«Portugal tem atravessado crises igualmente más — mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não […] e os homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela política.»

Eça de Queirós, Correspondência (1891)

Citação na revista LER de Maio

Uma Boa Oportunidade para Celebrar Camões

A Confraria Camoniana de Ílhavo vai festejar, no próximo dia 10 de Junho, o seu 10.º aniversário, com um programa em que se destaca a apresentação de um selo comemorativo, de carimbo e sobrescrito de primeiro dia de circulação, do novo pin, medalha, garrafa de vinho do Porto com rótulo exclusivo, e, ainda, com o lançamento da 4.ª edição do Boletim Camoniano.

Merecem igual destaque a leitura de excertos de Os Lusíadas por alunos, trajados à época, da Escola Secundária Dr Celestino Gomes, e o desfile das confrarias com uma caravela.

Mesmo que não possam participar ao almoço, sugerimos que marquem presença venham na sessão cultural no Centro Cultural de Ílhavo, que será pública e gratuita.

 Biblioteca na Praia da Barra

Férias agradáveis para gente que gosta de trabalhar

A Câmara de Ílhavo vai organizar um projecto de OTL (Ocupação de Tempos Livres) para os meses de Julho e Agosto. Pretende assim proporcionar aos jovens da área do município, com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos, actividades salutares, que contribuam para a sua formação, incrementando o seu espírito de equipa e de entreajuda.

Esta iniciativa é composta por seis projectos: Biblioteca ao Ar Livre, Apoio à Infância, Apoio à Terceira Idade, Animação de Espaços Lúdicos e Culturais, Apoio Administrativo em projectos da CMI, Educação Ambiental no âmbito da Bandeira Azul.

A cada participante será atribuída uma bolsa monetária, cujo valor resulta das responsabilidades que lhe são atribuídas no desenvolvimento das tarefas, estando estipulados três valores (160, 200 e 250 euros).

As inscrições decorrem a partir do dia 20 de Maio até ao dia 12 de Junho.

Semente lançada que acolhe o tempo do fruto

António Marcelino

Bento XVI regressou a Roma. Não veio a Portugal como turista, nem à conquista de simpatias, nem a procurar ou evitar proventos de manifestas diferenças. Veio como peregrino e profeta, como irmão mais responsável numa obra apostólica - a missão evangelizadora - que a uma grande maioria dos portugueses diz respeito.

O leque abriu-se: uns sentiram-se conquistados e emocionados; outros continuaram a olhar para trás e a fazer comparações; para outros, vir ou não vir, era e foi indiferente; outros, poucos mas livres para opinar, não deixaram de protestar pelos incómodos causados à sua ideologia, ao trânsito ou à economia débil do país; muitos, finalmente, acolheram com alegria a visita e a mensagem de Bento XVI e têm agora na sua mão a sorte do futuro com a semente lançada e acolhida no terreno preparado do coração.

A verdade é que ele veio, esteve e partiu. Diz a comunicação social que partiu muito contente. Falou a grupos e a multidões, a crentes, a menos crentes e a descrentes. Cada qual o ouviu a seu jeito Não polemizou com ninguém. Não atacou ninguém. Não desfiou verdades abstractas. Não fez imposições, mas propostas.

Soube há momentos pelo blogue Notas de Aveiro que faleceu o Tozé Bartolomeu, um dedicado e competente colaborador da Rádio Terra Nova, para a área do desporto. Mostrava uma grande preocupação em estar permanentemente em cima do acontecimento, com um apurado sentido jornalístico. A última vez que falei como ele foi na inauguração da ligação ferroviária ao Porto de Aveiro, em cuja sessão fez as apresentações. Parecia muito bem. Doente há bastante tempo de mal que não perdoa, não era esperada, para já, a sua partida. Como naturalmente acontece com os amigos. Com os avanços da medicina e da cirurgia, acompanha-nos sempre uma desejada réstia de esperança. Os meus pêsames à Rádio Terra Nova e à família do Tozé. Paz à sua alma.