de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 17 Julho , 2009, 21:29
Bento XVI deixa o hospital


Seis horas depois de ter entrado no hospital, o Papa regressou à sua casa de férias nos Alpes italianos. Bispos de Itália saúdam Bento XVI
.
O Papa deixou o hospital de Aosta em automóvel, regressando à estância de Les Combes, onde está a passar férias.
Bento XVI trazia o pulso engessado, na sequência da operação a que foi submetido. O Sumo Pontífice, muito sereno, saudou com o braço esquerdo e com um sorriso os jornalistas que o esperavam à saída.
A intervenção, que durou 25 minutos, consistiu no realinhamento dos fragmentos do osso, com vista à redução da fractura.
O cirurgião ortopédico que realizou a operação, Amedeo Mancini, afirmou que o acidente não trará consequências, e que quando o pulso estiver curado, o Papa poderá voltar a escrever e a tocar piano.
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 14 Julho , 2009, 16:24


Lembro-me muitas vezes da banda-desenhada cheia de humor de Quino, em que a irrequieta e incisiva Mafalda está com um ar abstracto e imperscrutável e diz que está a parecer-se com uma Encíclica Papal.
É uma forma engraçada de pôr o dedo na ferida, pois o grande risco é, de facto, o da recepção "abstracta e imperscrutável"que fazemos de textos que são afinal de uma impressionante concretude, agudeza e profecia.

Por vezes sinto que fazemos das "Encíclicas Papais" um género literário, altamente respeitável, mas inofensivo. A vida continua a correr com o pragmatismo do costume, indiferente quanto baste ao horizonte ideal que a tradição cristã nos aponta.

Talvez por isso, me apeteça saudar um pequeno texto de Henrique Raposo, que me incomodou muito, mas que, não posso negar, me tornou mais atento no acolhimento da Encíclica ("Expresso" -11/07/2009).

Diz o seguinte: «Não tenho problemas com o Papa, e até gosto de católicos. Mas há uma coisa que me irrita no Papa: é quando ele se põe a trazer Marx para o Evangelho. Aquilo que o Papa tem dito sobre a - suposta - falta de ética do capitalismo não ficaria mal na colectânea dos Summer hits de Francisco Louçã. Não vou aqui desconstruir a falácia antiliberal que está presente na Igreja Católica. Deixo somente uma pergunta: no "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" qual é a parte que o Papa não entende?».

É evidente que este autor entende muito pouco do cristianismo. Em vez de Marx, ele deveria perceber que o Papa liga-se à tradição bíblica e Evangélica mais genuínas, aos Padres da Igreja e a todo o extraordinário património de pensamento e acção no campo da solidariedade humana de que a Doutrina Social da Igreja tem sido esteio. Mas numa coisa Henrique Raposo tem razão: Bento XVI irrita e esta sua encíclica, "Caridade na Verdade" é um texto altamente irritante. É isso mesmo: um manual para o desassossego.

José Tolentino Mendonça

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 14 Maio , 2009, 12:10


Bento XVI dedica dia à cidade de Nazaré, centrado na comunidade cristã

Bento XVI visita esta Quinta-feira a cidade de Nazaré, na Galileia, que os Evangelhos identificam como a terra de Jesus. Neste lugar simbólico para a comunidade cristã, o Papa deixou apelos em favor de uma “convivência pacífica” entre os fiéis das várias religiões.
“Nazaré sentiu, em anos recentes, tensões que feriram as comunidades muçulmana e cristã. Insto as pessoas de boa vontade de ambas as comunidades a repararem o mal cometido e, fiéis à sua crença comum em Deus, Pai da família humana, actuarem para construir pontes e para encontrar caminhos de convivência pacífica”, disse na homilia da Missa celebrado no Monte do precipício.
“Que todos ponham de lado o poder destrutivo do ódio e dos preconceitos, que ainda antes de matar o corpo, mata a alma”, acrescentou, perante cerca de 40 mil fiéis.
Em Nazaré, o Papa terá esta tarde um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, e visitará vários locais ligados à vida de Jesus.
Fonte: Ecclesia

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 13 Maio , 2009, 18:04

Bento XVI defende Estado palestino
e pede fim do embargo em Gaza


Bento XVI chegou esta manhã a Belém, na Cisjordânia, onde voltou a defender a existência de um Estado palestino. O Papa foi acolhido no palácio presidencial da autoridade palestina.
Junto de Mahmoud Abbas, que denunciou a "ocupação israelita", Bento XVI manifestou o seu apoio ao estabelecimento de uma "pátria palestina soberana" e assegurou aos habitantes de Gaza a sua solidariedade.
“A Santa Sé apoia o direito do seu povo a uma pátria palestina soberana, na terra dos vossos antepassados, segura e em paz com os seus vizinhos, dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente”, disse a Abbas.
O Papa pediu ainda aos palestinos que resistam à tentação do terrorismo.
Em seguida, deslocou-se para a Praça da Manjedoura, onde presidiu a uma Missa nesta cidade, 10 quilómetros a sudeste de Jerusalém. O sítio principal em Belém é a Igreja da Natividade, situada na referida Praça e construída sobre a gruta onde Jesus nasceu.
Na sua homilia, Bento XVI expressou pesar pelos sofrimentos das famílias e comunidades que perderam entes queridos no conflito e enfrentam dificuldades quotidianas.
Fonte: Ecclesia

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 11 Maio , 2009, 16:24

Bento XVI chegou esta Segunda-feira ao areporto de Telavive, Israel, onde foi recebido pelo presidente israelita, Shimon Peres, e pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O Papa apelou a uma reconciliação entre israelitas e palestinianos que permita a cada povo “viver em paz no respectivo país”.
Bento XVI fez votos para que “reais progressos de paz e estabilidade” possam ser conseguidos e destacou o papel que as famílias têm enquanto “veículos de paz”.
"Rezo para que todos os responsáveis que considerem o caminho para uma justa resolução das dificuldades, para que ambos os povos possam viver em paz nos seus respectivos países, com fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente", pediu.
“Rezo por paz e reconciliação”, assumiu.
Bento XVI afirmou ainda que o “anti-semitismo é totalmente inaceitável”.
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 10 Maio , 2009, 21:08
Missa na Jordânia


Bento XVI presidiu este Domingo a uma Missa no Estádio Internacional de Amã, o maior evento da sua viagem à Jordânia, iniciada no passado dia 8. O Papa deixou uma palavra de encorajamento à comunidade cristã da Terra Santa, que desafiou a “construir novas pontes com pessoas de diferentes religiões e culturas”, e destacou o carisma particular das mulheres na Igreja.
"Quanto deve a Igreja nestas terras ao testemunho de fé e de amor de inúmeras mães cristãs, freiras, educadoras e enfermeiras, de todas aquelas mulheres que, de diferentes maneiras, dedicaram sua vida à construção da paz e à promoção do amor”, indicou, na homilia da celebração.
Diante de 50 mil pessoas oriundas da Jordânia e de comunidades cristãs dos países vizinhos, inclusive do Iraque, o Papa admitiu que esta dignidade e esta missão das mulheres nem sempre foram inteiramente “compreendidas e estimadas”.
Apesar disso, acrescentou, “é com o testemunho público de respeito pelas mulheres que a Igreja na Terra Santa pode dar uma importante contribuição ao desenvolvimento de uma cultura de verdadeira humanidade e à construção da civilização do amor”.
Aos presentes, Bento XVI disse que “a comunidade católica está aqui profundamente tocada pelas dificuldades e incertezas que afligem todos os habitantes do Médio Oriente. Nunca se esqueçam da grande dignidade que deriva da sua herança cristã".
O Papa falou da rica diversidade da Igreja Católica na Terra Santa e lembrando a sua visita ao Monte Nebo, disse que rezou para que a Igreja nestas terras “possa ser confirmada na esperança e fortificada no seu testemunho ao Cristo Ressuscitado, o Salvador da humanidade”.

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 17 Março , 2009, 11:52

"Começa hoje nos Camarões e prossegue Sexta-feira em Angola a primeira visita apostólica do papa Bento XVI ao continente africano. Como deu a conhecer na oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no passado Domingo, em Yaoundé, capital dos Camarões, Bento XVI confiará aos bispos africanos o "Instrumento de trabalho" da II Assembleia especial para África do Sínodo dos Bispos, a realizar em Outubro, no Vaticano, seguindo depois para Angola, onde permanecerá por ocasião da feliz memória celebrativa da evangelização do País."
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 01 Janeiro , 2009, 12:36


Na Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz, sublinha-se que «a disparidade entre ricos e pobres tornou-se mais evidente»


"Combater a pobreza implica uma análise atenta do fenómeno complexo que é a globalização. Tal análise é já importante do ponto de vista metodológico, porque convida a pôr em prática o fruto das pesquisas realizadas pelos economistas e sociólogos sobre tantos aspectos da pobreza. Mas a evocação da globalização deveria revestir também um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único projecto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos – indivíduos, povos e nações – regulem o seu comportamento segundo os princípios de fraternidade e responsabilidade"
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 19 Abril , 2008, 12:03

"É triste que tanta gente ache que a epidemia pedófila na Igreja foi uma inevitabilidade que decorre da intrínseca perversidade do clero; é triste que tantos outros considerem o caso um detalhe sem importância nem consequência. Creio, pelo contrário, que a pedofilia na Igreja foi um acontecimento repugnante mas evitável. E que muitos católicos ainda não se aperceberam do significado desta crise. Ainda há quem fale em acidentes isolados: mas foram cinco mil padres e 13 mil vítimas, só nos Estados Unidos. Que o clero católico, o mesmo que difunde uma ética exigente em tempos de caos ético, tenha estado implicado em tão grande escala em abusos de menores, eis o que não pode redundar senão em perda de autoridade moral e de confiança dos crentes."

Pedro Mexia escreveu hoje, no PÚBLICO, no caderno P2, um texto sobre a visita do Papa aos EUA. Para o ler, vá à página 2.

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 18 Abril , 2008, 18:42
Papa na ONU

“A promoção dos direitos humanos continua a ser a estratégia mais eficaz para eliminar a desigualdade entre os países e os grupos sociais, como também para construir um maior sentimento de segurança”, afirmou Bento XVI na Assembleia Geral das Nações Unidas. A primeira missa nos EUA não coube dentro do estádio. Ler PÚBLICO on-line, página 22.

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 17 Abril , 2008, 11:59

“Responder a esta situação não tem sido fácil e, como o presidente da Conferência Episcopal indiciou, ela foi por vezes ‘muito mal gerida’. Agora que a dimensão e a gravidade do problema é mais claramente entendido, (os Bispos) têm sido capazes de adoptar soluções e medidas disciplinares mais direccionadas, promovendo um ambiente seguro que dê mais protecção aos menores”, disse.
Num encontro com os Bispos católicos do país, em Washington, o Papa lembrou “a dor que muitas comunidades experimentaram quando os clérigos traíram as suas obrigações sacerdotais e os seus deveres, com este comportamento tão gravemente imoral”, assegurando o apoio de toda a Igreja na tarefa de “eliminar este mal onde quer que ele ocorra”.
Num longo discurso, o Papa aprovou a política da Conferência Episcopal, que passou por dar prioridade ao cuidado das vítimas, “curando as feridas causadas por qualquer quebra na confiança”, “promovendo a reconciliação” e “indo ao encontro dos que foram tão seriamente atingidos, com carinhosa preocupação”.
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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 16 Abril , 2008, 21:11

"No dia em que celebra 81 anos, o Papa entrou na Casa Branca afirmando-se como “um amigo, um pregador do Evangelho e um com grande respeito pela vasta sociedade pluralista” norte-americana. A Bento XVI, Bush sublinhou o papel da fé na vida dos norte-americanos. “Num mundo em que alguns evocam o nome de Deus para justificar actos de terror e homicídio, precisamos da sua mensagem de que Deus é amor. E abraçar esse amor é o caminho certo para salvar os homens de abandonarem a oração para o ensino do fanatismo e terrorismo”, disse Bush. Sem tocar nos assuntos mas polémicos que dividem a opinião pública norte-americana, como a presença dos Estados Unidos no Iraque ou a questão do aborto, Bento XVI fez referências no seu discurso aos pais da nação norte-americana, citando a Declaração da Independência e o seu primeiro Presidente, George Washington."
Texto e foto do PÚBLICO on-line
NOTA: Depois dos escândalos dos padres pedófilos, o Papa Bento XVI, "envergonhado", procurará animar os católicos americanos, sublinhando que a Boa Nova não pode pactuar com crimes desta natureza. Admiro a franqueza de Bento XVI quando se declara envergonhado com a atitude desses sacerdotes e, decerto, com o silêncio cúmplice de alguns bispos. A sua franqueza não deixará de pesar nesta viagem a uma das mais poderosas nações do mundo.
FM

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