1. À medida que os problemas ambientais se foram confirmando e no crescer dos efeitos maléficos das poluições a agenda política, mesmo que começando pela agenda da boa vontade, foi abrindo espaço activo e efectivo para as questões ambientais. Em quantas circunstâncias humanas, só na hora da doença se aprecia devidamente e saúde; mas também, quantas vezes, para a cura já poderá ser tarde demais. No sentido comum, por isso sem a essencial dose de conhecimento científico, diz-se que poluímos mais nos últimos 30 anos que em 30 séculos. Ou sublinha-se que as comprovadas alterações climáticas reflectem esse “queixar” da natureza e questionam o estilo da acção humana sobre a vida ambiental.
3. Nos últimos anos as questões relacionadas com o ambiente têm merecido um amplo destaque, despertado pelas urgências de grandes tragédias ambientais (Tsunami na Ásia 2004, Katrina nos EUA 2005, impressionantes cheias, grandes incêndios…). Em causa recolocam-se as lupas da observação física e mental: já não se trata de uma questão de “mania” de ideologias ambientais mas está mesmo em causa a sobrevivência da Humanidade. Esta consciência planetária trazida pela globalização em curso, a mundialização de fenómenos trágicos no quadro ambiental, a biodiversidade em perigo, o desenvolvimento sustentável como forma de ler a beleza da vida, as energias renováveis no seu pressuposto ambiental, entre outros, factores que foram elevando a fasquia da responsabilidade, até ao histórico documentário de All Gore: Uma verdade inconveniente (2006).
3. Neste contexto, ergue-se como missão o trazer para a praça pública diária, das escolas à opinião e acção da sociedade civil, de iniciativas que fortaleçam este laço ético indeclinável de todos nas questões do ambiente. Convite aberto a todos: 7 de Maio, 21h, Auditório Mãe do Redentor na Gafanha da Nazaré: Conferência «Questões ambientais: moda ou urgência?», Carlos Borrego (UA).