Embora Senos da Fonseca sublinhe que “MARÉS não poderá ser um trabalho perfeito”, por causa da “pressa”, a verdade é que me deu gosto lê-lo, pelas memórias que me suscita. Com este livro, o autor continua a enriquecer a historiografia ilhavense, na medida em que traz à tona d’água temas que podem cair no esquecimento. Se é que, para os mais novos, não são pura e simplesmente questões completamente desconhecidas. Refiro-me, por exemplo, à demolição da Capela das Almas, à dança dos nomes na Praça da República, à Estrada Ílhavo-Mota, aos 110 anos de Independência do Concelho de Ílhavo, à Capela de Nossa Senhora de Penha de França, com o Bispo D. Manuel de Moura Manuel, à Arraisa Calôa e a tantos outros assuntos que abordou, com muita sensibilidade, no seu blog TERRA DA LÂMPADA, com nacos de poesia em muitos dos seus escritos. Aqui recordo, ainda a título de exemplo, a visita que fez ao S. Paio da Torreira.
Senos da Fonseca, a que já me referi no meu blogue, a propósito dos seus livros, “ÍLHAVO - Ensaio Monográfico” e “O Labareda”, é hoje uma referência para quem aprecia conhecer melhor o passado e o presente de Ílhavo.
Fernando Martins