A Diana pode ficar entre as 12 melhores atletas da Europa
Conforme o combinado, às 5H40 da manhã já estávamos a corricar no hall espaçoso dos seis elevadores desta ala do Hotel Astrus, de Moscovo. Seguiu-se um pouco de ginástica, um banho curto que terminou em quase frio, para acordar o mais cedo possível o organismo. O pequeno-almoço foi tomado às 6H00. Às 7H00, partida para o estádio.
O primeiro atleta português a estrear-se nesta competição foi a Diana Hernandez. Às 8H30 já fazia o aquecimento. Estava bem. Dois minutos antes do início da prova, as atletas foram informadas de que estavam apuradas directamente para a final! Coisa muito estranha, que entristeceu a Diana que queria medir forças com a suas adversárias. Fica para amanhã, às 16H10, no mesmo local.
A prova de “apuramento” do Ricardo começou às 11H00 e a marca de passagem à final foi fixada em 55,50m o que, à partida, estava ao seu alcance por ter feito antes de vir 58,91m. Mas aqui abriu com 48,28m, aquém das suas expectativas. No segundo ensaio lançou com uma técnica mais rentável, mas muito mais arriscada e lançou contra a rede. No terceiro e último ensaio fez um bom lançamento, mas fora do sector. E o sonho de passar à final esfumou-se.
O atletismo tem as suas regras que condicionam muito a prestação dos atletas. Mas que fazer para contrariar esta situação? Só há uma: lançar bem.
A carreira de um atleta assemelha-se às ondas do mar. Ainda no ano passado, um ano mais novo e sem qualquer experiência internacional, foi quinto no Campeonato da Europa de Juvenis, a escassos quatro centímetros do quarto. Este ano foi assim. Para o próximo será melhor. Mas, garanto-vos, ainda este ano se vai ouvir falar dele...
Boa sorte para amanhã, Diana. A atleta portuguesa tem a expectativa de se classificar entre as melhores 12 atletas da Europa. Aguardemos com calma...
Júlio Cirino