de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 02 Novembro , 2009, 16:51


Xilofone

 Na Casa-Museu Afonso Lopes Vieira, em S. Pedro de Moel, vi este xilofone de búzios, cujo som não pude apreciar. Vale pela originalidade, como demonstração de que a imaginação do homem não tem limites.  Ontem como hoje e sempre.

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 10 Agosto , 2009, 20:09
Azulejo decorativo
Os seus objectos

Nossa Senhora de Fátima, na capela da Casa


Escrivaninha portátil


O autor do Ave de Fátima


Passar por São Pedro do Moel e não visitar a Casa-Museu Afonso Lopes Vieira é como ir a Roma e não ver o Papa. Afonso Lopes Vieira (1878-1946) foi um escritor multifacetado, onde sempre sobressaía o poeta e o homem de cultura. A poesia, a prosa, a literatura infantil, as adaptações, o cinema e o ensaio encheram a sua vida. Mas no fim, ainda houve lugar para o homem solidário, tendo doado a sua casa, em São Pedro do Moel, para ali funcionar uma colónia de férias para filhos dos trabalhadores vidreiros e florestais. Ainda hoje funciona.
Não tendo sido, na sua juventude, um crente, pelo casamento tornou-se um homem de fé. Curiosamente, a ele se devem os versos que são uma indiscutível marca das aparições de Fátima, o célebre Ave de Fátima, com a assinatura de um servita.
A Casa-Museu, antiga residência de férias, e não só, do poeta, merece uma visita. O visitante pode, se quiser, sentir ao vivo a ambiência que Afonso Lopes Vieira usufruiu, com o bater das ondas na sala de estar banhada de sol, que o artista fixou em fotografias. A luz é presença permanente na sua alma e nos seus registos.
Cultor do espírito franciscano, manifestado numa vida austera e numa preocupação pelos mais sofredores, a sua obra é reflexo de grande humanismo e da sua ternura para com as crianças.

FM



Poema de Afonso Lopes Vieira,
de homenagem à sua casa
de São Pedro de Moel



Onde a terra se acaba e o mar começa
é Portugal;
simples pretexto para o Litoral,
verde nau que ao mar largo se arremessa.

Onde a terra se acaba e o mar começa
a Estremadura está,
com o Verde pino que em glória floresça,
mosteiros, castelos, tanta pátria ali há!

Onde a terra se acaba e o mar começa
há uma casa onde amei, sonhei, sofri;
encheu-se-me de brancas a cabeça
e, debruçado para o mar, envelheci…

Onde a terra se acaba e o mar começa
é a bruma, a ilha que o Desejo tem;
e ouço nos búzios, té que o som esmoreça,
novas da minha pátria – além, além!...





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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 18 Maio , 2009, 11:19


Celebra-se hoje o Dia Internacional dos Museus. Por todo o País, vamos ter actividades sem conta, todas voltadas para as fontes de cultura que são os espaços museológicos.
Quando se fala de museus, logo os associamos a coisas do passado, fora de uso. Mas não será assim, se quisermos. Podemos olhar para os museus como espaços de reencontro com as nossas raízes. Neles, se lá formos, há em permanentes exposições motivos para nos sintonizarmos com a nossa cultura ou com culturas de outros povos, a que podemos estar ligados, directa ou indirectamente.
Os museus dos nossos dias, quando bem orientados, não são espaços estáticos, mortos, frios. São, isso sim, espaços vivos, dinâmicos, em constante actualização, com funções pedagógicas e culturais, fazendo uma excelente ligação entre o passado e o presente e projectando-nos para um futuro mais consistente, enquanto mantêm em nós os princípios essenciais das nossas raízes.
Hoje, apesar de segunda-feira, os Museus Portugueses estão de portas escancaradas, para gratuitamente nos mostrarem as suas riquezas. Entremos, amigos, em qualquer um. Celebremos, assim, o Dia Internacional dos Museus.

Fernando Martins
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