Por iniciativa da Comissão Diocesana da Cultura, saiu mais um número da revista "Igreja Aveirense”(IA), referente ao segundo semestre de 2009. Trata-se de uma obra que insere diversos temas de D. António Francisco dos Santos (homilias, mensagens, notas pastorais, nomeações e intervenções) e de D. António Marcelino (homilias, conferências e outros escritos). No fundo, são textos que ajudam a fazer a história da Diocese de Aveiro, semestre a semestre de cada ano, desde há cinco anos.
Como não podia deixar de ser, IA apresenta um retrato das actividades relacionadas com o Ano Sacerdotal, das Vigararias e Serviços Diocesanos, numa linha de mostrar o que se faz em Igreja e na Igreja.
Ainda reflecte o que se publica ao nível eclesial na Diocese, presta homenagem ao Padre Valdemar Alves da Costa falecido no semestre e recorda em Memória de… quem faleceu, nomeadamente, Donzelina dos Santos, mãe do nosso Bispo, e os padres João Mónica e Valdemar Costa.
Em Pessoas Notáveis, IA distingue o sacerdote e catedrático da Universidade de Aveiro, falecido há anos, Filipe Rocha.
A Gafanha da Nazaré tem uma dívida de gratidão para com Luís Gomes de Carvalho, a quem se deve a abertura da Barra de Aveiro, em 3 de Abril de 1808. Veja aqui.
O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), António Guterres, revelou ontem no Parlamento Europeu o seu contentamento com a recondução no cargo, considerando "um privilégio extraordinário" poder continuar a exercer este trabalho por mais cinco anos. Ler mais aqui
NOTA: A admiração que nutro por António Guterres, como político e como homem de diálogo e solidário, que o seu partido, o PS, não quis nem soube aproveitar, leva-me a realçar o seu papel no âmbito das Nações Unidas. Penso, até, que é o homem certo no lugar certo. Daqui, deste meu modesto cantinho, felicito António Guterres e o seu esforço por dar rosto aos refugiados do mundo.
Democracia, sob o signo da desilusão?
António Marcelino
«Não conheço, nem há, por certo, regime democrático que tenha sido de implementação fácil e rápida. Não anda a esse ritmo a capacidade de mudança de mentalidades, interesses e atitudes, nem por ele se deixam conduzir grupos unidimensionais, de direita ou de esquerda. Tudo é difícil se se falar mais de direitos a exigir do que de deveres a cumprir. Não faltam escolhos para a democracia, se esta não for de fachada.»
As dietas só (quase) alimentam tristezas
Se quiser saber quem foram os primeiros médicos que montaram consultório na Gafanha da Nazaré, onde exerceram clínica toda a vida, clique aqui.
Aspecto da Rua Almeida Garrett
A minha rua
Moro na Rua Almeida Garrett. Já foi ou ainda é travessa Almeida Garrett. Também foi Almeida Garret e Almeida Garrett, ao mesmo tempo. Com erro só com um “t”. De qualquer modo, e apesar do erro que engana quem nunca ouviu falar ou escreveu correctamente o nome de um grande vulto das nossas letras, gosto dela, porque a vi nascer. É uma rua direita e tranquila. Todos os vizinhos são amigos e gente muito boa.
Quando eu era menino era um caminho de areia por onde circulavam os carros de vacas carregados de esterco ou de moliço a caminho das terras de cultura. No regresso vinham com erva, milho, feijões e batatas. As alfaias agrícolas ocupavam o seu espaço. E ainda havia lugar sentado para quem ia ou vinha dos campos. O gado estava tão treinado que até conhecia, sem qualquer indicação do condutor, os caminhos das terras e de casa.
O rodado dos carros tornava duro o caminho. Mas no inverno a água da chuva complicava a vida às pessoas e aos animais. Ao lado do caminho, do nascente, havia uma vala-mestra. Chama-se vala-mestra porque recebia águas pluviais de outras valas mais pequenas.
A vala-mestra encarregava-se de levar as águas para a ria. Nos invernos mais chuvosos a vala parecia um rio, tal a força da corrente. E nas marés-cheias, a vala transbordava e tudo ficava alagado. Cheguei a não poder sair de casa. Quando a maré descia, as coisas melhoravam e voltavam à normalidade. Por vezes ficavam enormes charcos que prejudicavam as culturas. O povo até dizia que as batatas plantadas tinham morrido afogadas.
Depois o caminho foi ensaibrado e somente após o 25 de Abril a rua viu o alcatrão, em data que não posso precisar. Mais tarde, na vala-mestra foram aplicadas manilhas e, ao contrário do que se podia esperar, não mais houve alagamentos significativos.
Com a história da minha rua, abreviada, como não podia deixar de ser, já me esquecia de falar de um dos grandes vultos das letras portuguesas, que viveu entre 1799 e 1854. Foi um escritor e homem público multifacetado: poeta, dramaturgo Par do Reino, ministro. Foi um romântico e o grande reformador do teatro português. Quem há por aí que não conheça Frei Luís de Sousa, Folhas Caídas e Viagens na Minha Terra? E quem de Ílhavo, e não só, desconhece, nesta última obra, o célebre debate que pôs frente a frente um ílhavo e um ribatejano, cada um apresentando-se como o mais valente? E não foi o ílhavo que levou a melhor, com a sua coragem frente ao mar, contra o ribatejano frente ao toiro?
Fernando Martins
“O melhor de Portugal não abre os noticiários, mas existe. Nas escolas, nas instituições de saúde, nas IPSS, onde há abnegações quotidianas e vontades que não esmorecem perante as dificuldades.”
Governo e PSD estão de acordo quanto à urgência e necessidade de trabalharem em conjunto para debelar a crise. «José Sócrates e Pedro Passos Coelho sublinharam hoje a intenção de “trabalhar em conjunto” para tentar debelar a crise económica e financeira. O primeiro-ministro e o líder do PSD prometeram cooperação e diálogo regular.»
Ainda bem. Aplausos para o diálogo regular. Leia mais aqui
A Grécia chegou à falência. A UE vai tentar salvá-la, com a ajuda de todos os países-membros. Portugal também faz contas para dar um empurrãozinho. Mas não falta quem já ande a pregar que a seguir vamos nós. Mesmo os mais optimistas, como eu, começam a ficar apreensivos. E se formos contagiados ou arrastados, como é que vamos aguentar o barco, que já navega quase há mil anos? Como é que vamos reagir a uma situação tão delicada? Será que os nossos políticos todos, de mãos dadas, terão capacidade e ciência para dar a volta por cima? Ou vão continuar, como têm andado há muito, com guerrinhas, talvez à procura do poder à custa do caos?
O jornal i faz uma análise para pensarmos muito nisto tudo.
A alegria não paga (ainda) imposto
As comemorações têm início na próxima sexta-feira, 30 de Abril, com o jogo de futebol entre autarcas e dirigentes associativos (17.30 horas), no Complexo Desportivo do Grupo Desportivo da Gafanha, e com o baile, graças ao apoio do Grupo Musical “Mega” (21.30 horas), na Senhora dos Campos.
No dia 1 de Maio, o destaque vai para o VII Torneio Quadrangular do Trabalhador – Futsal, com início às 9 horas, no Polidesportivo da Senhora. dos Campos, para o XIV Festival de Folclore da Primavera (16 horas) e para o VI Festival Karaoke da Senhora dos Campos (21 horas).
As festas, que decerto atrairão muita gente, trabalhadores e não só, vão ser de arromba, como manda a tradição. E como a alegria não paga (ainda) imposto, estou em crer que muitas mágoas ficarão esquecidas desta quadra.
A largada
Foram então as ânsias e os pinhais
Transformados em frágeis caravelas
Que partiam guiadas por sinais
Duma agulha inquieta como elas...
Foram então abraços repetidos
À Pátria-Mãe-Viúva que ficava
Na areia fria aos gritos e aos gemidos
Pela morte dos filhos que beijava.
Foram então as velas enfunadas
Por um sopro viril de reacção
Às palavras cansadas
Que se ouviam no cais dessa ilusão.
Foram então as horas no convés
Do grande sonho que mandava ser
Cada homem tão firme nos seus pés
Que a nau tremesse sem ninguém tremer.
Miguel Torga
A Biblioteca da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo está a precisar de bons livros para bons leitores. Se todos quisermos, a organização de uma biblioteca actualizada poderá ser possível. Vamos dar uma ajuda? Leia mais aqui.
O Centro Cultural de Ílhavo abre as suas portas pelo segundo ano consecutivo para celebrar a dança, assinalando o Dia Internacional da Dança.
Apoiado pelos vários grupos de dança do Município de Ílhavo, venha experimentar o sabor latino de um tango, aprender os truques do hip-hop, a elegância de um passo de ballet ou simplesmente assistir ao ensaio/actuação dos nossos ranchos. Como novidade, este ano apresentamos danças rítmicas.
Este ano contamos com mais de 300 participantes, o dobro que alcançámos no ano passado, numa aposta clara na valorização da criação artística local, nomeadamente na área da dança.
Entrada livre