de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 03 Maio , 2008, 09:00

Andava, há dias, a fazer algumas pesquisas na Internet, quando deparo com uma notícia do jornal “Diário de Notícias”, já de 17 de Maio de 2007, referente a um Estudo da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, a dar conta que 4,2 milhões de portugueses são hipertensos, e destes dois milhões não sabem que sofrem desta patologia e só 39% estão a ser devidamente tratados. São números impressionantes e que não deviam ser ignorados por ninguém.
Porque estamos no mês de Maio, altura em que, em Portugal, se promovem todo um conjunto de iniciativas para sensibilizar os portugueses para as doenças cardiovasculares, primeira causa de morte em Portugal, de acordo com as estatísticas, achei por bem partilhar estas informações com os leitores do “Pela Positiva”, ao mesmo tempo que deixo dois endereços, de um médico especialista em hipertensão arterial.
O primeiro, aborda estudos que se estão a fazer para tentar encontrar uma vacina que possa combater a hipertensão arterial, referindo-se, igualmente, alguns aspectos, importantes, desta realidade, em Portugal. O segundo é dedicado a perguntas e respostas sobre a hipertensão arterial, que podem esclarecer dúvidas, ajudar, ou até, a prevenir a doença.
Trate da sua saúde e da dos seus e faça deste mês de Maio, se ainda não o fez, um bom motivo para tomar esta decisão. Por favor, mexa-se! Pela sua saúde!

Vítor Amorim
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 28 Abril , 2008, 21:04

Em entrevista à Rede Globo do Brasil, Jardel, o grande goleador que ensinou como se marcam golos com aparente facilidade, passou um mau bocado na vida. De um dia para o outro, o goleador, o jogador que decidia campeonatos, como aconteceu no Sporting, foi derrotado pela cocaína. Confessou isso mesmo em entrevista que está a correr mundo. Quer, agora que se considera curado, pois não consome drogas há dois meses, voltar a jogar num clube grande do seu país, numa luta consigo mesmo. Resta saber se aos 34 anos ainda conseguirá marcar golos que resolvem jogos. Para mim, porém, a sua grande lição de vida está no testemunho que deu com a entrevista, alertando a juventude para o perigo da droga. Perigo que pode pura e simplesmente destruir um grande jogador. Ou um homem!

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 28 Abril , 2008, 18:06

Na sala de espera do Instituto Português de Oncologia está sempre patente o rosto do País doente. E se não faltam expressões de dor, também nos confrontamos sempre com sinais de esperança.
Hoje estive em Coimbra como acompanhante de um familiar, para consulta de rotina. Nada de grave, é certo, mas é bom cultivar a prevenção. E ali, na sala de espera cheia de pacientes e acompanhantes, os meus olhos saltitaram de rosto para rosto, na ânsia de perscrutar o que ia na alma de cada um. Uns denotavam tranquilidade, outros reflectiam angústias, outros acreditavam na cura, outros fixavam os seus olhares num horizonte muito longe dali. Falta de cabelo disfarçada com lenço garrido em forma de chapéu que mãos hábeis souberam aconchegar, rostos macilentos, ternura em casais mais jovens e menos jovens, solidão de quem está só e que chega com bombeiro a ajudar. Todos os dias é isto.
Mas hoje ainda reparei nos voluntários que dão a sua alegria aos pacientes. Uns que acompanham os doentes às salas das consultas ou dos tratamentos, atentos e carinhosos; um que chega para anunciar, com ar de brincalhão, que todos podem dirigir-se ao átrio para tomar chá, café ou leite, “com umas bolachinhas”, tudo de graça, porque é oferta da Liga Portuguesa Contra o Cancro; outro que nos pergunta, solícito, se estamos com alguma dificuldade; outro, ainda, que anuncia que o São Pedro nos pregou uma partida: “andou-nos a dizer que tinha chegado o Verão e, afinal, está a chover.”
Que não senhor, responde um doente, “ainda agora vim de lá de fora e estava bom tempo”. “Olhe que não, olhe que não”, responde o voluntário. E lança o desafio: “vá ali à janela e já vê.” E alguns foram. Eu também. E estava mesmo a chover. Mas logo o Sol brilhou.

FM

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 17 Abril , 2008, 11:17

“Nós, Chefes de Estado e de Governo, reunimo-nos na Sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, entre os dias 6 e 8 de Setembro de 2000, no início de um novo milénio, para reafirmar a nossa fé na Organização e na sua Carta como bases indispensáveis de um mundo mais pacífico, mais próspero e mais justo.” (…) “Decidimos ainda”: 1. Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome, até ao ano de 2015; 2. Alcançar o ensino primário e universal, até ao ano de 2015; 3. Promover a igualdade entre sexos; 4. Reduzir em dois terços a mortalidade das crianças, até ao ano de 2015; 5. Reduzir em três quartos a taxa da mortalidade materna, até ao ano de 2015; 6. Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves, invertendo a tendência de crescimento até 2015; 7. Garantir a sustentabilidade ambiental; 8. Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Caros leitores, o que leram não é ficção. Trata-se de um pequeníssimo resumo de oito objectivos que fazem parte da Declaração do Milénio das Nações Unidas, assinada, no ano 2000, por todos os seus Estados-membros, e a atingir até ao ano de 2015!
Passados cerca de 8 anos, é razoável que se pergunte: o que é que se tem feito para que estes compromissos estejam a ser cumpridos. Afinal, o ano de 2015 está próximo!
Infelizmente, estamos, mais uma vez, perante um conjunto de boas intenções, que não passam disso mesmo. O declínio de uma sociedade humana inicia-se quando os princípios apregoados pelos seus responsáveis políticos não correspondem à realidade e aspirações, legítimas, dessa sociedade, tendo como premissa as reais necessidades dos seus cidadãos, fundamentadas na paz, na verdade, na justiça e igualdade, a que se junta a execução, eficaz e imediata, dos mesmos princípios, junto das populações.
No último texto que partilhei com os leitores, perguntava pelo futuro da ONU. Hoje, a pergunta que deixo, vai um pouco mais além: qual o futuro da humanidade? Em rigor, não há uma resposta exacta, ainda que existam sinais preocupantes por todo o mundo.
O mês de Abril, tem sido fértil em manifestações, algumas bem violentas, devido ao aumento brutal do preço dos cereais, como o milho, trigo e arroz, e da fome que está a originar nas pessoas. Haiti, Egipto, Costa do Marfim, Camarões, Bolívia, Filipinas e México foram alguns dos países onde decorreram incidentes, já que estes cereais são a base da alimentação dos seus cidadãos. No dia 9 de Abril, em Nova Deli, Jacques Douf, Director-Geral da FAO, fez um alerta, veemente, para as consequências do aumento dos preços dos cereais (houve casos de aumentos de 181%) e dos seus efeitos na alimentação dos países mais pobres. O FMI também tem feito alertas importantes.
No Quénia, Etiópia, Paquistão, Indonésia, Bolívia, também já começaram a surgir sinais de insegurança alimentar e os países mais ricos não estão imunes a esta crise.
O aumento brutal do preço do petróleo (ainda não explicado) está a estimular, cada vez mais, a produção de biocombustíveis, à base, sobretudo, do milho, que devia ir para a alimentação, gerando profundos desequilíbrios em toda a cadeia alimentar e afectando todo o circuito alimentar envolvido. A isto, há que juntar as alterações climáticas, em algumas zonas do globo, com a consequente baixa da produção dos cereais e as alterações da dieta alimentar na China e na Índia.
Ao crescimento económico e à extraordinária evolução científica e tecnológica, que se tem verificado em todos os domínios, nos últimos anos, não têm correspondido medidas para que a desigualdade e a pobreza deixem de aumentar e as doenças deixem de alastrar um pouco por todo o planeta.
A Declaração do Milénio das Nações Unidas parece estar a transformar-se numa nova miragem, das tantas que, os que nos (des) governam, são pródigos em prometer.
Até quando o mundo e os seus povos aguentam este somatório de disparates?
Vítor Amorim

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 16 Abril , 2008, 18:04
Por motivo de consulta médica, acompanhei hoje uma familiar ao Hospital Universitário de Coimbra, onde, aliás, tenho ido inúmeras vezes. Hoje como sempre foi muito difícil estacionar. A paciente teve que correr para não perder a consulta e eu tive de andar, andar, andar à procura de um cantinho para estacionar o carro. Como é sabido, naquela zona da cidade há vários hospitais ou diversas dependências do mesmo. O HUC propriamente dito, o Hospital Pediátrico, o IPO e outros. E o problema está aqui. Com tão completa concentração de serviços, decerto com muitas centenas de funcionários, entre médicos, paramédicos, auxiliares e administrativos, os espaços existentes mal dão para eles. E para os doentes e acompanhantes que chegam de toda a Região Centro para as consultas e exames? É impossível. Não se compreende como é que os programadores, projectistas, políticos e demais responsáveis por estes equipamentos não pensam nestas questões. Usar transportes públicos? É complicado. Mas quem usa os seus meios próprios, como é que há-de fazer? Só há uma solução: cada doente tem de levar um condutor para andar por ali às voltas enquanto dura a consulta. Hoje de manhã havia muitos, como eu. Em conclusão: pensar na construção de hospitais (e de quaisquer equipamentos) exige que se pense na qualidade de apoios aos doentes, seus familiares e utentes.
FM

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 09 Abril , 2008, 09:17
Médicos de centros de saúde voltam a estar disponíveis para ir fazer consultas a casa
Domicílios foram desaparecendo porque médicos não são pagos pelo acto e têm que custear a deslocação. "População habituou-se a chamar a ambulância e ir para o hospital", diz Luís Pisco
Estar doente e ter um médico que vai a casa fazer a consulta tornou-se uma raridade nas últimas décadas. As excepções quase só são abertas para pessoas acamadas. A partir de Maio há médicos que vão passar a receber 30 euros por cada um destes actos. Mas os efeitos do novo modelo organizativo de centros de saúde (Unidades de Saúde Familiar - USF) neste tipo de consulta já se nota, revela um estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa).
In PÚBLICO online, na página 4
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 11 Março , 2008, 14:51
As informações que nos são oferecidas diariamente deixam-me às vezes perplexo pelo que vejo. Portugueses humildes de regiões do interior têm de se deslocar mais de 100 quilómetros para serem atendidos por um médico do Serviço Nacional de Saúde. Uns vão de autocarro (mais de duas horas de viagem), outros de ambulância, outros de carro próprio ou de familiares, e outros, ainda, de táxi. São pessoas simples, sem conhecimento dos seus direitos, sem capacidade reivindicativa, normalmente de reformas e rendimentos baixos. Depois, têm de esperar o que é normal e de regressar pelos mesmos caminhos. Um dia inteiro para uma consulta ou exame médico.
Quando vejo estes retratos de Portugal real, o tal País profundo de que muitos falam na altura de férias, fico chocado. Profundamente chocado.
Nós, os do Portugal do litoral, comercial e industrial, de boas vias de comunicação, com tudo ao pé da porta, nem sequer reflectimos sobre as riquezas que possuímos e nem olhamos para estes nossos compatriotas. Os políticos, nas suas secretárias, lá para as bandas de Lisboa, onde não falta nada, fartam-se de fazer planos e até parece que vêem o País como um todo, quando, afinal, ele é uma manta de retalhos, onde há tiras de pano ricas e tiras que se rompem, ao mais pequeno gesto, por estarem puídas com o uso e com o tempo.
Eu penso que a cultura da solidariedade tem de ser incrementada, pondo em prática o princípio da partilha e a obrigação de se repartir com os que precisam o muito que alguns têm. Isto será um absurdo? Talvez. Mas eu continuo a pensar que os serviços de Saúde têm de estar mais próximos das pessoas, doa a quem doer. Por exemplo, nós, aqui, nos concelhos de Aveiro e Ílhavo, e arredores, temos tudo à mão. Mesmo assim, ainda protestamos, porque não temos o médico na nossa sala de estar ou no nosso quarto. Não haverá nestas zonas serviços a mais, num raio de 15 quilómetro, quando outros têm de percorrer mais de 100 quilómetros para uma consulta? Onde está, afinal, o Portugal solidário de que tanto se fala? Temos de pensar nisso!

FM
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 15 Fevereiro , 2008, 12:09

Durante a campanha para o referendo sobre o aborto, disse aqui que o aborto clandestino continuaria a ser uma realidade, como desde sempre o foi. E disse, na altura, que tal aconteceria, fundamentalmente, porque a mulher e o homem o vêem como acto intrinsecamente mau. Por isso o procuram e o provocam às escondidas, convencidos de que, coisa que não se vê não é crime. Mas é, sobretudo quando ignora, conscientemente, tanto as leis naturais como os princípios religiosos, neste caso para os crentes.
Não me espanta, portanto, que os abortos legais tenham ficado aquém dos esperados. Isto é, os abortos clandestinos, tendo em conta os números propagados durante a campanha, continuam. Agora, com o silêncio dos que tanto os queriam eliminar, tornando os abortos livres e pagos pelo Estado, sabe-se que eles são feitos, nem que seja, como foi o caso, no silêncio do quarto de uma jovem estudante. Uns tantos comprimidos, de venda livre, poderiam matar mãe e filho. O filho não terá escapado e a jovem que não quis ser mãe, levada pela propaganda dos que aceitam o aborto como grande conquista civilizacional, sofreu as consequências da sua opção. Para mim, ficou com uma marca que jamais esquecerá; para outros será coisa de somenos, porque o que importa é ser dona do seu corpo.

FM
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 02 Fevereiro , 2008, 15:39



Ontem, no SEXTA, semanário gratuito, li um artigo interessante. “A água não serve só para matar a sede” foi assinado por Hugo Rodrigues e defende a ideia de que devemos escolher a água para beber conforme a comida. Isso mesmo é a aposta da Confraria da Água, cujo chanceler, Belmiro Couto, é um aveirense.
Diz ele, com razão, que nos restaurantes nos apresentam, normalmente, a Carta dos Vinhos. A da Carta da Água não existe. E a pergunta é sempre a mesma: com ou sem gás; fresca ou natural?
Ora, segundo Belmiro Couto, as águas não são todas iguais, tal como acontece com os vinhos. Sendo assim, há que saber pedir a água ideal para cada prato. Como recomenda o chanceler da Confraria das Águas, devemos consumir uma água “ácida e leve” para o cozido à portuguesa e “muito alcalina” e fresca para os pratos de bacalhau.
A meu ver, isto tem que se lhe diga. Como é que os consumidores podem conhecer essas diferenças? Talvez seja útil que os produtores passem a anunciar, nas garrafas ou por outra forma, os pratos que casam bem com as águas que comercializam.
Confesso que nunca tinha pensado nisso. Eu cá limitava-me a pedir a água natural e sem gás. Mas agora já tenho de pensar duas vezes, não me limitando a beber a água que me levam para a mesa, muitas vezes de marcas que não conheço de lado nenhum.
Estamos sempre a aprender.

FM

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 23 Janeiro , 2008, 10:27


Um quinto dos medicamentos receitados não são utilizados. Esta é uma realidade indesmentível. Todos nós temos em casa caixas e mais caixas de medicamentos, com o “rótulo” de sobras. Alguns, cujo efeito é bem conhecido, poderão ser ainda utilizados. Por exemplo, quando temos uma dor de cabeça, lá tomamos uma aspirina. Mas há outros que acabam por caducar e o seu destino pode ser o lixo. Ou regressam às farmácias para seguirem para uma qualquer incineradora.
Isto é um prejuízo incalculável para todos. Para os utentes, porque acabam por comprar medicamentos, normalmente caros, que acabam no lixo. Para o Estado, porque comparticipa os mesmos medicamentos.
A partir daqui, por que razão não são comercializáveis doses medicamentosas estritamente indispensáveis para o tratamento prescrito pelo médico? Acho que esta seria e é a melhor solução. Mas… atenção: a indústria farmacêutica já está a lembrar os “perigos” da venda avulsa. Que pode haver confusão, por falta da caixa, dizia um entendido. Francamente… não haverá solução para isso?

FM
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Janeiro , 2008, 16:06

Não aguentei mais


Gosto de assistir, como telespectador, ao "Prós e Contras". Ontem era dia de reflectir sobre a recente lei que proíbe o tabaco em recintos fechados. Em determinada altura não aguentei mais e virei as costas à algazarra. Uma lei que defende os não fumadores, que devia merecer uma análise calma, porque está em jogo a saúde de milhões de portugueses, virou, simplesmente, numa bagunçada inadmissível. Tudo porque uns tantos inteligentes, acorrentados a interesses bem conhecidos (comerciais, industriais e políticos, neste caso porque tudo serve para dar nas vistas), resolveram brincar com coisas sérias, mostrando-se de caras sérias e fazendo dos outros uns tontos.
O importante é muito simples: respeitar a saúde das pessoas e levar uns tantos fumadores a ter em conta que não podem obrigar ninguém a fumar. Ninguém pretende tirar o vício seja a quem for. Quem quiser fumar, que fume. Mas que o faça sem incomodar e prejudicar os outros.
FM
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Janeiro , 2008, 11:58
Há tempos louvei aqui a acção da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), em defesa dos consumidores. Entretanto, começaram as acusações de que aquele organismo está a exagerar na forma de agir e nas multas que prescreve para cada infractor. Talvez seja verdade. No entanto, continuo a dizer que a ASAE é importantíssima para a moralização dos agentes alimentares e económicos. Se é verdade que há gente muito honesta nestes domínios, também não deixa de ser correcto admitir que há muito "chico esperto" que está sempre pronto para nos enganar, vendendo gato por lebre.
É público que nas vésperas de uma grande peregrinação a Fátima alguns proprietários de restaurantes souberam que a ASAE ia passar por lá. Foi o suficiente para logo encerrarem certos estabelecimentos, conforme se podia ler nos avisos postados à porta, mais ou menos nestes termos: Encerrado para limpeza. Pois é. Se calhar, sem a ASAE à perna, tudo continuaria como dantes.
FM
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 15 Janeiro , 2008, 12:57
Gostei de ler no Diário de Notícias

"Nunca tive tanta noção de o tabaco ser uma droga como nos últimos 15 dias, após ler textos alucinados por parte de colunistas habitualmente respeitáveis como Vasco Pulido Valente ou Miguel Sousa Tavares. O que eles têm escrito sobre a nova lei do tabaco, deitando mão a comparações que deviam envergonhar qualquer pessoa que tenha lido dois livros de História, é de tal modo inconcebível que só se explica pela carência de nicotina. Eles fingem que um café inundado de fumo é coisa que não incomoda ninguém. Eles chamam fascismo a uma decisão que chateia dois milhões de portugueses e protege oito milhões. E Sousa Tavares conseguiu mesmo a proeza de afirmar no Expresso, sem corar de vergonha, que a lei faz "lembrar, irresistivelmente, os primeiros decretos antijudeus da Alemanha nazi". Ora, isto não é texto de um colunista prestigiado - isto é conversa de um junkie a quem o dealer cortou na dose. Faço, pois, votos que os fumadores descompensados acabem de ressacar rapidamente, para o bom senso regressar e nós podermos voltar a lê-los com gosto."
João Miguel Tavares
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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 11 Janeiro , 2008, 17:08


E OS PORTUGUESES À ESPERA
DE VEZ NOS HOSPITAIS?


Tenho para mim que, se não fosse o Presidente Cavaco Silva a apelar à calma, aconselhando uma reflexão mais profunda sobre outras hipóteses possíveis para a loca-lização do novo aeroporto, ainda agora estaríamos na teimosa discussão sobre qual seria o melhor sítio. Com o seu apelo, o Governo deixou a teimosia, tornou-se mais humilde e aceitou a análise de outras sugestões.
Agora decidiu com base em estudos do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), entidade cuja credibilidade é sobejamente conhecida. Em 2017, Portugal terá um grande aeroporto, com capacidade para responder a necessidades de toda a Ibéria. E até lá, estão garantidos entre 40 e 60 mil postos de trabalho, directa ou indirectamente ligados ao novo aeroporto.
Aqui está, mais uma vez, a importância do magistério de influência do Presidente da República.
Um problema muito grave fica, no entanto, por resolver: Durão Barroso declarou há tempos que não haveria nenhum novo aeroporto em Portugal, enquanto houvesse crianças em lista de espera para poderem ser intervencionadas cirurgicamente nos hospitais portugueses. Que eu saiba, crianças e idosos, portugueses de todas as idades, sobretudo os mais pobres, continuam e continuarão à espera de serem atendidos, atempadamente, nos nossos hospitais. Aqui é que está outro grande e grave problema. Ou não é verdade?

FM

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 08 Janeiro , 2008, 14:57
A luta pelos privilégios continua. Sempre estou (estamos) para ver. Já agora, gostaria de saber se somos uma república das bananas, onde o estado de direito não existe, ou uma democracia que trata de forma igual todos os seus cidadãos. Para já, leiam o que pensa o constitucionalista Jorge Miranda, no PÚBLICO on-line.

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