. As ruas de Atenas vivem a cultura das massas em histórica contestação social e humana. Maio de 68, Atenas de 2010 – crise social?
 

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 05 Março , 2010, 12:38

A Cultura Preventiva

 Por Alexandre Cruz
 
 1. São as situações imprevistas que testam as verdadeiras capacidades das nossas previsões. A cultura preventiva e de segurança tem de ser vista como factor de desenvolvimento e progresso, pois garantem mais possibilidades de sucesso perante cenários imprevisíveis. Ao dizer-se que “homem prevenido vale por dois”, afirma-se as vantagens de se estar preparado e formado para tudo, para que quando se verificar a indesejada ocorrência surpreendente a capacidade de resposta tenha discernimento e valor acrescentado. Neste factor preventivo, hoje, teremos de juntar conhecimentos para além dos clássicos teóricos, incluindo os próprios conhecimentos das leis (não só físicas mas) também da natureza tendo como pano de fundo a realidade que temos, e não só a que gostaríamos de ter.
 

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 04 Março , 2010, 20:07

Relativização e não relativismo

 Por Alexandre Cruz
 
1. É frequente a equiparação de “relativismo” à consciência da relativização necessária diante da fragilidade humana. Os acontecimentos tempestuosos recordam a condição humana, uma fragilidade sempre perturbadora mas inevitável. A relativização das coisas como modelo de observação da realidade ajuda-nos a diferenciar o essencial daquilo que é efectivamente secundário. É relativo o “se vamos por aqui ou por ali”, mas não é relativo que somos, existimos e que estamos chamados à realização plena. Esta abordagem orienta-nos para um plano superior, o de compreender o que queremos dizer quando se repete que “tudo é relativo”.
 

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 04 Março , 2010, 11:20

 

É hora de reconstrução

Por Alexandre Cruz
 
 
1. Umas vezes construímos, outras reconstruímos. A construção é o primeiro passo; a reconstrução, como segundo momento, exige uma avaliação ponderada daquilo que serão os alicerces mais profundos com a finalidade de mais e melhor se conseguir a desejada segurança sustentável. Os dias deste mundo não têm sido fáceis, a natureza alerta-nos de diversas formas, as forças humanas são desafiadas à resistência e persistência. No meio de tantas tempestades têm existido “machados” que se enterram, de quem reconhece que “temos andado tão enganados”, de que afinal “Portugal é assim”, solidário, de coração grande!
 

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 23 Fevereiro , 2010, 19:11

 

Um país humanitário

por Alexandre Cruz
 
 1. A situação aflitiva da Madeira, que faz de todos nós madeirenses, a par da concomitância da candidatura de Fernando Nobre à presidência da República, os temporais que têm assolado também a nossa região com os consequentes estragos, parece que fazem parte do mesmo acontecimento temporal da visibilidade humanitária de um país que, mais que nunca, agradece e faz de todos “bombeiros” no socorro das aflições. Nestas ocorrências de tragédia, o realismo organizado puxa pelo melhor de todos, e na hora da urgência não pode haver separações de qualquer cor. Da aprendizagem destes tempos humanitários é importante o seu perdurar para que a memória não apague nem a consciência da pequenez humana diante da grandeza da natureza, nem a consciência de um nacional ordenamento do território que importa na generalidade repensar.
 

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 17 Fevereiro , 2010, 19:22

 

Aprender a viver com a crítica

 Por Alexandre Cruz
 
 
1. É natural que ninguém gosta de receber críticas, mas saber conviver com elas revela-se uma atitude de prova de maturidade e de consciência de que cada dia se está a aprender. O terceiro pilar do relatório da educação para o século XXI, «aprender a viver juntos» continua a ser uma meta a atingir que por este mundo fora insiste em fazer correr muita tinta e infelizmente, também, muito sangue. A imposição das ideias de uns sobre outros, a par do deixar-se “agarrar” à ilusão do poder das coisas ou dos lugares deste mundo, tem sido e continua a ser, um dos grandes entraves à saudável e necessária convivência humana, onde todos temos sempre tanto a aprender uns com os outros.

 

 

 

 


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Fevereiro , 2010, 21:24

Dar vida positiva e tempo ao tempo

Por Alexandre Cruz
 
1. Após as festividades carnavalescas, embora este ano bem mais frias mas sempre com alguns excessos típicos da quadra, o convite a regressar ao rigor dos trabalhos alia-se à necessidade de desenvolver aquilo que são caminhos e horizontes de esperança. Como em todos os tempos, também neste não faltam motivos e motivações para o travão fazer tardar as boas novidades e o ressurgir de uma vida melhor, de um progresso mais justo, de vidas mais solidárias e mais felizes. Neste campo, até pela aprendizagem que a vida sempre ensina, teremos que desconstruir aquela ideia de que o pior é onde chegámos agora e de que se chegou ao beco sem saída. Quer à luz da história dos séculos, quer na vida pública da sociedade actual, é injusta essa consideração de que chegámos ao pior dos piores…
 

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 12 Fevereiro , 2010, 23:07

Nas malhas da liberdade

Por Alexandre Cruz

 

1. O tecido social da comunidade só consegue fluir criativamente no princípio basilar da liberdade. Esta liberdade, em sociedade de democracia amadurecida, revela-se como o pilar estruturante que garante o exercício da pluralidade e da respeitosa tolerância. Conseguir conviver com a diferença de opinião, de ideia, crença, política, visão estratégica, eis os sinais claros de que a liberdade é nossa companhia constante e que esta preserva o exercício público de todos e o particular de cada um. No século XX, à medida que os poderes da comunicação foram crescendo, estes foram sendo um palco preferencial do exercício da opinião, conveniente quando vem a favor, inconveniente, quando a opinião não é favorável. Estamos a navegar em terrenos muito pantanosos, onde as fronteiras da liberdade devem coexistir com as da responsabilidade colectiva.

 

 

 

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 09 Fevereiro , 2010, 11:24


A corrente do sistema
Por Alexandre Cruz

1. Há dias uma imagem da televisão, vinda da China, impressionou quem se deixa impressionar. Era um pai que, tendo-lhe sido roubada a filha mais velha, pegou no filho mais novo, de seus três anos, e amarrou-o com uma corrente a qualquer coisa fixa, não lhe fosse acontecer o mesmo destino trágico. O pai partilhava o desespero da insegurança, mas com a naturalidade de quem já está habituado à desumanidade. Tudo acontece na China, sistema que se vai afirmando com importâncias na cena internacional, mas no retrato nacional sofre os abalos de tamanhas condições de indignidade. Dizem os números, que não se podem calar, que são na ordem das cem mil crianças ano raptadas para os vários tráficos (de órgãos, de crianças, de prostituição) que persistem na era da globalização.


2. E o mundo assiste a este rodopio de notícias, esta como tantas outras, em que correntes de sistemas aprisionam pessoas e nações. Uma lei perturbadora também reina nestes acorrentados: a de que alguns países entusiasmados em conquista de figurantes de primeira linha na cena internacional, nesse processo vistoso, crescem por dentro no doloroso caminho até lá chegar. São gerações de mártires deste género, na China como noutras paragens, em que à distância “tudo” o que podemos fazer é quase-nada, a não ser ter compaixão, sofrer com quem sofre e mas ampliar o leque dos que não se conformam. Se a comunicação do mundo actual nos aproxima do que antes era obscuro, a nossa correspondência haverá de ser libertadora de cada opressão.

3. Mas, ainda, o pior de tudo é matar à raiz uma nova vida. Se os adultos não se entendem e trocam galhardetes ente si, tenham na sua capacidade de resposta adulta os argumentos com que se defender. Mas aquela(s) criança(s) chinesa(s), vítima(s) do sistema e das correntes que ao mesmo tempo aprisionam mas que garantem a perturbadora segurança… essa criança no seu olhar deixa-nos a pensar que mundo violento os grandes deixam aos mais pequenos. E depois, eles serão o que hoje formos…? Esperemos que não!


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