de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 09 Maio , 2010, 11:28

 

Ribau Esteves

 

 

A última intervenção de fundo da primeira sessão das Conferências Primavera, que teve lugar na passada quinta-feira, no salão Mãe do Redentor, na Gafanha da Nazaré, coube ao presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, que falou de Gentes, Marés e Futuros.

Depois de afirmar que o mundo de hoje exige de todas as instituições a constituição de parcerias, tendo em vista juntar capacidades para mais facilmente se atingirem os objectivos programados, o autarca ilhavense adiantou que estas iniciativas, como as Conferências, servem para nos ouvirmos uns aos outros. «Temos o hábito de falar muito e de ouvir pouco», disse.

Ao falar de marés, termo a que estamos bastante ligados, considerou importante «determinar as nossas capacidades e gerir o risco», se é que queremos alcançar êxitos. Avançou com a necessidade de se «criar unidade», sendo conhecida a experiência da Igreja nessa linha.


Editado por Fernando Martins | Sábado, 08 Maio , 2010, 14:29

 Manuel Serra

 

«segundo dia da criação»

 

Manuel Serra, presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, foi o segundo convidado a intervir nas Conferências Primavera, oferecendo uma panorâmica histórica de terra e gente que hoje somos. Falou das dunas que pisamos sem lhe reconhecer o rasto, do ambiente lagunar que urgia corrigir para dar pão aos primeiros íncolas, da abertura da Barra de Aveiro, que o seu fautor, Luís Gomes de Carvalho, classificou, na carta que enviou ao Príncipe Regente, futuro D. João VI, como o «segundo dia da criação», já que o primeiro teve como autor Deus-Criador.


Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Maio , 2010, 17:36

 

 

Não estará nas nossas mãos a ânsia de transformar o mundo?

 

 

 

Na primeira Conferência, a abrir a sessão, o Prior da Gafanha da Nazaré não olhou para o passado da nossa gente e da nossa comunidade. Há pouco tempo entre nós, preferiu confessar os seus sonhos a respeito da Igreja que desejaria ver instaurada nas nossas comunidades cristãs. Pena foi nem tempo haver para questionar o Padre Francisco Melo sobre como avançar em direcção a esses sonhos, numa instituição, como a Igreja católica, velha de milénios e carregada de tradições, algumas delas dignas de museu. Um pouco da sua mensagem fica aqui. A reflexão fica à espera.

 

«Sonho com uma Igreja desempoeirada, isto é, capaz de rezar o livro do génesis e os quatro evangelhos, em concreto as bem-aventuranças e o julgamento final, e aí redescobrir a força para reler e dar sentido aos caminhos recentemente trilhados pelas sociedades modernas: novas formas de entender a sexualidade, a vida familiar, a procriação, a clonagem, os desafios ecológicos, a aldeia global em que repentinamente nos encontramos a viver…»

 


Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Maio , 2010, 10:02

 

Ver e ouvir mais aqui

 


Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 07 Maio , 2010, 09:55

 

 

Alexandre Cruz, Francisco Melo, Ribau Estes e Manuel Serra

 

Data Redonda: Uma oportunidade

para reflectirmos sobre a nossa identidade

 

 

 

“Gentes, Marés e Futuros” foram temas de fundo da primeira conferência que ontem se realizou no Salão Mãe do Redentor, com a participação de Manuel Serra, presidente da Junta, Ribau Esteves, presidente da Câmara de Ílhavo, e Francisco Melo, Prior da Gafanha da Nazaré. As Conferências Primavera, este ano integradas nas celebrações do Centenário da Freguesia e Paróquia, vão continuar, nas quintas-feiras de Maio, pelas 21 horas, com outros convidados.

No dizer de Alexandre Cruz, da organização, «uma data redonda», como a que estamos a comemorar, é sempre uma ocasião para «reflectirmos sobre a nossa identidade» e sobre a comunidade cristã, «como protagonista da construção do bem comum».

Esta primeira conferência contou com animação cultural do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, marcando o sentido de comunidade mais alargada. No ano passado, actuaram instituições culturais da Gafanha da Nazaré, mas nesta segunda edição das Conferências Primavera será a vez de grupos da área concelhia se associarem a esta iniciativa.

Como resposta a quantos protestam contra a falta de acções de âmbito social e cultural entre nós, lembro que ontem não estava tanta gente quanto a organização esperava. Ganharam os que assistiram, porque saíram dali mais enriquecidos.

Cada um é livre de dizer o que pensa, mas perde toda a autoridade quando comodamente se divorcia do que se faz de importante na Gafanha da Nazaré. Tenho a certeza de que na próxima quinta-feira o salão Mãe do Redentor vai estar cheio.

 

NOTA: Dada a importância das intervenções de fundo, tenciono publicar por estes dias um texto alusivo a cada palestrante.


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 05 Maio , 2010, 12:36

Amahã, pelas 21 horas, no Salão Mãe do Redentor

 

 

 

No Salão Mãe do Redentor, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, vão iniciar-se amanhã, quinta-feira, 6 de Maio, pelas 21 horas, as Conferências Primavera, que vão ter lugar todas as quintas-feiras de Maio, à mesma hora, com diferentes palestrantes.

Integradas nas comemorações do Centenário da Freguesia, amanhã intervirão os presidentes da Câmara de Ílhavo e da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, respectivamente, José Agostinho Ribau Esteves e Manuel Garcia Serra, bem como o nosso Prior, Francisco Melo.

Trata-se de uma iniciativa muito meritória, que deve merecer o bom acolhimento de todos quantos se interessam pelos valores e interesses da nossa terra e das nossas gentes.

Numa altura em que muitos protestam contra a falta de projectos culturais, é oportuno lembrar que a este  nível há bastantes ofertas, nem sempre suficientemente aproveitadas.

A sessão será animada pelo Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo.

Espera-se, por isso, um salão cheio.

 


Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 23 Abril , 2010, 09:58

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 29 Maio , 2009, 14:50
Da esquerda para a direita: Liliana Sousa, Padre Francisco Melo, Daniela Figueiredo e Alexandre Cruz

A mensagem de que é urgente envelhecer bem, vivendo o presente e tendo projectos de futuro adequados à situação de cada um, foi tónica dominante na última sessão das Conferências Primavera 2009, organizadas pela paróquia da Gafanha da Nazaré, em parceria com diversas organizações. Esta sessão, que se realizou ontem, quinta-feira, 28, no salão Mãe do Redentor, da igreja matriz, contou com o contributo de Liliana Sousa e Daniela Figueiredo, docentes da Universidade de Aveiro (UA), que apresentaram retratos sociais para um futuro humano, assumindo-se a pessoa idosa como centro de novos desafios comuns a empreender pela sociedade.
As convidadas da paróquia defenderam que urge construir imagens realistas da velhice, combatendo a ideia de que os idosos são solitários e abandonados pelas famílias. A este propósito, Liliana Sousa lembrou que os mais recentes estudos garantem que, afinal, 80 por cento dos cuidados de que as pessoas mais velhas carecem “são assumidos pelos familiares”. Para aquela docente da UA, “envelhece bem quem vive o presente e tem projectos de futuro adequados à sua situação”.
Daniela Figueiredo adiantou que a imagem negativa que há sobre as pessoas idosos são fruto de doenças, havendo nestes casos muito a fazer, numa perspectiva de as ajudar a ultrapassar essa fase de algum pessimismo. “Há idosos, mesmo doentes, que vivem para a comunidade”, referiu.
Entretanto, frisou que a sociedade tem procurado criar recursos e avançado com valências que são respostas concretas, tanto para apoiar os mais velhos, como para aliviar os próprios familiares.
Valorizando a permanência dos idosos no seio das suas famílias, apontou a existência de Centros de Dia como uma mais-valia a ter em conta. E sobre os Centros de Noite, Daniela Figueiredo considerou-os uma valência importante, embora “não generalizada”.
O interesse cada vez maior pela ciência geriátrica e pela formação de técnicos vocacionados para este sector foi sublinhado pelas duas conferencistas.
Salientaram que todos os estudos apontam a necessidade de provocar o envelhecimento activo ou bem sucedido, promovendo comportamentos saudáveis, criando ambientes amigáveis, ao mesmo tempo que se torna imperioso capitalizar a experiência e o saber acumulados ao longo da vida.
Sendo certo que cada idade tem a sua maturidade própria, as docentes da UA acrescentaram que os velhos nos dão lições de vida, sendo uma fonte inesgotável de contributos sociais, profissionais e éticos, que têm de ser aproveitados.

FM

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 26 Maio , 2009, 20:52

28 Maio, Quinta 21h - Auditório Paroquial Mãe do Redentor
Momento musical: Agrupamento de Escuteiros 588 GN Maresia

Retratos Sociais para um futuro mais humano

Liliana Sousa: Desenvolvimento humano e social regional
Daniela Figueiredo: A pessoa do idoso e os novos desafios comuns

Entrada Livre

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 22 Maio , 2009, 14:18
Barbosa de Melo e Ribau Esteves, que presidiu à sessão


A Justiça tem de se apoiar nos Direitos Humanos



“Tal como estou a ver, com mudanças para pior, não há Justiça possível no mundo da globalização”, afirmou o Prof. Barbosa de Melo, docente universitário e antigo presidente da Assembleia da República, na terceira sessão das Conferências Primavera 2009, em que abordou o tema “Que Justiça na era da globalização?”
O convidado da paróquia da Gafanha da Nazaré questionou-se sobre como é que, neste mundo globalizado, “onde todos falam e os interesses pessoais se cruzam, se pode fazer justiça, dando a cada um aquilo que é seu?”
Referindo-se à crise que muitos pregam, mas que “ninguém entende, nem economistas nem juristas”, quem é que explica as alterações do preço do petróleo de um dia para o outro? – foi questão que deixou no ar.
Denunciou a “incultura jurídica progressiva” que caracteriza os nossos tempos, “com leis prolixas e supérfluas”, com os juízes a encontrarem “sérias dificuldades” na sua interpretação. E como corolário dessa incultura, “o povo fica sujeito a ser enganado e explorado”. Ainda frisou que os grandes meios de comunicação social destacam jornalistas “não informados” para tratarem temas complexos. “Fico banzado com tanta ignorância jurídica”, disse.
Barbosa de Melo afirmou que a sociedade é responsável pelo caótico sistema da Justiça, garantindo que “todos colaboramos nisto”. No entanto, sublinhou “a independência dos magistrados perante as partes, perante o poder e perante a popularidade; não são corruptos e são livres sob o ponto de vista político-partidário”, adiantou.
Sobre as nossas atitudes perante a situação jurídica no nosso Pais, o antigo presidente da Assembleia da República alertou para a obrigação que temos de criticar o sistema, mas não deixou de afirmar que “criticar não é só dizer mal”.
Lamentou o atraso no julgamento dos casos nos tribunais, salientando que “o que ganha… não ganha nada, porque já perdeu tudo com o tempo que passou”. Não aceitou a teoria da preguiça dos juízes, mas admitiu eventuais “manobras de advogados”.
O conferencista considerou que “a gramática jurídica dos últimos 60 anos” está assente nos Direitos Humanos, adiantando que a liberdade de expressão, como outros direitos, precisa de ser cultivada. Nessa linha, disse que é no concreto que a batalha da Justiça se vai travando, sendo fundamental deixar aos que hão-de vir depois de nós “o gosto pelos Direitos do Homem”.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 11 Maio , 2009, 16:33

Da pobreza à esperança: responsabilidade social

Reflectir sobre pobreza, esperança e responsabilidade social é uma urgência em tempo de crise. Para ajudar nessa reflexão, a paróquia da Gafanha da Nazaré convidou um especialista na matéria, Alfredo Bruto da Costa, que merece escutado. Não é todos os dias que uma autoridade em assuntos de pobreza se desloca à nossa terra. Na quinta-feira, 14 de Maio, pelas 21 horas, no salão Mãe do Redentor, com entrada livre. Haverá, a abrir, um momento musical.

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 08 Maio , 2009, 11:43
Carlos Borrego, Alexandre Cruz e Francisco Melo, prior da Gafanha da Nazaré


É POSSÍVEL POUPAR ENERGIA SEM PERDER QUALIDADE DE VIDA


Depois de justificar que as areias depositadas na área do Porto de Aveiro resultaram de dragagens necessárias para a manutenção da Ria, Carlos Borrego, professor catedrático da universidade aveirense e presidente do Conselho Directivo do Departamento do Ambiente e Ordenamento, garantiu que há, “efectivamente”, zonas próximas do porto “que têm concentrações de partículas na atmosfera um pouco mais elevadas do que deveriam ter”, mas isso “não é genérico para toda a Gafanha”. O antigo ministro do Ambiente e Recursos Naturais de um Governo de Cavaco Silva abriu o 1.º Ciclo de Conferências da Primavera, ontem, no salão principal da igreja matriz da Gafanha da Nazaré, por iniciativa da paróquia, abordando o tema “Questões Ambientais: Moda ou Urgência?”
Antecedendo a intervenção do Prof. Carlos Borrego, actuou o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que apresentou alguns números do seu reportório, com o natural agrado dos que aderiram ao convite da paróquia.
Aspecto da assistência

Sobre a questão das areias depositadas na zona portuária, Carlos Borrego lembrou que a Ria precisa de ser dragada, para não correr o risco de desaparecer. Disse que tem conhecimento dos esforços desenvolvidos pela APA (Administração do Porto de Aveiro), mas não deixou de frisar que, por vezes, os benefícios de uns podem trazer prejuízos a outros. Reclamou o bom senso de saber “até onde é que nós devemos andar sem criar problemas ambientais complicados de resolver”.
A propósito de algumas críticas sobre a instalação de certas unidades fabris, Carlos Borrego referiu que temos de olhar os assuntos sem o “fundamentalismo” que muitas vezes as questões ambientais suscitam. Contudo, salientou que “há limites, mas também há muito progresso que pode continuar a existir, desde que adequadamente sejam feitas as intervenções, sem criar problemas ao ambiente”. “Há hoje uma componente tecnológica que tem vindo a reduzir os efeitos que as indústrias têm, quer sobre a humanidade propriamente dita, quer relativamente a alguns recursos que temos disponíveis.”
Na opinião do conferencista, se não houver respeito pela natureza, dentro de um século, 67 por cento da costa portuguesa poderão desaparecer, chegando “as praias a Coimbra”, tendo em conta que as temperaturas irão sofrer um aumento até sete por cento.
O professor da UA afirmou que “a pobreza é o verdadeiro problema do ambiente, porque o número de pobres não pára de crescer”. Em 2007 havia no mundo 854 milhões de pessoas a passar fome, adiantou. Entretanto, enfatizou o facto de as catástrofes naturais estarem a crescer, década após década, naturalmente pelas ofensas que são feitas à natureza.
Nessa linha, sugeriu que os consumidores devem rejeitar os produtos inimigos do ambiente, nunca descurando a obrigação de poupar energia. Sobre a poluição, que temos “o hábito de atribuir sempre aos outros”, o conferencista lembrou que uma simples e pequena pilha, atirada para o solo, pode poluir mil litros de água, se atingir o nível freático.
Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré

Mostrou, com exemplos práticos, que é possível diminuir os consumos “sem perder a qualidade de vida”. Desperdiçamos água e energia eléctrica, poluímos o ar e os solos, ignorando que são bens escassos, esclareceu. “Só perdemos qualidade de vida se não formos criativos”, referiu.
Considerou importante e urgente promover campanhas de esclarecimento sobre a poupança nos consumos. Disse que as energias eólica, solar e das marés “não resolvem os problemas da sociedade”, acabando por anunciar que, dentro de 50 anos, a fusão nuclear será a mais viável “alternativa às actuais formas de energia”.
As Conferências prosseguem nas restantes quintas-feiras de Maio, pelas 21 horas.

Fernando Martins

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