DEUS no meio de nós Bispo de Aveiro e Reitora da UA
SINAIS POSITIVOS
Quem pôde contemplar a multidão, com mais de dez mil pessoas, marcadamente académica, não deixa de registar sinais positivos em dia de festa, festa grande, envolvendo os finalistas que estão de partida para uma vida nova, carregada de sonhos e de esperanças. Eu pude estar numa posição privilegiada, para apreciar esses sinais que hão-de deixar marcas indeléveis nos corações de quem está de saída e dos que se preparam para a caminhada final, provavelmente daqui a uma ano.
O SOL: O Rei Sol brindou a festa com os seus raios luminosos e quentes. Ao jeito de quem se quer associar à alegria dos que começam já a sentir saudades de Aveiro e das suas gentes, da Universidade e dos seus professores, dos colegas e das amizades conquistadas para a vida. O Sol radioso levou ao rubro o calor humano que na Bênção se experimentou.
OS CHAPÉUS VERDES: Os chapéus verdes que todos ostentavam não eram só para proteger a multidão dos raios solares. Eles mostraram à saciedade a esperança que cada um sentia ser sua obrigação levar de Aveiro. Cursos concluídos, importa agora assumir a luta da vida, com muita coragem, mas também com determinação de contribuir para um mundo melhor, porque mais solidário.
AS CAPAS NEGRAS: O símbolo da academia, traje e capa negra, significa, na mancha homogénea que tudo isso provoca, o espírito de igualdade e de fraternidade que caracteriza a massa estudantil. Todos iguais, todos irmanados. Todos conscientes de que a unidade é hoje essencial à vida, na diversidade de mentalidades. Para se passar do sonho à realidade, temos de ultrapassar inúmeros obstáculos, que nos oferecem desafios dignos da nossa determinação e coragem.
A ÁGUA: Andemos por onde andarmos, em festas e mais festas onde se bebe de tudo, importa regressar à água purificadora, que lava e que mata, realmente, a sede. A água, que todos, ressequidos pelo sol escaldante, pudemos beber, chegou na hora certa, em dia de festa grande. Em dia de Bênção, como baptismo regenerador.
AS FAMÍLIAS: As famílias dos finalistas associaram-se em grande número. Como não podia deixar de ser. É na família que nos sentimos bem. Ela ainda é o berço do amor, o ponto de encontro, o lugar do retorno, o suporte para as dores e dificuldades, o espaço para a alegria, a fonte de muita sabedoria. Embevecidos, ramos de flores a jeito para os seus finalistas, ali estavam pais, mães, irmãos, namorados, namoradas, maridos, esposas, filhos, amigos. Famílias para comemorar a chegada a uma meta. Outras se hão-se seguir.
A ALEGRIA: A alegria, a rodos, incontida, estava patente nos rostos e expressões de todos. Eu bem a pude apreciar. Gestos expansivos, gritos de triunfo, braços no ar agitando pastas e fitas, símbolos de cursos oferecidos a Deus, com palavras de agradecimento e de esperança no futuro. Olhares de felicidade, abraços de emoção. Certezas de vitórias alcançadas.
DEUS NO MEIO DE NÓS: A agitação da vida pode afastar-nos, porventura, do divino. Mas há sempre, se quisermos, o momento de nos aproximarmos de Deus. No seu seio há um lugar para cada um de nós. E eu penso que os milhares de finalistas e alunos sentiram neste dia, através da mensagem do Bispo de Aveiro e da alegria fraterna que os unia, a presença de Deus, fonte de todos os dons e de toda a sabedoria que nos eleva para o alto.
Fernando Martins