de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 05 Junho , 2010, 14:25

 

 

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A Revista ÚNICA do Expresso de hoje é dedicada a África, o terceiro continente mais extenso do planeta e o segundo mais populoso. É também o mais pobre e o mais subdesenvolvido. Os estudiosos destes assuntos, políticos e não só, saberão descortinar as causas. A nós compete denunciar a situação e apoiar iniciativas que levem à erradicação da pobreza e avancem para o desenvolvimento.

Talvez não satisfeito com as denúncias, o Governo de Angola impediu a entrada no país do Expresso, SIC e Visão, Público e Rádio Renascença. Trata-se de uma clara violação da liberdade de expressão, só própria de ditaduras totalitárias.

Na minha actividade jornalística, quer como profissional quer como amador, algumas vezes senti na pele a censura, política e não só. Às vezes por razões simplórias e outras declaradamente por comportamentos ditatoriais, de quem não consegue conviver com a verdade dos demais.

Quando se fala de ditaduras, lembramo-nos logo de regimes políticos, mas a censura vem de todos lados e com todos os ventos, com a economia a comandar as operações. Mas desta poucos falam. Infelizmente.

 

FM

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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 12 Fevereiro , 2010, 23:07

Nas malhas da liberdade

Por Alexandre Cruz

 

1. O tecido social da comunidade só consegue fluir criativamente no princípio basilar da liberdade. Esta liberdade, em sociedade de democracia amadurecida, revela-se como o pilar estruturante que garante o exercício da pluralidade e da respeitosa tolerância. Conseguir conviver com a diferença de opinião, de ideia, crença, política, visão estratégica, eis os sinais claros de que a liberdade é nossa companhia constante e que esta preserva o exercício público de todos e o particular de cada um. No século XX, à medida que os poderes da comunicação foram crescendo, estes foram sendo um palco preferencial do exercício da opinião, conveniente quando vem a favor, inconveniente, quando a opinião não é favorável. Estamos a navegar em terrenos muito pantanosos, onde as fronteiras da liberdade devem coexistir com as da responsabilidade colectiva.

 

 

 

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 27 Novembro , 2009, 14:12
Acabou-se a liberdade


«Já ninguém se entende no país dos brandos costumes e agora pegou a moda de todos acusarem todos. O país está a brincar com o fogo: não tarda nada esquece a importância do significado da palavra liberdade. E aí...

O regulador dos media, a ERC, vai investigar se existem interferências do governo no sector. Os juízes, por sua vez, querem saber se existe espionagem política no país. Todos se sentem vigiados, mas ninguém sabe se essa sensação é real. Ou melhor, o director do "Sol" acusou claramente pessoas ligadas ao primeiro-ministro de lhe terem prometido dinheiro (para os problemas financeiros do semanário que dirige) em troca de não publicar notícias sobre o Freeport. E um juiz de Aveiro sustenta que Armando Vara está envolvido em negócios obscuros. O que se passa neste país?»

Martim Avillez Figueiredo

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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 09 Novembro , 2009, 17:42

Muro de Berlim

Liberdade no respeito pela liberdade dos outros

Os noticiários dos mais diversos órgãos da comunicação social têm hoje, como pano de fundo, a evocação do derrube do histórico muro de Berlim. As imagens mostram o vigor da conquista da liberdade, protagonizado por multidões que não sabiam o que isso era realmente.
Não vale a pena filosofar sobre o porquê das tiranias em pleno século XX. A história se encarregará de mostrar que há ideologias difíceis de compreender e de aceitar, sobretudo as que aprisionam gente, aprisionando-lhe o direito de falar e de respirar o ar puro das sociedades livres.
Mas também é importante referir que há outros muros, físicos e mentais, que continuam a bloquear o ser humano, limitando-o a seguir, apenas e só, os passos e as ideias de outros. Muros entre povos e nações, muros entre classes sociais, muros entre vizinhos, muros dentro da própria família.
O homem não foi criado para as prisões, mas para a liberdade, no respeito pela liberdade dos outros.

FM
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 08 Junho , 2009, 19:58
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Exclusão e pobreza têm impedido
crescimento global dos cidadãos


Olhando para o Portugal contemporâneo, o professor universitário [Marcelo Rebelo de Sousa] considera que há diversos obstáculos ao exercício da liberdade. Desde logo porque muitas pessoas vivem em condições de exclusão, pobreza, dependência, ignorância e ausência de um percurso educativo adequado. Para esta parte da população, a liberdade garantida pela Constituição não pode ser aplicada.
Ser livre é, para D. Manuel Clemente, muito mais do que agir sem prejudicar ninguém; é sobretudo uma capacidade de acolher e estar disponível. Não estamos sós no mundo, pelo que esta pedagogia da exigência, que deve começar com as crianças, é essencial para conjugar a liberdade individual com a das pessoas que vivem em sociedade.
Pensa-se por vezes que a liberdade justifica todos os comportamentos; segundo Marcelo Rebelo de Sousa, este ponto de vista reflecte-se na disseminação da violência familiar e laboral, na dificuldade em viver no espaço público e na intolerância face às opiniões discordantes.
No que diz respeito à manifestação pública da opção crente, o comentador defende que se está a assistir ao "ressurgir de posições iluministas, não apenas anti-clericais", que revelam dificuldades em entender o que é a liberdade religiosa.
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 18 Maio , 2009, 13:37
Em Fátima, 5 de Junho


No grande debate teológico – e por maior razão! – cultural que São Paulo travou com os Gálatas, a liberdade emerge como chave da existência cristã: «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gal 5,1)! O cristianismo das origens viveu de forma apaixonada essa reivindicação. Face às limitações que os particularismos de vária índole ditavam (fossem eles étnicos, sociais, económicos, religiosos...), o anúncio cristão expressa-se como uma inconformada aspiração de liberdade. Os textos do Novo Testamento são também um elogio à liberdade de pensamento e de palavra. O cristianismo começou inclusive por ser um delito de opinião, que custou aos seus protagonistas a prisão e a morte. Mas o “delito cristão” não cessou de ser, como sabemos, um extraordinário impulso para a libertação do Homem e da História.
Na atenção que a Igreja dedica à Cultura (ela sabe que aí, de forma prática, se joga a construção do humano) pretende-se afirmar a liberdade como valor inegociável, mas necessariamente articulado com a Verdade, o Bem e a Beleza. Temos de perguntar: “que liberdade é que buscámos e vivemos?”; ou então: “para que serve, para que tem servido a nossa liberdade?”. A cem anos da Implantação da República (importante efeméride a que a Igreja se associa), reflectir sobre Portugal é olhar para a liberdade e averiguar o seu grau de pureza.

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 08 Maio , 2008, 10:44

Perseguidos em nome de Jesus Cristo!


Chegou-me, hoje, alguma informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, “organização dependente da Santa Sé, tendo por objectivo apoiar projectos de cunho pastoral em países onde a Igreja Católica está em dificuldades”, a qual dá conta da “perseguição aberta” que os cristãos, estão a sofrer em vários países mundo.
Neste momento particular, de confusão e de desorientação mundial, desejo lembrar, fraternalmente, nestas breves linhas, aqueles nossos irmãos que, para viverem a fé em Cristo Jesus, são perseguidos e torturados. (cf.: 2 Tm 3,12).
Recordo os cristãos que vivem no Iraque, onde são vítimas de perseguições, ofensas, atentados, por parte de sunitas e xiitas, para que abandonem os seus lares e o país.
Ainda no passado dia 13 de Março foi encontrado sem vida o corpo do Arcebispo caldeu Paulos Furaj Rahho, depois de ter sido raptado e assassinado.
O mesmo Arcebispo que, no início de Janeiro, deste ano, escrevia que a sua diocese estava mergulhada “na dor e na agonia”.
Lembro, também, os cristãos do Líbano, vítimas da violência extremista, que lhes tem destruído o pouco que possuíam e que são obrigados a abandonarem, igualmente, os seus lares e a sua terra.
E como era possível esquecer os cristãos da Terra Santa, vítimas de perseguições de grupos extremistas, tanto do lado muçulmano como judeu?
Estes cristãos praticamente não têm nada para comer e arranjar trabalho é uma tarefa quase impossível. Deste modo, são obrigados a deixar a terra onde Jesus nasceu, pelo que o risco de deixar de haver cristãos na Palestina é bastante elevado.
Alguém imagina o que seria a Terra Santa sem cristãos?
A estes países, muitos outros se podem juntar na perseguição, prisão e tortura aos cristãos, casos da Coreia do Norte, do Irão, da China ou da Arábia Saudita, entre tantos outros que poderiam ser também referidos neste espaço.
Bem sei que, em alguns casos, a delicadeza das situações e a discrição exigem um diálogo paciente e sereno, por parte das autoridades religiosas cristãs com as autoridades dos países em que as perseguições são frequentes, para que estas acabem, tão rápido quanto possível, e possa dar-se início a uma abertura religiosa. Decerto, um caminho longo e difícil de percorrer e não isento de riscos e retrocessos.
Por isso, recordo as palavras, recentes, do Papa Bento XVI: “Mais uma vez asseguro que a Terra Santa, o Iraque, e o Líbano estão presentes na oração e na acção da Sé Apostólica e de toda a Igreja.”
A “Além-Mar”, de 20 Fevereiro de 2008, publica um ranking feito pela organização internacional evangélica “Portas Abertas”, sobre a situação mundial dos cristãos perseguidos.
De igual modo, a A.I.S. tem todo um conjunto de informações sobre a liberdade religiosa no mundo, que podem ser adquiridas ou consultadas, através do seu site.
Num mundo que parece estar cada vez mais confundido com ele próprio e onde a esmagadora maioria dos seus cidadãos já têm dificuldade em entendê-lo, não esqueçamos estes nossos irmãos perseguidos em nome de Jesus Cristo, através da nossa oração e da nossa solidariedade.

Vítor Amorim

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