O mais importante é a alegria
Depois, frisou o facto de muitos intervenientes mudarem de papéis, nos autos de Natal apresentados, durante o Cortejo, “como quem muda de camisa”, por tudo isto lhes estar, decerto, no sangue e na alma. A tradição oral, que se mantém entre nós há mais de um século, está enraizada na memória da nossa gente.
Quem como eu presenciou de perto o desenrolar do Cortejo dos Reis, mais na parte final, pôde confirmar o interesse e o carinho com que o nosso povo viveu esta festa. Representando, cantando, animando e valorizando, com os mais diversos contributos, uma festa popular com marcas indeléveis dos nossos antepassados.
Como disse o nosso Prior, o mais importante não será o dinheiro que se recolhe das “ofertas para o Menino Jesus”, como diz o povo, porque o que conta é esta alegria, este interesse e este respeito pelas nossas tradições, que fazem parte da nossa cultura e da nossa identidade.
FM