de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 24 Novembro , 2008, 11:28
Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente, esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
Bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe.

Sebastião da Gama


NOTA: Quando hoje acordei lembrei-me deste poema de Sebastião da Gama. Tenho boas razões para isso. Setenta anos de vida, bem vividos, justificam esta pequena imodéstia.

FM

RUBEM DA ROCHA a 24 de Novembro de 2008 às 15:33
PARABENS SRº PROFESSOR.
MUITOS ANOS DE VIDA, PARA CONTINUAR A ESCREVER.
UM ABTRAÇO DO AMIGO
RUBEM DA ROCHA

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