É público que uma claque de futebol, os “SUPERDRAGÕES”, está a contas com a Justiça. Problemas de contrabando, segundo a comunicação social, estarão na base de algumas averiguações e detenções. A violência também costuma marcar comportamentos menos correctos nesta claque e noutras, aparentemente gozando da complacência das direcções dos clubes que elas apoiam.
Confesso que tenho alguma dificuldade em compreender certas atitudes demasiado agressivas das claques de futebol. Aprendi que o Desporto, em geral, é uma escola de virtudes e que ganhar, empatar e perder fazem parte do jogo, o qual deve ser, no fundo, uma festa e não uma guerra sem regras nem leis.
O que se vê hoje, em muitos campos de futebol, em especial, é que as claques, normalmente, têm como padrão comportamental a violência gratuita e estúpida, obviamente sem qualquer respeito pelos adversários e pela ética desportiva.
Geram nos campos e fora deles um clima ofensivo das boas normas das relações humanas, sendo conhecido que até pacatos cidadãos, quando integrados numa qualquer claque, perdem as estribeiras, ignoram as mais elementares regras da boa educação e ofendem tudo e todos, em nome dos clubes que apoiam cegamente.
Triste é pois o facto de ver que os dirigentes dos nossos clubes ficam indiferentes a estes desmandos, muitas vezes sem qualquer palavra de condenação perante actos que pessoas de bem têm de condenar.