de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 06 Dezembro , 2009, 23:18


“A lei d mnor sforç
e 1 mtor essncial
d evlção d lngua”


?A lngua n e 1 qstao fexad. Ms tms d tr norms?, ?A língua não é uma questão fechada, mas temos de ter normas?

“A sferografik Bic foi trokd pl tekld”, “A esferográfica Bic foi trocada pelo teclado”
“N tard mt a ser prcis dar auls d kligrfia aos adolscnts”, “Não tarda muito a ser preciso dar aulas de caligrafia aos adolescentes”

Chamaram-lhe Tecla 3? Tem toda a razão para ficar chateado. Ninguém gosta de ser tratado de atrasado mental. Se está com a sensação de que lhe está a escapar qualquer coisa, dê uma espreitadela ao seu telemóvel, que não serve apenas para receber e fazer chamadas. DEF, as iniciais de deficiente, são as letras da tecla 3.
A nossa língua está a mudar a uma velocidade vertiginosa e o novo acordo ortográfico está inocente. O culpado é o telemóvel, mais concretamente as SMS, palavra hermafrodita – a maior parte das pessoas atribui-lhe o sexo feminino (que vai buscar a mensagem), mas o masculino seria o mais correcto, pois é a abreviatura de Serviço de Mensagens Escritas.
“A lei do menor esforço é um motor essencial da evolução da língua”, reconhece Dinis Manuel Alves, filho de um guindasteiro do porto do Lobito, onde nasceu há 51 anos, e que agora é o responsável pela licenciatura em Comunicação Social do Instituto Miguel Torga, de Coimbra.
A bem dizer, não é o responsável pela licenciatura, porque as SMS e o MSN não são os únicos agentes de mudança da língua. O “correctês” dá uma ajuda: o 1º ciclo é a antiga licenciatura minguada por Bolonha, o 2º ciclo respondia

Ler tudo aqui

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 21 Outubro , 2009, 22:48


Pode ler-se no edifício da Câmara Municipal de Ílhavo um errito que já devia ter sido corrigido. Alguma criança que passe por lá pode ficar convencida de que os professores ensinam mal a Língua Portuguesa. Eu sei que todos nós erramos, mas, que diabo, mal vai quando não emendamos. Podem dizer-me que é coisa simples, mas não é. Na Gafanha da Nazaré, a placa toponímica da principal avenida tem um erro, repetido em vários pontos. Tem José Estêvão sem o acento circunflexo. Assim: José Estevão. Conclusão: não tem conta o número de vezes que esse erro tem sido repetido. Se o nosso grande tribuno cá viesse, é certo e sabido que, mesmo do alto da cátedra da sua oratória, não perdoava a quem lhe adulterou o nome. Isto é uma forma de ir dormir bem disposto. Desculpem lá a brincadeira. Mas não é verdade que a brincar se podem dizer coisas sérias?
Então boa noite. E já agora, amanhã, quando acordarem, não se esqueçam de pôr no sítio certo o ^.

FM

NB: Será que no meu escrito está algum errito? Se estiver, avisem-me por favor.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 15 Julho , 2009, 17:11
Companheiros de jornada
.
Mesmo em férias, o professor
não se demite das suas funções

Mesmo em férias, o Professor não se demite das suas funções! A sua veia pedagógica nunca o abandona! Continua a incentivar, reprovar, avaliar... situações, actos, contextos!
Deambulava num destes dias ensolarados, à beira ria, nesta terra, abençoada por Deus e bela por natureza, sentindo o cheiro salgado a maresia!
Neste cenário relaxante, tão libertador da mente, dá consigo a meditar na evolução que a língua tem sofrido ao longo dos tempos. No domínio das relações humanas, profundas alterações se têm dado. Há palavras que na sua polissemia adquiriram outros significados, novos, estranhos, na sua análise de pessoa oriunda do século passado. A primeira que lhe veio, à mente, foi a palavra camarada, que o seu pai tantas vezes utilizou, para se referir aos colegas, na instituição das forças de segurança, na qual trabalhou um grande período da sua vida. Os seus camaradas, aqueles cujas vidas o tinham marcado, pela boa camaradagem partilhada, eram os seus colegas e amigos de mister. Hoje, volvidos 35 anos após a revolução de Abril, o significado da palavra afunilou, perdeu a amplidão, ganhou uma conotação restrita e muito politizada. Perdeu... a seu ver!
Companheiro/a, no seu tempo era o amigo da escola, o colega de carteira, num contexto restrito e bem claro! Hoje, no final da primeira década do século XXI, companheiro adquiriu uma enorme amplitude! De simples colega, compincha de escola, adquiriu uma conotação nova. Não recorda outra palavra que tenha feito uma viragem de tanta abrangência! Companheiro de jornada... ainda que numa 2ª ou 3º via! Nunca como nos dias de hoje, se ouviu proferir, com tanta frequência, “o meu/minha companheiro/a”! Noutros tempos a palavra marido/mulher tinham peso, numa sociedade que privilegiava os valores da fidelidade, da integridade, em suma, da instituição família! Hoje, a cada dia que passa, ficam mais restritos no seu campo de aplicação! A este ritmo......qualquer dia, os..... cônjuges, ficarão circunscritos à sua condição de arcaísmos!!!
Conservadora como é, a teacher, continua a fazer jus aos seu código linguístico anquilosado, arcaico (!?), sem sequer ter aderido ao acordo ortográfico! Assim, nesta senda linguística, continua a ser fiel ao seu antigo léxico e a chamar, com toda a propriedade, companheiro de caminhada... ou até de maratona, ao seu cannis de estimação, que não trocaria por nenhum substituto, qualquer que fosse o nome pomposo que lhe atribuíssem! Deve dizer, a título de curiosidade, que o recíproco também é verdadeiro! Os amigos de verdade, são pérolas preciosas nas relações humanas, tão conturbadas, dos dias de hoje!
E... a propósito de amizade, emerge do torpor morno em que se encontrava, um termo quase esquecido na gaveta do léxico, nos bons velhos tempos da outra senhora! Agora, mercê das Novas Oportunidades desta efervescente e promissora democracia, (!?) subiu à ribalta, revigorado, cheio de novas nuances conotativas e de um largo espectro semântico – amigos do alheio!
Sem se perder em elucubrações sobre o tópico... deixa aos nossos governantes e aos especialistas em Linguística, a análise e (de)composição da palavra!
Bom exercício gramatical!

Mª Donzília Almeida
15 de Julho de 2009

Editado por Fernando Martins | Sábado, 07 Março , 2009, 23:26
Ó Magalhães, volta à escola portuguesa!


Eu não sei se todos os meus visitantes sabem que Magalhães foi um navegador português que deixou Portugal para trabalhar para os Reis Católicos, nossos vizinhos na Península Ibérica. Não chegou a concluir a volta ao mundo, mas ficou na história como tendo sido o autor da iniciativa. E ao serviço dos nossos vizinhos terá esquecido a Língua que Camões imortalizou.
É que, meus caros, agora metido num portátil, adaptado aos alunos das nossas escolas, o Magalhães (que me perdoe o autêntico, onde quer que ele esteja) ainda não reaprendeu o Português, sem erros, que tinha a obrigação de utilizar nos seus diálogos com as nossas crianças. Ouvi dizer, no entanto, que ele, o computador, foi ensinado por quem sabe pouco da Língua Pátria, razão por que tem baralhado tanta gente jovem e menos jovem.
Cá para mim, o Magalhães devia apanhar uma palmadas para não brincar com coisas sérias... Pode lá um Magalhães destes, nado e criado neste rectângulo ibérico, ainda agarrado à fama de ser bom navegador, andar por aqui a usar palavras que terá aprendido nem se sabe como nem onde, baralhando alunos que deviam, desde tenra idade, ouvir e falar um Português escorreito!
Ó meu caro Magalhães, deixa-te de brincadeiras e volta quanto antes à escola portuguesa, para aí aprenderes o que desaprendeste enquanto trabalhaste para os Reis Católicos.
FM

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 09 Fevereiro , 2009, 15:21


Graça Barbosa Ribeiro entrevistou Carlos Reis, especialista em Estudos Portugueses e coordenador dos novos programas de Português destinados aos alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, para o jornal PÚBLICO. A dado passo da entrevista, que pode ser lida naquele diário, em edição online, na página 10, Carlos Reis diz que, “Para termos alunos que gostem de ler são precisos professores que gostem de ler, que entendam a literatura como um domínio de representação cultural com uma grande dignidade e com uma enorme capacidade de nos enriquecer do ponto de vista humano. Claro que isto ultrapassa, em muito, a esfera de actuação de quem prepara programas de Português, e está intimamente relacionado com a actual crise das Humanidades”. Já aqui escrevi isto várias vezes. Mas é melhor ler a entrevista no PÚBLICO.

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 02 Outubro , 2008, 16:50
O PÚBLICO online referiu hoje que a nova ortografia já devia estar a ser ensinada nas escolas, na linha do que afirmou o linguista Malaca Casteleiro. De facto, Malaca criticou o Ministério da Educação pela ausência de um calendário para a entrada em vigor do novo acordo ortográfico no ensino do Português. "É lamentável que, da parte do Ministério da Educação, ainda nada tenha sido dito quanto à aplicação do novo acordo", considerou Malaca Casteleiro, à margem da cerimónia de abertura do 7º Colóquio da Lusofonia, que decorre em Bragança até domingo.

Editado por Fernando Martins | Sábado, 21 Junho , 2008, 18:49
Reconhecer o valor estético da Língua
A língua não é apenas um veículo de comunicação. É também o meio pelo qual expressamos os nossos pensamentos, as nossas emoções, os nossos afectos...
Eu diria que a língua não tem somente o género gramatical feminino; ela é 100% feminina, e, como tal, também ela é vaidosa!
Por trás dos bastidores, que são as regras firmes da gramática, está também o encanto de ela aparecer em palco e mostrar a beleza das suas roupas, que são as palavras; das suas jóias, que são as figuras de estilo; da sua maquilhagem, que são as reticências e os pontos de exclamação a mais!!
E ninguém ouse censurar esta vaidade de “alguém” que não envelhece, mas que, pelo contrário, rejuvenesce a cada dia que passa!

Reconheceram o valor estético da língua?!!
:
NOTA: Aqui ao lado, em CULTURA, coloquei um blogue que se dedica a questões da Língua Portuguesa, com saber, arte e bom humor. Como amostra do que pode ler em Língua à Portuguesa, ofereço aos meus leitores o texto desta página. Passe por lá para ver mais e para aprender.

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 16 Junho , 2008, 15:34

Por iniciativa da Rádio Terra Nova, em cooperação com a Comissão das Comemorações do Bicentenário da Abertura da Barra de Aveiro, decorreu um concurso literário sobre “Histórias do Mar e da Ria”.
Para além dos prémios, que são sempre um estímulo à participação, é justo realçar a importância destes concursos, nem sempre acarinhados devidamente pelas nossas escolas e outras instituições educativas e culturais.
Quando tanto se fala da Língua Portuguesa, como riqueza nacional que urge preservar e valorizar, impressiona-me a indiferença que há face a iniciativas que a promovem, aceitando, passivamente, que ela seja bombardeada no dia-a-dia por novos termos oriundos de outras latitudes, sobretudo nas conversas entre jovens, nas mensagens via telemóvel e nas comunicações pela Internet.
Se o estudo do Português fosse mais apoiado e se os nossos jovens fossem sensibilizados para a participação em Concursos Literários, talvez houvesse mais gosto por falar e escrever com correcção a Língua Portuguesa.
Porém, não é com o alheamento de tantos professores, escolas e instituições que poderemos acreditar no futuro do Português. Mais do que ensinar as regras gramaticais, importa estimular a nossa juventude a escrever com sentido estético, sendo certo que a participação em concursos pode ser uma excelente forma de a levar a gostar da nossa Língua.

FM

Editado por Fernando Martins | Sábado, 12 Abril , 2008, 18:25

Já li o livrinho – atual O novo acordo ortográfico O que vai mudar na grafia do português – de João Malaca Casteleiro e Pedro Dinis Correia, que apresenta as alterações produzidas pelos países de língua oficial portuguesa. A primeira impressão com que fiquei diz-me que não haverá problemas nenhuns no futuro, e que tudo será ultrapassado com facilidade pelos que escrevem o português, um pouco por todo o mundo.
Já passei, ao longo da vida, por algumas alterações ao português, sob o ponto de vista ortográfico, e não morri. Em Portugal temos um certo prazer em contestar tudo o que seja novidade. Foi assim com a adoção da moeda única. Afinal, o povo depressa aceitou o euro. Com as alterações ortográficas, será o mesmo. E não vale a pena gritar muito, porque as línguas vivas têm de evoluir, adaptando-se à vida e procurando a simplificação, para melhor as pessoas se entenderem.
Qualquer dia, os computadores estarão disponíveis para nos ajudarem. Mais fácil, pois, tudo ficará.
Como é normal, neste curtíssimo texto já respeitei algumas regras, embora a isso ainda não esteja obrigado.

FM

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