de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Março , 2010, 23:50

 

 

 

Caminhos de conversão de há muito abertos

 

 

António Marcelino

 

Falava da Igreja conciliar, da igual dignidade de todos os baptizados, da hierarquia como serviço, da necessidade de acabar com coisas que se introduziram na Igreja, alheias ao seu espírito e missão. E exemplifiquei dizendo, então, que mais que conferir dignidades humanas, era preciso promover intensamente a dignidade radical e a igualdade de todos os filhos de Deus. Havia na assembleia monsenhores feitos de fresco, mesmo ali à minha frente. Eu não sabia. Uma gargalhada alargada e os rostos fechados dos novos dignitários. No fim, o bispo disse-me fraternalmente: “Sabe, eles gostam!...” No mesmo tom e sentido fui testemunha de outros casos iguais. Passados mais de quarenta anos de Concílio, eles ainda gostam e Roma entra no jogo…

Numa cultura moderna e pós-moderna não se pode mais falar de Deus, mostrar um rosto novo da Igreja, enfrentar o drama do divórcio entre a fé e a cultura, como se vivêssemos em tempos de cristandade, como se os hábitos tradicionais e rotineiros pudessem gerar cristãos vivos e activos ou dar mais zelo apostólico a quem veste honras de vermelho ou recebe condecorações pontifícias.

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Março , 2010, 13:51

 

 

Postal do Porto

 

Amigo

 

As primeiras chuvas de Outono recordam-me as viagens de bicicleta a caminho do velho Liceu de Aveiro… Tantas saudades.

Passaram-se os anos… À vida sucedeu o estudo…

Agora a Escola Antiga está a ser contestada… Surge a Escola Nova…

Praza a Deus que a reforma nos traga um clima de sossego e de trabalho onde, cada um, possa e queira estudar ou, melhor, preparar-se para a vida.

Não tenhamos ilusões. Por mais voltas que a roda dê, um jovem sentirá sempre o salto para as realidades da vida. A escola tem obrigações de lhe deixar o espírito aberto para essa adaptação.

Que os nossos estudantes saibam aproveitar tantas facilidades concedidas e continuem, como os outros, à procura de um mundo melhor!

 

Um abraço

 

Manuel

 

NOTA:  Este Postal do Porto, do meu amigo Manuel, que encontrei um dia destes nas buscas que gosto de fazer, foi publicado em Outubro de 1973 no Timoneiro.

Reparem como mantém a actualidade. O tempo passa, mas há princípios que perduram, como essenciais às nossas matrizes. Quando eles se perdem, haverá riscos de rupturas traiçoeiras…

 

FM

 

 

 

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Março , 2010, 12:24

 

 

Autores portugueses encontraram inspiração nos passos dolorosos da vida de Jesus. A sinfonia das suas palavras transporta-nos para o mistério da cruz

 

Na história da poesia portuguesa são muitos os autores que calcorreiam com o leitor os passos dolorosos da vida de Jesus. A sinfonia das suas palavras transporta-nos para o mistério da cruz. A inspiração de vários poetas mostra o olhar sofredor da Mãe que segura e chora o seu Filho:

 

 

«Vejo-te ainda, Mãe, de olhar parado,

Da Pedra e da tristeza, no teu canto,

Comigo ao colo, morto e nu, gelado

Embrulhado nas dobras do teu mando» (Torga, Miguel)

 

«Ó visão, visão triste e piedosa!

Fita-me assim calada, assim chorosa…

E deixa-me sonhar a vida inteira» (Quental, Antero de)

 

«Oh Virgem de Nazaré,

Oh Mãe de Jesus

Lírio aberto aos pés da cruz,

Cujas pétalas de luz

Vertem lágrimas de fé» (Conde de Monsaraz, [Papança, António Macedo])

 

«Junto da cruz, que estremecia ao vê-la

Chorou, baixinho, a Mater Dolorosa:

E a terra, em volta, soluçou com ela» (Oliveira, António Correia de)

 

Ler mais aqui


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Março , 2010, 09:30

 

Carlos Figueira

 

  

A Barra precisa de um Pavilhão Multiusos

para os jovens de todas as idades

 

 

A Associação dos Amigos da Praia da Barra (AAPB) nasceu para promover uma sala de visitas do concelho de Ílhavo. Integrada na Gafanha da Nazaré, desde que a freguesia foi criada há 100 anos, é hoje a paróquia da Sagrada Família. Tem um ex-líbris da região, o mais alto farol de Portugal, com os seus 66 metros de altura. Do seu varandim, os visitantes podem contemplar uma paisagem deslumbrante, com mar a perder de vista e um formigueiro de povoações até às serras que nos separam do interior do país.

 

 

Em 4 de Novembro de 1991 nasceu a AAPB. Foi seu fundador um ex-emigrante, de Vinhais, Bragança, Dubral José dos Santos, que se fixou na Praia da Barra, depois do regresso a Portugal. Já faleceu, mas o seu amor a este recanto da Gafanha da Nazaré perdura na memória de quem o conheceu. Animou-o o desejo de tornar mais conhecida a praia e procurar melhores condições de vida para as gentes que aqui residem todo o ano e para as que vêm em veraneio.

Sublinha-se que «nessa ingrata e interminável tarefa calcorreou quilómetros, despendeu horas incontáveis e, com sacrifício do seu património e bem-estar, foi parceiro de autarcas e cidadãos anónimos, fazendo ouvir a sua voz solidária nos mais variados centros de decisão», lê-se em brochura que conta, a traços rápidos, a história da instituição.

Carlos Figueira, o actual presidente da direcção, desde Agosto de 2008, é mais um entusiasta da AAPB. Natural da Oliveirinha, vive na Praia da Barra há 16 anos e acredita que uma instituição como esta é fundamental para lembrar, propor e reivindicar o que considera importante para a terra e para as pessoas.

 

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 31 Março , 2010, 08:05
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Há anos, olhando as salinas de qualquer ângulo, elas eram, de facto, as janelas do céu, com cabanas cobertas de colmo e cones de sal cristalino a embelezarem as nossas paisagens. No sábado, do comboio a correr para o Porto de Aveiro, em dia de inauguração, a objectiva do João Marçal captou esta imagem que reflecte desolação. Não será de ter pena?
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