de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Abril , 2010, 23:23

 

A minha prima Rosa
.

Há momentos difíceis na vida. A partida de alguém muito querido é sempre um motivo de grande dor. E quando esse alguém é uma pessoa que nos marcou na vida, pela sua bondade pura e generosidade sem limites, então a dor é muito maior.

A minha prima Rosa Salsa era uma amiga muito próxima, apesar da diferença de idades, e ocupava um lugar especial no meu coração. Confidente que me ouvia e aconselhava nas horas mais difíceis e comigo ria nas horas de felicidade.

Mulher de fé profunda oferecia a quem a ouvia palavras de esperança alicerçadas na Boa Nova de Jesus Cristo. A sua vida era uma oração fervorosa e permanente, convicta de que com ela dava um precioso contributo para um mundo melhor.

Tentou ser freira, mas acabou por desistir. Porém, manteve permanentemente o espírito de doação aos outros, que acompanhava com um sorriso que os seus amigos, que eram quantos com ela conviviam, jamais esquecerão.

A minha prima Rosa Salsa escrevia com muita sensibilidade. As cartas que nos remetia deixavam transparecer uma grande alma. Uma alma de afectos e de bem.

Um amigo comum disse-me um dia que as cartas que a Rosa enviava a sua esposa, eram sofregamente lidas por ele, mesmo antes da destinatária. Traziam qualquer coisa de simples e belo, garantiu-me.

A minha prima gostava muito de ler quando era mais nova. E quando chegava a qualquer palavra que desconhecia apressava-se a escrevê-la num caderno, para depois consultar um dicionário, que não possuía. E quando fez um exame, a sua redacção foi copiada pelos membros do júri, tão bonito estava o seu escrito.

A Rosa Salsa está no seio de Deus, gozando a felicidade tão desejada pela sua fé. Por isso, a tristeza que a sua partida sem regresso suscita em nós tem de ser estímulo para sermos dignos da fé e da bondade que ela nos legou.

 

 

Fernando Martins


Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Abril , 2010, 11:55

 

 

Deixemo-nos de demagogias baratas

 

 

Quando o Governo decretou tolerância de ponto (para os funcionários públicos) para os católicos poderem associar-se à visita do Papa, participando em algumas cerimónias, sentiu-se a alegria de quantos sonhavam estar com Bento XVI.

Dir-se-ia que o Governo, que é laico e deve continuar a sê-lo, teve em conta que a maioria dos portugueses vive o catolicismo, cultuando e respeitando no dia-a-dia os valores cristãos. Nesse sentido, não morre ninguém se os católicos que o desejarem tiverem o prazer e a alegria de ouvir e ver o Santo Padre.

Nestes casos, nunca faltam os radicais que nos atiram aos olhos a areia dos seus ódios à Igreja católica dissimulados em argumentos pueris. Clamam eles que um dia com o Papa arruína a produtividade no nosso País, tanto mais que estamos em crise.

Vamos ser realistas:

 

1. As empresas podem não permitir a tolerância de ponto para os seus trabalhadores;

2. Os funcionários públicos com direito à tolerância de ponto são, em princípio, os do Porto e Lisboa, nos dias em que o Papa está nessas cidades. No dia 13 será para todo o país;

3. Os não católicos, naturalmente, não aceitarão a tolerância de ponto, porque, como será óbvio, não estarão interessados nas prédicas do Papa. Devem, portanto, ocupar os seus postos de trabalho;

4. Os radicais e intolerantes em relação à defesa do Estado Laico nunca perdoam, por norma, qualquer aproximação do Governo aos interesses de confissões religiosas. E então se a religião for maioritária, ficam logo altamente assustados e com medo da velha e há muito ultrapassada união entre o trono e o altar. Mas se for uma religião minoritária, alguns até acham bem e aplaudem;

5. Claro que, se a tolerância de ponto fosse decretada por um outro acontecimento qualquer, como o dia de Carnaval, tudo estaria bem;

6. Meus caros compatriotas, procuremos  ser compreensivos e vivamos sem demagogias baratas.

 

Fernando Martins

 

 

 

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Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Abril , 2010, 11:21

 

 

 Sessões de Esclarecimento - Uso do Fogo

 

 

Numa parceria entre a Guarda Nacional Republicana e a Câmara Municipal de Ílhavo, vai desenvolver-se um Ciclo de Sessões de Esclarecimento sobre a Defesa da Floresta relativamente ao Uso do Fogo (Fogueiras, Queimas de Sobrantes e Queimadas) e a Protecção de Habitações e outras Edificações (Gestão de Combustíveis) nas Juntas de Freguesia do Município de Ílhavo.

 

Sessões:

Dia 21 de Abril (Quarta-feira)
21h30
Junta de Freguesia da Gafanha do Carmo

Dia 22 de Abril (Quinta-feira)
21h00
Junta de Freguesia de S. Salvador 

Dia 27 de Abril (Terça-feira)
21h00
Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação

Dia 29 de Abril (Quinta-feira)
21h00
Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré 

 

 

NOTA: Medida concreta que precisa e exige a participação de todos. Com o fogo não se brinca. Mas às vezes as pessoas esquecem-se e o desastre acontece. Todos ganharemos se estivermos bem informados.

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Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Abril , 2010, 11:14

Os primeiros tempos dos nossos avós, nas dunas que hoje são as Gafanhas, não eram nada fáceis. Leia aqui.

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Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Abril , 2010, 09:39

PELO QUINTAL ALÉM – 17

 

 

 

 

O ALECRIM

 

A

ti Céu Zanaga,

ti Alexandrina Margaça

                                                            

Caríssima/o:

 

a. O tempo voa e, levados nas suas asas, vem-nos a tentação de olhar para trás... Já lá vai a Páscoa e antes dela os Ramos que, onde são vividos, levam os Cristãos para a rua com os seus «ramos»  a vitoriar o Cristo.

Foi aí que o nosso alecrim surgiu como vítima e herói, como fácil te levou o raciocínio: cortado, esfrançado, atado e amarrado, para depois ser levantado, benzido e abençoado, trazido para casa e colocado no altar da oração do lar como presença amiga e testemunha do nosso compromisso.

 

e. Também assim na Gafanha da nossa meninice: no jardim ou pelos caminhos, crescia e florescia como arbusto a que muitas vezes se associavam pensamentos mais curvos que os caminhos...

 

i. ...Que também se faziam defumadoiros em tempos de invernia para desinfectar ou, quantas vezes, para afugentar “sombras” que os vivos nos entretecíamos a projectar na escuridão.

Uma que outra, em excepção, usava-o na culinária, para assados, vinhos-d'alho e alguns o queimavam em experiências de assados de brincadeiras de juventude.

 

o. Para além da tal desinfecção dos ares e dos brônquios não ia o alecrim mas, convenhamos sem dificuldades que esta erva terá virtudes curativas que nos indicam sábia e profusamente: “A sua essência entra em muitos medicamentos, composição de bálsamos para fricções, e de certos produtos de perfumaria - água de Colónia, por exemplo.

O alecrim é, principalmente, um medicamento estimulante para todas as pessoas atacadas de debilidade extrema, e emprega-se também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide.

Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim.

Também se recomenda a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir.

Uma infusão de alecrim faz-se com 4 gramas de folhas por uma chávena de água a ferver. Tome-se depois das refeições.”

Claro que se deve ouvir sempre a autoridade clínica e nunca esquecer que, apesar de não haver contra-indicações, “as preparações de alecrim não devem ser tomadas durante a gravidez”.

 


Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Abril , 2010, 09:30

 

 

A nuvem

 

As cinzas provocadas pelo vulcão islandês provocaram o caos na Europa e em todos os países de partidas e chegadas de aviões no espaço europeu. A nuvem, formada por essas cinzas, que tardam em dissipar-se, pode ser fatal para todas aeronaves e para as suas tripulações, mercadorias e passageiros.

As crises económicas que as sociedades estão a enfrentar, relacionadas com o liberalismo sem alma, sofreram mais um percalço, sem fim à vista, e de custos incalculáveis.

O mundo da pressa e dos negócios internacionais, de um dia para o outro viu-se paralisado. Sem remissão. Ninguém imagina o que este caos pode provocar a nível global, nesta aldeia sem fronteiras, que agora se confronta com a força de uma nuvem de cinzas vulcânicas.

O medo e as precauções paralisaram homens e mulheres, deixando-os perplexos face à fragilidade das relações entre os países e os continentes.

Resta-nos aceitar a força incontrolável da natureza e esperar que os homens, em vez de provocarem  guerras, procurem cientificamente soluções para estes problemas.

 

 

FM


Editado por Fernando Martins | Domingo, 18 Abril , 2010, 09:11
Portugal e os portugueses, o governo e os políticos,
o bullying, a pedofilia e a felicidade. Três horas de conversa
 
 

 

Durante três horas, entre entrevista e sessão fotográfica, não deu sinais de impaciência. Respondeu a tudo menos ao que diz mexer com a sua liberdade. António Barreto parece estar tão bem resolvido com a vida, que até dá inveja. Tem dúvidas e faz questão de as admitir. No final, pede para limparmos os lugares-comuns, como se não soubesse que nenhuma palavra sua é para deitar fora. O tempo foi curto, mas chegou para pensar.

  

Depois de tanto estudo e da análise de tantos números, sabe se os portugueses são felizes?
Essa é a pergunta do milhão de dólares. São rezingões, reclamam, protestam, queixam-se. Não creio que seja do ADN, tem razões históricas. É verdade que têm altíssimas aspirações, tantas quanto os países mais ricos da Europa. Conhecem esses países, já emigraram, foram de férias,sabem como funcionam, aspiram às c asas suíças, às férias francesas, aos serviços dinamarqueses, ingleses, à educação sueca. Acontece que do grupo de países ricos - do qual fazemos parte - Portugal é o último. A diferença entre o que temos e o que queremos é enorme.

 

Desejamos mas não conseguimos?
Quando um português vê como funciona uma escola secundária na Holanda ou em Inglaterra ou um centro de saúde na Suécia ou Suíça, fica impressionado com a rapidez, competência, prontidão, limpeza. E isso cria rezinguice, frustração. Daí não retiro infelicidade. Há uns 30 anos, veio ter comigo um matemático que trabalhava nas Nações Unidas. Estava preocupadíssimo porque queria encontrar um indicador, um só, que medisse a felicidade das pessoas. Fiquei estupefacto. O homem era muito capaz do ponto de vista técnico. Disse-lhe que acho que não se pode medir a felicidade das pessoas. Pode medir-se, perante certas situações, questões ou factos, um certo grau de satisfação. Mas a satisfação muda muito. A Fundação [Francisco Manuel dos Santos] vai ocupar-se disso. É possível, com barómetros que foram feitos há dez, vinte, trinta anos detectar a evolução das atitudes dos cidadãos perante certas coisas. Sabe-se, por exemplo, olhando para o Eurobarómetro, que a confiança dos portugueses, o grau de satisfação nalgumas instituições democráticas está em declínio. É possível medir perante coisas concretas.

 

 

Leia toda a entrevista aqui


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