de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 22 Fevereiro , 2010, 11:13

 
O município de Ílhavo vai estar ao lado do município-irmão Funchal, neste momento difícil. Através de mensagem dirigida ao presidente da câmara da capital da Madeira, Ribau Esteves manifestou a sua solidariedade, «nesta hora de pesar pelos cidadãos mortos pelos trágicos acontecimentos ocorridos».
«Mais do que nos associarmos à dor e à solidariedade pelas perdas de pessoas e bens, queremos manifestar a nossa disponibilidade para cooperarmos nas múltiplas tarefas de apoio às pessoas e de reconstrução do Funchal que estão já a ser desenvolvidas», sublinha o presidente ilhavense.
Adianta, ainda, que aguarda contacto para se poder definir, «de forma concreta» o apoio a prestar.
 
 

Editado por Fernando Martins | Domingo, 21 Fevereiro , 2010, 17:23

  

Recordações da Madeira

 Quando fixo as tristíssimas imagens que nos chegam da Pérola do Atlântico, a nossa ilha da Madeira, recordo com saudade umas férias que lá passei há anos. A ilha era de facto um jardim florido e viçoso, com turistas por todo o lado olhando, extasiados, uma beleza ímpar.

De lá trouxe a lhaneza dos madeirenses, os serviços turísticos perfeitos, o sabor inigualável do peixe fresco e a cultura de tradições centenárias.
Na altura havia a azáfama das auto-estradas e túneis que aproximavam terras e pessoas. Estive no Curral das Freiras, depois de descer, para depois subir, por estrada estreita cheia de curvas e com desfiladeiros por vezes assustadores.
De tal modo gostei da Madeira que prometi a mim mesmo que voltaria. Não voltei ainda, que o meu comodismo me não tem deixado. Mas agora, que os madeirenses mais precisam da nossa solidariedade, quase imponho à minha consciência o cumprimento da promessa.

 

 

 

 

 

 A solidariedade de todos nós

 

Perante as catástrofes naturais e outras, os portugueses sempre souberam mostrar a grandeza da sua solidariedade. Cada irmão do mundo que sofre cada coração que se lhe abre em generosidade. Tem sido assim. Com o Haiti recentemente. Estes dias, de forma brutal, a natureza foi injusta para com os madeirenses. Os Governos, da República e da Região, de braço dado, já garantiram que tudo farão para restituir à ilha e ao seu povo, que é o nosso povo, a Madeira que têm erguido com tanta coragem. O ânimo não lhes faltará. Nem a nossa colaboração pronta e generosa.

 

  

FM

 


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Dezembro , 2008, 11:13
Para trás ficou a saudade de uma ilha paradisíaca

Logo à saída do aeroporto de Santa Catarina, fomos acariciados no rosto pela brisa morna da noite madeirense. O encanto prolongou-se até à entrada para os autocarros, que nos esperavam, onde dois simpáticos jovens madeirenses, envergando trajes típicos da região, nos presentearam com o perfume de uma orquídea e um minúsculo barrete simbólico.
Fomos conduzidos ao centro de Juventude da Madeira, onde ficámos muito bem instalados, durante a nossa estada na ilha. Dado o tardio da hora e o cansaço da viagem, feita de noite, não pudemos apreciar a qualidade e a beleza das instalações. Só na manhã seguinte nos foi possível contemplar todo o empenho e encanto das ornamentações de Natal. Louvor seja feito às mãos meticulosas que deram o seu toque a toda a casa, realçando a exuberância dos enfeites e o colorido das formas.
Durante a nossa permanência, demos a volta à ilha, em autocarro, e eu não posso esquecer o fascínio e sedução que senti por esta terra encantada; fiquei totalmente rendida a esta obra do Criador. Os grandes penhascos arrojando-se para o mar; as encostas repletas de vegetação luxuriante; as extensas plantações de bananeiras, a desafiar o apetite do mais esfomeado; a aldeiazinha perdida no Curral das Freiras, observada do altaneiro miradouro da Eira do Serrado; as temperaturas mais baixas, do Pico do Areeiro, a convidar à compra do barrete do “Alberto João”... e alguns não resistiram à tentação; o almoço em Porto Moniz, onde saboreámos o famoso espada da Madeira; as temperaturas amenas das águas do mar, cativas em piscina natural; quantos de nós não sentiram a nostalgia do “maillot”, arrumado a um canto, lá no velho continente!... Ficaram as fotos para recordar!
Ao longo da viagem, em autocarro, iam sucedendo em catadupa, ora encostas ensolaradas, ora picos altíssimos que se adivinhavam por entre um nevoeiro cerradíssimo. Daí a pouco tempo, o sol vencia de novo o seu antagonista, deixava-nos admirar as polícromas e variegadas flores que ofereciam ao forasteiro, o sortilégio das suas formas: agapantos, orquídeas, buganvílias, sobrálias, antúrios, hibiscos, maçarocas, estrelícias, etc. Fascinou-me a garridice das “manhãs de páscoa” que proliferavam em muitos jardins madeirenses, a fazer inveja às nossas raquíticas “estrelas de natal”, aprisionadas em pequenos vasos e oferecidas, na época natalícia. Fiquei embriagada de cor e beleza, com as casinhas de colmo de Santana; o colorido das madeiras, a contrastar com a alvura das paredes, fizeram as delícias dos Companheiros.
E que dizer das ornamentações soberbas das ruas, do presépio gigantesco que é toda a baía do Funchal, do mar de luz que ofuscava o transeunte... E para cumular toda esta beleza, a apoteótica passagem de ano com o majestoso fogo de artifício e toda a euforia dos espectadores. Não tenho palavras adequadas para traduzir todo esse arrebatamento. Só a alma o sente e o guarda para memória futura.
Mas, para que todo esse “clima” fosse possível, não devo esquecer todo o empenhamento dos nossos Companheiros da revista Campismo, - a solicitude do Manecas - e a simpatia dos nossos compatriotas da Madeira, na pessoa do Companheiro Isidro. Este fez questão de nos acompanhar no convívio da passagem d’ano, onde houve de tudo à mistura: petiscos saborosos, cantorias, dança... Os Companheiros puderam dar largas ao que lhes ia na alma. Cantámos e dançámos até às tantas, havendo apenas a preocupação de chegar ao Centro de Juventude antes das suas portas fecharem. Houve alegria, camaradagem, confraternização sã. O resto da noite foi para ganhar forças para a viagem de regresso. O tempo passou num ápice ... e... para trás ficou a saudade duma ilha paradisíaca!
A todos quantos nos permitiram esta inolvidável experiência, o nosso grato reconhecimento. Bem-hajam!
Mª Donzília Almeida
Viagem realizada de 27.12. 1994 a 01.01.1995
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