Quando completou quatro décadas de profícuo trabalho, veio a público um livro com alguns registos por ele captados, onde mostrou uma sensibilidade muito própria, com sinais claros da sua paixão pela ria, com mar à vista.
Com as suas fotografias, desde a era analógica até à digital, que hoje domina quase em absoluto a arte fotográfica, Carlos Duarte tem sabido partilhar, com o público da região, o que vê e sente, através de exposições individuais, mostrando à saciedade quanto rejubila com máquina na mão e olhos atentos. Mais alma que põe em tudo quanto aprecia e o seduz.
Nesta exposição, patente na Residencial Azevedo, a quarta da sua carreira, Carlos Duarte teve a oportunidade de chamar a minha atenção para algumas fotografias, só possíveis de captar quando deambula de bicicleta e atravessa a ponte que nos liga às Praias da Barra e da Costa Nova. Quem anda apressado, normalmente, não tem tempo para ver a paisagem que o circunda.
Lá estive no dia da abertura da exposição e tenciono voltar para, com mais calma, apreciar, fotografia a fotografia, mais pormenores de cada uma, a beleza do seu trabalho, sem arranjos que alteram, por vezes, o que a natureza assume como coisa sua.
Ria e mar, barcos e moliço, redes e vieiras, velas e proas, ondas com reflexos e nuvens espelhadas na laguna, de tudo um pouco ali está. Os preços são acessíveis.
FM