Castelo Engenheiro Silva
Quem vai à Figueira da Foz ou ali passa férias, sobretudo no Verão, não resiste a ver o mar, com praia abundante e a perder de vista. A Esplanada Silva Guimarães, construída na década de 50 do séc. XX, é local obrigatório para passear e conversar por entre o tagarelar, de línguas várias, de quem deambula ao sabor do nada fazer. Dali avista-se quem teima em manter a linha, caminhando ou andando de bicicleta, mais em baixo, na marginal, onde cabe muita gente.
Mas na esplanada, com bancos para o merecido repouso de quem caminhou muito, há três edifícios que reclamam a nossa atenção: a Casa das Conchas, com marcas da Arte Nova, bem patente nos azulejos decorativos de motivos vegetais; o Antigo Edifício do Turismo e o Castelo do Engenheiro Silva, que formam um belo contraste com a demais arquitectura envolvente.
Para além de sugerir uma visita ao Bairro Novo, onde a presença da Arte Nova se faz sentir com mais acuidade, como marca de uma certa burguesia endinheirada, não posso deixar de lamentar o estado em que se encontra o Castelo do Engenheiro Silva. Há anos que o vejo com alguns sinais de obras para breve, que nunca avançam. Na realidade a decadência e o abandono empobrecem aquela esplanada.