de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 02 Maio , 2010, 09:11

 

 

 

INDIGNAÇÃO SOCIAL

 

 

Georgino Rocha

 

1. Uma onda de indignação ética perpassa em toda a sociedade. Justificadamente. O que se anuncia para aliviar a angústia gerada pela “crise”, vem agravar a vida de quem não tem, não sabe ou não pode. A grande maioria da gente simples, a mais sacrificada, sente-se “usada” como recurso fácil, mealheiro à disposição, mão de obra barata.

A revolta, que lhe dá força, tende a aumentar e pode vir em breve a provocar fortes convulsões sociais e políticas. A injustiça esgota a paciência e a união faz a força.

 

2. A esta consciência cívica junta-se, reforçando-a, a mensagem cristã. Tanto a que brota do Evangelho como da reflexão teológica e dos ensinamentos do magistério da Igreja.

Jesus deixa-nos exemplos maravilhosos de atitudes pessoais e directrizes claras que podem inspirar quem tenha de gerir o bem comum universal. “Parte, reparte e comparte” o que é seu e, num extremo de generosidade, faz-se eucaristia, memorial constante de uma doação sem limites.

 


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 08 Abril , 2010, 16:58

 

 

 

O Futebol dá muito dinheiro a muita gente, mas também haverá, nessa indústria, comércio ou espectáculo, quem ganhe muito pouco. É como em tudo na vida: uns comem tudo e outros chupam no dedo. Mas a comunicação social, atenta a tanta coisa, não revela a verdade do mundo do Futebol.


Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 05 Abril , 2010, 19:54

«O deputado do PS António José Seguro considerou "obscenos" os valores das remunerações referentes a 2009 pagas ao presidente executivo da EDP, António Mexia, que terão atingido 3,1 milhões de euros. "Em fase de enormes dificuldades e de exigência de sacrifícios aos portugueses, é incompreensível como se atingem estes valores remuneratórios. É uma imoralidade!", refere o ex-ministro de António Guterres e ex-líder parlamentar do PS, no seu site antoniojoseseguro.com»

Fonte: PÚBLICO

 

NOTA: Quando é que a nossa Democracia resolve pensar na Justiça Social? E se algumas empresas privadas podem tristemente fazer o que querem e lhes apetece, com que direito é que o Estado paga a gestores de empresas públicas, isto é, de todos nós, salários, prémios e outras benesses que nos deixam perplexos e revoltados?

 

FM


Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 26 Fevereiro , 2010, 16:47

 «O CDS-PP vai propor que não se paguem prémios a todos os gestores públicos em 2010 como medida de rigor orçamental. Esta é uma das medidas que os centristas vão apresentar no âmbito do Orçamento do Estado como forma de controlar a despesa.

"Se os tempos são difíceis, então são difíceis para todos", justifica um dirigente do CDS, que ontem reuniu a comissão política nacional, encontro que decorria à hora de fecho desta edição. A proposta do não pagamento dos bónus será feita no âmbito da lei dos gestores públicos e tem como pano de fundo o congelamento dos salários dos funcionários públicos previsto para este ano. A atribuição de prémios depende do cumprimento dos objectivos fixados.»  Veja aqui.

 

 

Quem há por aí que não  aprove uma medida destas? Mais do que pertinente, trata-se de uma opção justa, já que todos os portugueses têm obrigação de contribuir para a estabilidade económico-financeira do País. Custa-me aceitar que alguns ganhem tanto, quando a maioria dos portugueses sobrevive com salários miseráveis. Todos os dias tenho conhecimento, pela comunicação social, de gente que se questiona  e nos questiona sobre o seu futuro. Desemprego que cresce como nunca se viu, salários em atraso, pensões de  reforma que nem dão para cuidar da periclitante saúde, enfim, pobreza a grassar por todos os lados.  

 

FM


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 07 Julho , 2009, 14:35

Carta Encíclica «Caritas in veritate» do Papa aos Bispos, aos Presbíteros e Diáconos, às pessoas consagradas, aos fiéis leigos e a todos os homens de boa vontade sobre o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade


"As grandes novidades, que o quadro actual do desenvolvimento dos povos apresenta, exigem em muitos casos novas soluções. Estas hão-de ser procuradas conjuntamente no respeito das leis próprias de cada realidade e à luz duma visão integral do homem, que espelhe os vários aspectos da pessoa humana, contemplada com o olhar purificado pela caridade. Descobrir-se-ão então singulares convergências e concretas possibilidades de solução, sem renunciar a qualquer componente fundamental da vida humana.
A dignidade da pessoa e as exigências da justiça requerem, sobretudo hoje, que as opções económicas não façam aumentar, de forma excessiva e moralmente inaceitável, as diferenças de riqueza [83] e que se continue a perseguir como prioritário o objectivo do acesso ao trabalho para todos, ou da sua manutenção. Bem vistas as coisas, isto é exigido também pela «razão económica». O aumento sistemático das desigualdades entre grupos sociais no interior de um mesmo país e entre as populações dos diversos países, ou seja, o aumento maciço da pobreza em sentido relativo, tende não só a minar a coesão social - e, por este caminho, põe em risco a democracia -, mas tem também um impacto negativo no plano económico com a progressiva corrosão do « capital social », isto é, daquele conjunto de relações de confiança, de credibilidade, de respeito das regras, indispensáveis em qualquer convivência civil."
.
Ler toda a Carta Encíclica aqui

Editado por Fernando Martins | Domingo, 14 Junho , 2009, 20:29
O que tem feito o Cristiano Ronaldo
na Selecção Nacional?
Nada que se veja.
Será que a Federação Portuguesa
não lhe paga o devido?


Não gosto de me meter em coisas do futebol porque há muito deixou de ser um desporto, onde se jogava por amor à camisola. Hoje o dinheiro é rei e senhor num mundo dentro do mundo em que vivemos. Inclusive com leis e tribunais à margem do que existe para o comum o cidadãos.
No tal mundo os jogadores são vendidos e comprados como escravos dos tempos antigos. Com uma diferença: os tais escravos antigos não eram remunerados; os jogadores do futebol, agarrados à ideia de que a sua vida profissional é mais curta do que o habitual, ganham fortunas. Não serão todos, é certo, mas muitos, quando deixam o futebol, não precisam mais de trabalhar. Com isto, há clubes que vão à falência e outros que, por artes nem sempre claras, descobrem maneira de pagar somas fabulosas a alguns craques. É frequente ouvir-se dizer que o clube tal está falido, mas na hora das contratações o dinheiro aparece na mesma. Terminam o ano desportivo com dívidas aos milhões, mas a vida continua como se isto tudo fosse coisa normal.
Cristiano Ronaldo, até há pouco jogador do Manchester United, foi transferido por 94 milhões de euros para o Real de Madrid. Em Espanha, como em Inglaterra e em Portugal, e mesmo por toda a parte, há milhões de desempregados e outros tantos a passar fome. E por mais que o povo proteste e reclame medidas para debelar a crise económica e social, os Estados vêem-se e desejam-se para encontrar soluções, que garantam pão para a boca de imensa gente. E não conseguem descobrir a varinha mágica que, por encanto, dê trabalho a quem dele precisa. Mas para um jogador de futebol, o dinheiro aparece.
Pois o nosso compatriota Ronaldo, que marca tantos golos ao clube que lhe paga bem como muda de namorada a qualquer hora do dia e da noite (que exemplo para a juventude!), vai ganhar 211 mil euros por semana, ou seja, 1255 euros por hora. Ganha numa hora de sono mais do que a grande maioria dos trabalhadores portugueses durante um mês. E tudo isto perante a passividade da UEFA e da FIFA, organismos que superintendem nesta actividade escandalosa.
Confesso, como homem comum, que nem sei como hei-de classificar esta pouca-vergonha: se desonestidade social ou outra coisa qualquer. E mais curioso é que há muita gente a rir-se, porque o seu ídolo (que não o meu) vale isso e muito mais. Até pessoas que não têm onde cair mortas de fome deliram com as aventuras futebolísticas e amorosas do craque. Bem vejo a satisfação desses adeptos.
E mais: em países onde não se apoiam condignamente cientistas, artistas de vários matizes, instituições abertas a ajudar quem mais precisa, desempregados, esfomeados, sem-abrigo e empresas que caem na falência, por não haver dinheiro para ajudas, há milhões para uns tantos nos alienarem (eu não vou nisso) com o futebol.
Que mundo este, meu Deus.
Só mais uma ideia. O que tem feito o Cristiano Ronaldo na Selecção Nacional? Nada que se veja. Será que a Federação Portuguesa não lhe paga o devido?

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 13 Maio , 2009, 12:45


O que eu vou dizer é óbvio. Toda a gente conhece a teoria. A prática é que é um problema. Segregar é sempre um convite à revolta, à violência.
O Bairro da Bela Vista, igual a tantos outros no nosso País (fala-se em 50), está a dar-nos lições, com vista a um futuro mais justo e mais solidário. A ideia de arrumar num canto da cidade minorias étnicas, desempregados, famílias de baixos recursos, estrangeiros, desadaptados e parecidos não resulta. Nunca resultou. Os guetos são sempre focos de desconforto, de insatisfação, de contestação, de revolta e de violência. Ninguém gosta de ser segregado. Ser segregado é ser marginalizado. A segregação leva inevitavelmente à criminalidade e à guerra.
E se tudo isto é verdade, por que razão se teima em construir bairros para neles se encaixotarem os desprotegidos da sorte?
Todos sabem que bairros para minorias não dão bons resultados. Então, por que motivo se insiste nisso? Não seria melhor integrá-los como pessoas normais? Julgo que sim. E agora? Repressão? O ideal não será dar condições de vida dignas a tanta gente do bairro? Criar instituições com os habitantes e para eles? Os sociólogos, psicólogos, técnicos sociais e políticos já devem estar em campo. Ficamos a aguardar as melhores soluções.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 07 Abril , 2009, 19:05

Sabemos que as coisas não estão bem. Que possivelmente nunca estarão bem. Pelo menos no nosso tempo. Sabemos que todas as pessoas, instituições, iniciativas, das cobardes às heróicas, sempre longe do infinito, padecem duma limitação, tornando mais visível o mal feito que o bem escondido Mas que existe. Entretanto continua a fazer notícia a metade do copo sem água, a mancha mínima sobre a alvura extensa, as distâncias que faltam, sem olhar as percorridas. Vendo bem as coisas a imperfeição está mais na forma como se olha aquilo que se faz. O estado de alma é o primeiro grande factor da óptica que temos sobre o mundo.
António Rego
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 04 Abril , 2009, 10:29

Atendimento Social Integrado na Câmara Municipal



O CLAS (Conselho Local de Acção Social do Município de Ílhavo), tendo reunido, recentemente, para análise da situação socioeconómica do concelho, resolveu, em síntese, promover a optimização dos programas e instrumentos de apoio social disponíveis; apoiar de forma integrada os cidadãos que verdadeiramente precisam de ajuda; aprofundar o trabalho do "Atendimento Social Integrado", implementando a relação entre as Entidades Parceiras e agindo pelo estabelecimento de compromissos com os cidadãos apoiados; evitar as acções desgarradas e pontuais, e combater os desperdícios e os apoios a quem não precisa. Mais deseja prestar informação aos cidadãos, de forma a que todos saibam da existência no Município de um serviço com a devida competência e capacidade técnica, denominado “Atendimento Social Integrado”, que tem sede na Câmara Municipal e que funciona também nas instalações das Entidades Parceiras.
No comunicado entretanto emitido sublinha-se, ainda, que a intervenção social racional e eficiente, justa e preferencialmente geradora de estruturação da vida dos cidadãos necessitados, exige a atenção de toda a Comunidade, pelo que importa conhecer as características principais do “Atendimento Social Integrado”, para o qual devemos encaminhar as situações de carência social de que possamos ser conhecedores.
Em fase de crise económico-social, será importante, pois, valorizar e aproveitar o que há nas quatro freguesias do Município, não significando isso que cada um de nós se possa divorciar da pobreza que afecta muitas famílias, por causa do desemprego e dos baixos rendimentos que auferem.

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 03 Fevereiro , 2009, 17:57

Os graves problemas surgidos no BCP e, mais recentemente, no BPN e no BPP, são de natureza diversa. Mas têm um ponto em comum: nos três casos estão envolvidos paraísos fi cais (“off-shores”), suspeitando-se que por eles tenham passado iniciativas irregulares ou mesmo criminosas.
Muita gente percebe, hoje, que os “off-shores” representam uma injustiça fiscal - quem evita pagar impostos graças a esses paraísos fiscais não são os pobres nem a classe média. Pior do que isso, os “off-shores” tornaram-se uma via para a ilegalidade, incluindo a criminalidade organizada e o terrorismo.
Os atentados do 11 de Setembro foram financiados através de “off-shores”. Por isso, esperava-se uma acção eficaz para os eliminar, pelo menos, por parte da administração Bush, promovendo um esforço à escala global. Infelizmente, tal não aconteceu. Prevaleceram os interesses: os “off-shores” dão jeito a muita gente importante.
Será que a presente e gravíssima crise financeira, bem como o novo presidente americano, conseguirão avançar na eliminação mundial dos paraísos fiscais? Oxalá. Mas não sou optimista.

Francisco Sarsfield Cabral, in RR

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 29 Janeiro , 2009, 22:35

A Marieke participou, na terça-feira, num encontro do Núcleo de Aveiro da Amnistia Internacional, onde pôde ver e meditar sobre fotos chocantes. Há experiências vividas em encontros como estes a que não podemos ficar indiferentes. Dilacerando-nos, acabam por nos fazer bem. Vejam aqui.


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 27 Janeiro , 2009, 21:47

Cardeal-Patriarca lembrou necessidade
de reabilitar os condenados

Esta tarde, o Cardeal-Patriarca, D. José Policarpo, celebrou, na Sé Patriarcal de Lisboa, a tradicional Eucaristia por ocasião da abertura do Ano Judicial.
Na homilia, D. José Policarpo lembrou a necessidade de reabilitar os condenados ao afirmar que “a justiça humana deve olhar para o conjunto da pessoa e do culpado. É difícil conceber uma pessoa que se identifique com a sua culpa. Um sistema penal que seja só castigo e não tenha no seu dinamismo a recuperação humana dos condenados, o mínimo que se pode dizer dele é que está desactualizado. Mas isso só é possível se olharmos para a pessoa no conjunto das suas potencialidades”.
O Cardeal Patriarca concluiu, referindo que “não podemos exigir que se pratique formalmente a justiça para com Deus, mas nós os crentes sabemos que qualquer recuperação é redenção e que a força do Espírito de Deus é real, mesmo para nos ajudar a julgar”.
Fonte: RR

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 12 Dezembro , 2008, 19:07
Uma sociedade democrática é, normalmente, enriquecedora. Os cidadãos, directa ou indirectamente, tomam parte nas decisões que lhes dizem respeito. De tempos a tempos escolhem quem possa tomar posições por eles, mas nem sempre estão de acordo. Vêm, então, os protestos, as manifestações, as acusações, enfim, os sinais de desagrado. E surgem, necessariamente, as promessas de que, no futuro, ninguém os engana.
Claro que isto são, por norma, desabafos de ocasião. Na hora de votar, nós, os portugueses, somos reconhecidamente conservadores. Os partidos dos Governos chamam-se PS e PSD. Os outros vivem a sonhar que talvez um dia o povo resolva fazer a experiência, numa atitude drástica, de mudança radical. Tenho dúvidas de que isso alguma vez possa acontecer. Isto porque somos, de facto, conservadores.
Outro sinal de conservadorismo está na manutenção de regalias ou privilégios, que ninguém quer perder. Há professores que talvez não estejam de acordo com as avaliações, porque é melhor atingir o topo da carreira por antiguidade, há militares que lutam pela manutenção de um estatuto especial, há médicos que contestam qualquer alteração ao statu quo, enfim, a comunicação social está cheia de profissionais que clamam, constantemente, a urgência de se fazerem reformas no País, porque precisamos de deixar a cauda da Europa, desde que não se mexa nos seus interesses, por mais inadequados que estejam numa sociedade democrática, que se quer justa e solidária.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 14 Novembro , 2008, 12:53
A notícia, que acabo de ler no JN, é triste, porque da falência dos Estaleiros não restou nada para indemnizar os ex-trabalhadores. Mas também é triste saber-se da morte de um estaleiro naval que foi, durante décadas, o sustentáculo económico das famílias de uma terra, S. Jacinto. Também das terras vizinhas, das Gafanhas, Aveiro, Ílhavo, Pardilhó e Murtosa, entre outras.
Depois, a conjuntura (a eterna culpada) ditou a morte dos Estaleiros, a que o seu fundador, Carlos Roeder, não teve o desgosto de assistir.
Os Estaleiros tinham muito trabalho e muitos trabalhadores. Bastantes deles, das Gafanhas, deixaram a lavoura e outros ofícios para ingressarem naquela unidade industrial. Sempre era um salário certo, disseram-me alguns. E era verdade. Porém, as “economias”, quando não conseguem adaptar-se às circunstâncias, dão nisto: falências que deixam ex-trabalhadores sem qualquer indemnização. Claro que o Estado não pode olhar para estas situações. Mas se for um Banco...

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Novembro , 2008, 19:43

A ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) defende que "A pobreza e o desemprego permanecem como os dois principais problemas da sociedade portuguesa e há um risco não negligenciável de se agravarem no próximo ano. Todos os empresários e gestores deverão consciencializar a importância do seu papel neste contexto, assumindo-se como verdadeiros Líderes sociais, gerando confiança e agindo de forma positiva e solidária, sobretudo em quadros de grande dificuldade." E acrescenta que, "Neste contexto, deve ser dada especial atenção à questão do salário mínimo e ser feita uma avaliação, articulando critérios de sustentabilidade da empresa com critérios de generosidade e amor aos mais desfavorecidos, no sentido de apurar, em consciência, se é possível pagar acima do mínimo legal."
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