Caríssima/o:
Comum e comovedor quando encontramos companheiros do tempo da Escola: aquilo são abraços, abanar de cabeças, recordações infindas e uma que outra lágrima furtiva.
Quem está aí que não tenha passado por essa prova?
São muitos dias, muitas horas de convívio...
Falar disto é uma pura perda de tempo por demais evidente e conhecido.
Mas estou a ver a cara de alguns a dizer que não é bem assim: antigamente, etc e tal; agora, não...
Está bem, há sessenta anos, antes de irmos para a Escola, brincávamos com os nossos vizinhos e vizinhas nos caminhos, nas margens da ria, enquanto nossos pais e mães iam trabalhar. As brincadeiras desenrolavam-se perto dos mais crescidos, que nos deitavam os olhos, ou junto das mães enquanto elas cavavam,...
Criavam-se os primeiros laços de amizade...
O leque de amigos se alargará nos bancos da Escola, mas aqueles/as do nosso canto tinham, sempre a primazia. Lutas e rixas entre moradores de cantos diferentes provavam isso mesmo... A seguir virão os “encontros” entre freguesias vizinhas... [Uma nota avulsa: no nosso tempo, que “batalhas” verbais e não só travávamos contra os “da terra da lâmpada”!...]
Era notório, quando nos juntávamos para a preparação dos exames, a realização dos desafios entre as diferentes escolas. Só quando éramos confrontados com a saída para os estudos é que se dava a evolução e a integração...
Não era por esta via que gostaria de ter desenvolvido o tema; o teclado do computador traiu-me...
Que me desculpem todos os meus bons Amigos, gostaria de recordar o Oliveiros, o Silvério Oliveiros, o Amílcar Madail, o João Gandarinho, o Necas, o Manuel Roque, o Amadeu Vilarinho e o Arlindo... que andaram comigo na quarta classe. Um ou outro já nos deixou a saudade. Alguns tentamos a resolução de difíceis problemas de saúde... O hino à Amizade continuará!
Manuel