Resultados frustrantes?
Temos de nos convencer de que somos um país pequeno, com apenas dez milhões de habitantes, e sem grandes infra-estruturas capazes de formas campeões. Somos bons, dizem, a improvisar. Mas os Jogos Olímpicos não são para gente que improvisa. Quando assim é, de quando em vez lá temos uns campeões, por força dos seus próprios esforços e de qualidades inatas para certas provas. O resto é conversa.
Antes dos Jogos, a nossa comunicação social não se cansou de nos garantir que estariam certas uma tantas medalhas, porque alguns atletas eram mesmo campeões. Só que se esqueceram de que os outros também são bons. Ou melhores. Como foi o caso da Vanessa Fernandes. A que recebeu a medalha de ouro, por exemplo, já foi campeã do mundo, pelo que sei, umas três vezes. A nossa Vanessa fez o que pôde, com grande mérito. Não recebeu a medalha de ouro, mas também lhe fica bem a de prata. E como é uma jovem com grande força de vontade, pode ser que um dia chegue, nos Jogos Olímpicos, a ganhar a medalha de ouro.
Daqui, deste meu recanto, felicito os nossos atletas que fizeram o que puderam. Condeno, obviamente, quem nos quer fazer crer, por razões que não entendo, que somos os melhores do mundo.
FM