de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 25 Abril , 2010, 20:47

Da intervenção do Presidente da República no Parlamento:

 

 

 

Situações de pobreza e de exclusão

são indignas da memória

dos que fizeram a revolução de Abril

 

 

«A sociedade portuguesa é hoje mais justa do que aquela que existia há 36 anos. No entanto, persistem desigualdades sociais e, sobretudo, situações de pobreza e de exclusão que são indignas da memória dos que fizeram a revolução de Abril.

A sensação de injustiça é tanto maior quanto, ao lado de situações de privação e de grandes dificuldades, deparamos quase todos os dias com casos de riqueza imerecida que nos chocam.

Na minha mensagem, no primeiro dia do ano de 2008, disse: “sem pôr em causa o princípio da valorização do mérito e da necessidade de captar os melhores talentos, interrogo-me sobre se os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores”.

Embora este meu alerta não tenha então sido bem acolhido por alguns, não me surpreende que agora sejam muitos os que se mostram indignados face aos salários, compensações e prémios que, segundo a comunicação social, são concedidos a gestores de empresas que beneficiam de situações vantajosas no mercado interno.

Como já afirmei noutra ocasião, na génese da actual crise financeira e económica internacional encontra-se a violação de princípios éticos no mundo dos negócios e a avidez do lucro fácil, a que se juntaram deficiências na regulação e supervisão dos mercados e das instituições financeiras. Os custos sociais traduzem-se hoje em perda de poupanças amealhadas com grande esforço, destruição de empregos, emergência de novos pobres.

As injustiças sociais e a falta de ética são dois factores que, quando combinados, têm efeitos extremamente corrosivos para a confiança nas instituições e para o futuro do País.

A injustiça social cria sentimentos de revolta, sobretudo quando lhe está associada a ideia de que não há justiça igual para todos.»

 

Ler toda a Mensagem aqui

 

 


Editado por Fernando Martins | Domingo, 25 Abril , 2010, 18:23

Novas referências sobre o Catitinha, que conheci na minha meninice, levam-me a republicar o que havia escrito. Veja aqui.


Editado por Fernando Martins | Domingo, 25 Abril , 2010, 11:04
;
O Diário de Notícias oferece hoje, a quem comprar o jornal,  O GRANDE LIVRO DOS PAPAS. Trata-se de uma publicação para toda a gente, porque, a traços rápidos, fala de todos os Papas, desde S. Pedro a Bento XVI. Quem gostar de conhecer um pouco de cada Sumo Pontífice, aproveite esta boa oportunidade.
Já agora, os meus amigos sabem que também tivemos um Papa português? Pois é verdade. Pedro Julião  ou Pedro Hispano, assim se chamava ele, era natural de Lisboa, provavelmente da freguesia de S. Julião, e distinguiu-se como médico (profissão de seu pai), filósofo,e teólogo. O seu pontificado, que decorreu entre 15 de Setembro 1276 e 20 de Maio de 1277, durou  apenas oito meses e alguns dias. Foi vítima de um desmoronamento de uma abóbada, quando visitava obras em curso. Está sepultado em Viterbo, Itália.
O seu túmulo esteve bastante abandonado durante anos e foi o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, João Soares, curiosamente um ateu, que se interessou pela sua recuperação, aquando do seu mandato.
Este caso, como outros, dizem bem da curta memória dos portugueses. Ainda ontem, Ângelo Correia, em entrevista à revista Única do Expresso, denunciou essa triste realidade. Sugiro que a leiam, para que cada um de nós olhe à sua volta e veja se há ou não marcas do nosso rico passado histórico ao abandono.

Editado por Fernando Martins | Domingo, 25 Abril , 2010, 10:58
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 25 Abril , 2010, 10:15

 

 

 

 

 

Qual é a receita dos verdadeiros ovos-moles de Aveiro? Poucos o sabem, mas muitos dizem conhecê-la. Este painel cerâmico está perto de um estabelecimento, junto à  Câmara Municipal, onde há décadas se vendiam os genuínos ovos-moles. Os tempos passaram e agora a produção está industrializada. Quando quero ovos-moles ainda vou a essa pastelaria. Tradição? Talvez sim, talvez não. Os seus ovos-moles até parece que têm outro sabor. Posso estar enganado, mas é o que penso.

Se não der assim tanta importância a este doce regional de Aveiro, então aprecie os painéis cerâmicos de conceituados artistas aveirenses, que estão por ali, no centro da cidade.

 

Bom domindo, com ou sem ovos moles.

 

FM


Editado por Fernando Martins | Domingo, 25 Abril , 2010, 09:17

 

 

 

Diariamente recebo e-mails com mensagem pessimistas. Doentiamente pessimistas. Muitas vêm com imensas saudades do antes de Abril. Para eles,  os cravos da liberdade murcharam há bastante tempo. Que é preciso outro Salazar... só um outro ditador é que poderia endireitar a situação de crise com que nos confrontamos... isto já não vai com democracias... E por aí adiante.

É sabido que a democracia é de todas as formas de governo a menos má, dizem os politólogos. Mesmo assim, há quem já não acredite em nada. O mundo está perdido e os políticos estragam todos os sistemas. Não há salvação possível. Contudo, que se saiba, sempre  foi assim. E o mundo continua a rolar, queiram os não queiram os homens.

Do outro lado estão aqueles que entendem que tudo gira sobre rolamentos bem oleados. A virtude estará algures.

Há dias, num grupo onde pontificava  juventude que protestava, quiçá com alguma razão, porque não consegue inventar empregos nem meios mais ou menos estáveis  de subsistência. Os desabafos sucediam-se e ninguém adiantava nem vislumbrava solução à vista.

Uma idosa que ali estava, como que indiferente ou marginalizada, balbuciou a medo, mas de forma audível: «Está tudo muito bem, mas voltar atrás é que eu não queria.»

 

FM


Editado por Fernando Martins | Domingo, 25 Abril , 2010, 00:15

 

PELO QUINTAL ALÉM – 18

 

 

 

 

 

 

A MADRESSILVA

 

A

ti Evaristo Loureiro

                                                            

Caríssima/o:

 

a. Plantada junto ao portão a madressilva lá se encontra e exala o seu perfume característico que é o seu grande trunfo.

É planta assaz pouco simpática se não for dominada: invade e sobrepõe-se a outras  que abafa. Assim se transforma numa praga e torna-se indesejável.

 

e. Foi na Gafanha o meu primeiro encontro com a madressilva e vem desde a meninice a minha admiração pelo  odor das suas flores. Era um tronco razoavelmente grosso e não muito alto que, junto à porta de entrada da casa de meu Padrinho, lhe escancarava o rosto num prazer único que partilhava connosco.

Daí levei uma haste que tem proliferado pelo nosso quintal... onde espalha a sua agradável fragrância.

 

i. Planta melífera por excelência, na sua floração e folhagem verde macia reside o motivo da sua escolha como planta ornamental para sebes, caramanchões e pérgulas e para cobrir muros.

Por outro lado constitui também um bom revestimento para solos, crescendo rapidamente e ocultando a terra ou segurando os terrenos de uma encosta, evitando a sua erosão.

 

o. No que respeita às suas características medicinais atribui-se às suas flores e folhas propriedades anti-sépticas, diuréticas, adstringentes e laxativas, sendo  utilizada  para evitar ou combater as anginas, a colibacilose e a tosse.

Em todo o caso, ficam umas advertências:

Todas as madressilvas são tóxicas em maior ou menor grau, incluindo o seu fruto, uma baga vermelha.

Não cultivar próximo a dormitórios, pois as pessoas alérgicas a perfumes poderão apresentar reacções.

 

u. E creio que alguma surpresa poderá surgir com esta invocação

 

 Nossa Senhora da Madressilva

 

Alguns artistas portugueses representaram vários aspectos da devoção popular a Nossa Senhora. Entre elas aparece o título de Nossa Senhora da Madressilva.

No Museu Regional de Aveiro, há uma gravura  com este título.

 

E terminemos de maneira diferente com uma oração:

 

Fazei, ó Deus, que, ao celebrarmos a memória da Virgem Maria sob o título de Madressilva, possamos também, por sua intercessão, participar da plenitude da vossa graça.

Por Cristo Senhor nosso. Amém.

 

 

 

                                                             Manuel  

 

 


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