Numa escadinha que tenho no meu jardim, para acesso à minha casa, instalaram-se, certamente com a ajuda do vento, sementes de duas flores.
Quietinhas, indiferentes aos olhares de quem passa e aos originais mistérios da natureza, ali estão a florir no seu tempo. Os meus amigos hão-de pensar que isto não passa de uma brincadeira para mostrar as potencialidades da arte de enganar. Mas não é. Nem eu tenho uma imaginação capaz de forjar seja o que for.
As flores ali estão e por insistência da Lita, minha mulher, que gosta muito de jardins floridos, vieram agora para aqui. Jardim abençoado onde as pedras alimentam, carinhosamente, a alegria das flores.
FM