de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 01 Novembro , 2007, 09:11

OUTONO

Recolhe-se a morrer a Natureza.
O ar é fruto e mosto. Nos pomares
O moribundo Outono põe a mesa
E despeja o seu sangue nos lagares.

A Natureza expira; e, na tristeza
Da lenta morte que lhe vem dos ares,
Morre em paz, finda em sonho e em certeza,
Depois de abastecer todos os lares.

Anda na vida a lentidão do sono.
Maternalmente, as árvores, fraquíssimas,
Mal sustentam o fruto. O Inverno vem…

Assim expira o renascente Outono,
Em tardes que são mortes sereníssimas
De dias bons e que viveram bem…

Afonso Lopes Vieira

mais sobre mim
Novembro 2007
D
S
T
Q
Q
S
S

1
2
3

4
5
6
7
8
9



28


arquivos
pesquisar neste blog
 
blogs SAPO