Que procura, busca um sentido;
P’ró Além se sente impelido,
Numa vida que tem sido um desatino!
Há castelos no ar, nunca alcançados
Fímbrias de nuvens passageiras,
Emboscadas por vezes traiçoeiras
Sonhos não vividos, mas sonhados!
E minh’alma sedenta do eterno,
Procura em ti esse apoio fraterno
Que como bálsamo para a dor existe!
Mas a busca vem de longe e não termina
Neste espaço sideral não se confina
E no fundo do meu ser a dor persiste!
Maria Donzília Almeida
Dezembro de 2008