de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 17 Abril , 2010, 12:01
Por sugestão do Ângelo Ribau
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 17 Abril , 2010, 11:43

 

 

 

Nas Asas de um Sonho

 

Nas asas de um sonho

Através do espaço

Liberta de penas

Sempre hei-de voar.

Voar sem limites

Os céus o destino

Por entre as galáxias

Lá na imensidão

Subindo, subindo

Sem para trás olhar.

 

Nas nuvens dormir

Em cama de estrelas.

De almofada o sol

Cortinas de bruma

Lençóis de luar.

 

Ao raiar da aurora

Irei acordar

Aspirar o amor

Ver do alto a vida.

Tristezas e mágoas

P’ra longe bem longe

P’ra lá do infinito

Do peito expulsar.

 

Aida Viegas

 

 

Nota:No próximo dia 28 de Maio, em Aveiro, terá lugar a apresentação de mais um livro de Aida Viegas: Histórias de Bolso das Gentes de Aveiro

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 17 Abril , 2010, 11:17

E não se calam... para o Prior falar

 

 

Que alegria é essa?

 

  

 

À espera de uma fatia de bolo

 

 

O meu preferido é aquele

 

O prazer de conviver

 

Penso que só os doentes (da cabeça) é que não gostam de conviver com familiares e amigo. Os normais, que acreditam que a vida pode ser uma festa, para além das amarguras das economias e das crises que de quando em vez surgem, antecedendo a bonança, esses procuram o encontro com os outros.

Pessoalmente gosto de ouvir e falar com amigos, embora frequentemente me exceda, dando pouco espaço àqueles com quem estou. Prometo a mim mesmo que na próxima ocasião serei diferente, ouvindo mais do que falando, mas depois esqueço-me.

Ontem à noite foi um dia desses. Estive com amigos que conheço há muito, saboreando uma deliciosa caldeirada de enguias à moda das gentes gafanhoas. Soube-me muito bem. Tal como os doces variados que completaram o convívio. Pelo que ouvi, a minha opinião coincidiu com a dos demais. E dormi lindamente…

Este encontro foi promovido pelo Conselho Económico e Pastoral da Gafanha da Nazaré, com o objectivo de todos se conhecerem, para melhor conjugarem esforços nas tarefas a desenvolver na construção da comunidade, que se quer mais humana e mais fraterna, porque mais cristã.

Espero que outros convívios se sucedam, com ou sem caldeirada de enguias. Na Gafanha da Nazaré não faltam sabores de regalar.

 

FM

 

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 17 Abril , 2010, 10:52

Cineasta português vai estar diante de Bento XVI no encontro

com o mundo da cultura e abordará questão da fé e das artes

 

 

“É inquietante aceitar

a existência de Deus como negá-la”

 

 

 

Manoel de Oliveira já escreveu o discurso que vai dirigir a Bento XVI no próximo dia 12 de Maio, no Centro Cultural de Belém, no qual aborda a

 questão “da fé e das artes”.

 O cineasta português foi a personalidade escolhida para falar ao Papa em nome dos agentes da cultura, num encontro em que também intervém o próprio Bento XVI, para além de D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e presidente da Comissão episcopal responsável por esta área.

Manoel de Oliveira não entende este discurso como um “prémio”, mas reconhece que ficou “surpreendido” com o convite que lhe foi dirigido.

 A poucos meses de completar 102 anos de idade, o realizador já foi galardoado em vários pontos do globo pela sua obra na Sétima Arte. Ainda assim, a sua paixão e vocação pelo cinema “continua bem viva e vai-se confirmando”, como disse à Agência ECCLESIA.

 Estes mais de cem prémios são sinónimos de reconhecimento. Perdeu-lhes a conta, mas recorda aquele que recebeu de João Paulo II.

 “Foi um Papa excepcional”, afirma.

 Manoel de Oliveira compara o percurso dos dois últimos Papas: “Este (Bento XVI, ndr) é talvez mais culto, o outro tinha um sentido religioso e humano notável”. João Paulo II “até pediu perdão pelos erros cometidos pelo catolicismo”, acrescenta.

 Depois de afirmar que “Deus é único”, o cineasta deixa lugar à dúvida: “Se é que existe”. “Já S. Paulo o fazia, quando disse: «Se Cristo não ressuscitou, toda a nossa fé é vã»”, justifica.


Editado por Fernando Martins | Sábado, 17 Abril , 2010, 10:27

NÓS E OS OUTROS

 

Anselmo Borges

 

 

 

 

Nos anos 20 do século passado, Louis Bolk avançou com a teoria da neotenia, posteriormente seguida e aprofundada por biólogos e filósofos. Constata, no essencial, que o Homem é um prematuro - para fazer o que faz, precisaria de permanecer no ventre materno mais um ano, mas isso não é possível; assim, nasce no termo de 9 meses, em vez de passados 20 -, tendo, portanto, de receber por cultura aquilo que a natureza lhe não deu. Frágil segundo a natureza e sem especialização, tem de criar uma espécie de segunda natureza ou habitat, precisamente a cultura. Como escreve o filósofo Robert Legros, "é na cultura ou no que a fenomenologia chama um mundo que a humanidade de Homo encontra a sua origem, e não na natureza. Quanto à origem da cultura, ela está por princípio votada a permanecer uma questão sem resposta".

Enquanto os outros animais nascem feitos, o Homem, nascendo por fazer, em aberto, tem de fazer-se a si mesmo e caracteriza-se por essa tarefa de fazer-se com outros numa história aberta, em processo.

Constata-se deste modo que nos fazemos uns aos outros genética e culturalmente. Os meninos-lobo mostram-nos que nos tornamos humanos com outros humanos. Eles tinham a base gené- tica de humanos, mas faltou-lhes o encontro com outros homens. O ser humano é, pois, sempre o resultado de uma herança genética e de uma cultura em história.

Assim, no processo de nos fazermos, o outro aparece inevitavelmente. O outro não é adjacente, mas constitutivo. Só sou eu, porque há tu, em reciprocidade. O outro pertence-me, pois é pela sua mediação que venho a mim e me identifico: a minha identidade passa pelo outro, num encontro mutuamente constituinte.

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 17 Abril , 2010, 08:00

 

 

 

Alberto Martins 

   

17 de Abril de 1969

 Maria Donzília Almeida

 

 

Decorria o ano da Graça de 1969 em Coimbra, onde me encontrava como caloira, na urbe universitária. Todos os dias subia os degraus daquele extenso patamar que dava acesso à Faculdade de Letras. Mesmo em frente, erguia-se imponente a estátua de Minerva, que parecia dar as boas-vindas aos estudantes. Eu, uma novata e amante do exotismo estrangeiro, ouvia, sempre, nessa saudação, a palavra welcome reescrita e transposta para o acesso à entrada da minha actual “Home, sweet home”.

Coimbra era uma cidade a latejar por todas as suas artérias, desde a parte alta onde se situava a velha academia, até à baixinha onde o comércio prosperava e se alimentava da massa estudantil.


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