de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 19 Fevereiro , 2010, 02:30

 

 Alegria sem ressaca

Por Paulo Rocha

 
 Em cada ano, repetem-se os destinos caseiros do Carnaval: os mesmos nomes de cidades, de folias, caras e figurantes. São rotinas de há muitos anos, reditas pelos media qual anúncio das paragens de qualquer viagem de um inter-cidades. Mas permanecem por aí centenas e milhares de pessoas e, por isso, também os meios de comunicação social. Depois, são alinhamentos de noticiários, na imprensa, na rádio ou na televisão, que passam pelos mesmos corsos de "dias gordos", quase sempre na impossível imitação de ambientes latino-americanos.
Este ano foi possível conhecer, também pelas publicações e emissões mediáticas, propostas diferentes para dias de carnaval.
 
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 16 Fevereiro , 2010, 12:29

 

O Carnaval nunca me seduziu. Não sei porquê, mas é assim. Contudo, aplaudo quem gosta da folia e de brincar, mesmo mascarados. Mascarados, porque, decerto, não há coragem para o fazer de rosto ao léu.
A tradição, ao que julgo, perde-se no tempo e o que era genuinamente português já se foi, ou quase. Sem imaginação, copia-se muito o que se faz por outras bandas. Por exemplo, há quem se divirta como se estivesse no Brasil, um país onde abunda o calor.
Também reconheço que bailar deve fazer bem, porque de tristeza andamos todos cheios todo o ano. Mas se não frequento as festas carnavalescas, não deixo de apreciar quem o faz com parcimónia, para que famílias inteiras possam divertir-se. Descontrair é preciso. Amanhã começa a Quaresma.
 
FM
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 24 Fevereiro , 2009, 11:36

Carnaval 2009: "O mundo é um grande palco... onde todos nós somos actores!"


Nesta quadra de Carnaval, ocorre-lhe à memória esta frase lapidar do grande dramaturgo do teatro isabelino, William Shakespeare. Este retratou, de forma magistral, as emoções, as paixões, os conflitos que assaltam a alma humana, na sua peregrinação pela terra. E, numa quadra em que cada um põe à prova toda a sua imaginação, a sua criatividade o seu sentido crítico, impõe-se ainda com maior acutilância.
Todos e cada um de nós protagonizam o seu papel, no palco enorme que é a vida. Esta vai-se desenrolando em sucessivos actos, cenas, mais ou menos dramáticos, mais ou menos tragicómicos. Uns papéis são espontâneos, improvisos, outros mais ou menos ensaiados, conforme a perícia do actor e a acuidade dos espectadores! Às vezes, anda-se uma vida a ensaiar um passo, um sorriso, uma cena. E tão verdade é, que os nossos alunos, a cada passo, referem “a cena”, como algo que faz parte intrínseca das suas vivências. “Qual é a cena, meu?”- ouve-se com frequência na boca dos nossos adolescentes, da juventude hodierna!
Interpelada pelos seus alunos sobre a fantasia que iria vestir neste Carnaval, e fazendo uma retrospectiva da sua vida, responde a teacher, em tom melancólico: A minha fantasia? A minha fantasia preferida... ora, deixem-me pensar!
Depois de alguns momentos de evocação e mergulhada numa nostalgia, algo incómoda, respondeu a teacher: Eu... o que gostaria de “vestir” era a figura duma fada, numa veste resplandecente coberta de lantejoulas, empunhando uma varinha de condão! A sua função docente, impusera-lhe que fizesse bem a distinção entre a referida varinha de condão e a imagem recorrente para todas as donas de casa que é a famigerada varinha mágica. Com a evolução semântica da língua, não pode hoje falar nesses termos, pois faz evocar à memória de toda a gente, aquele utensílio existente em todas as cozinhas e que miraculosamente tritura a sopa deixando-a reduzida a puré!
-Imaginem agora, meninos, a teacher, vestida de fada, com uma varinha mágica na mão! Pronta a triturar o caldeirão de sopa onde se afogou o João Ratão por um enormíssimo golpe de azar!
Mas... que faria com a sua varinha de condão? Inquiriram os mais curiosos.
Começava a fazer “milagres”, aqui e agora, nesta sala de aula! Injectava em todas estas cabecinhas que me estão a ouvir, uma enorme, gigantesca vontade de... aprender... Inglês e não só! Aprender muita coisa, quase tudo aquilo que os vossos professores teimam em vos ensinar!
Depois... partiria para o vasto mundo... e contagiaria toda a gente duma “doença” a que se chama HARMONIA... UNIVERSAL!
Bastava-me apenas isso! Sim, porque... por arrastamento… todos os problemas mundiais teriam aí a sua solução! E... o que seria verdadeiramente assombroso... é que o mundo sofreria uma enorme metamorfose! Dum inferno vivo... passar-se-ia de imediato a um paraíso terrestre!

Mª Donzília Almeida
22.02.09

Editado por Fernando Martins | Sábado, 07 Fevereiro , 2009, 10:45

Disseram-me que este ano, à semelhança do que aconteceu no ano passado, não vai haver Carnaval em Aveiro, organizado, desde a primeira hora, pela paróquia da Glória. Embora compreenda a importância pastoral da iniciativa, no sentido de aproximar as pessoas e de lhes proporcionar uma alegria sã, temos de convir que não estamos em tempo de festas. A crise, com desempregos e fomes, mais angústias e muitas mágoas, não pode gastar em folias. Mas pode ser que um dia o Carnaval da Glória volte, para gáudio de quem gosta.
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