de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Março , 2010, 20:00

 

O  afunilamento económico?

 

Por Alexandre Cruz 

 

1. O já famoso assunto do PEC (Plano de Estabilidade e Crescimento) interessa a todos. As acções propostas no programa e as reacções emitidas ao PEC mostram bem como à medida que passam os anos e as décadas, com os elementos surpreendentes da nova ordem económica, parece que esta rede truncada se vai fechando na questão económica. Não se duvida da importância de uma gestão rigorosa, justa, ética, sustentável, que garanta o futuro. Mas parecemos enredados num nó que teima em desatar: um apertar de cinto que não desaperta a ponto de, não se duvide, a questão da sobrevivência para uma multidão de gente ser mesmo a dura palavra de ordem.

 

  

2. Ao longo das últimas décadas foram-se procurando lançar visões inovadoras da economia e mesmo em vez de falar em «economia» procurou-se abrir esta noção à riqueza que a ideia de «desenvolvimento» contém. É certo que não se pode viver fora do mundo e a micro ou marco gestão obriga ao reforço de medidas que, por sua vez, reforçam os apertos antigos, aqueles que se vão arrastando de ano para ano. Uma bitola parece que se foi mantendo e que no nosso país continua a acentuar a desigualdade social: o facto dos pequenos passarem a ser mais pequenos, estando-lhes o cinto num aperto interminável. A par desta regra, também outra: a de que mesmo com todas as crises os pacotes de férias de Páscoa já parecerem a caminho de esgotar!

3. Estamos no Ano Europeu contra a Pobreza e a Exclusão Social. Estamos num ano depois do safanão da crise financeira mundial. Estamos na Europa da profunda crise económico-social grega. Vemo-nos gregos, e as lições da memória e do tempo tardam em ser transferidas para novas possibilidades em ter sabedoria capaz para tirar partido da crise para um desenvolvimento mais capaz. Como inventar e vencer a inércia? Como viver para além da economia, mas tendo a “casa” arrumada? É pouco só sobreviver; quanto mais se afunila mais estreito parece ser o caminho. Bem-vindo o retorno do comércio solidário? Troca por troca. Um retorno inovador!

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Março , 2010, 16:40

 

 

"A comunicação social

vive um período fascinante e perverso"

 

Dinis Manuel Alves é professor de Comunicação Social em Coimbra e Aveiro (no ISCIA) e responsável pela comunicação da APA (Administração do Porto de Aveiro). Parte do trabalho que desenvolveu para doutoramento em Comunicação Social, concluído em 2005, acaba de ser publicado com o título “A informação ao serviço da estação. Promoções, silêncios e desvirtuações na TV” (ed. Mar da Palavra) – um livro importante para entendermos o que os telejornais nos transmitem. Entrevista conduzida por Jorge Pires

 

 

 

CORREIO DO VOUGA - O título do seu livro é “A informação ao serviço da estação”. Em termos de princípios e ideais, não devia ser precisamente o contrário?

MANUEL DINIS ALVES - O antetítulo denuncia ao que venho: “Promoções, silêncios e desvirtuações na TV”. Refere-se ao facto de as estações utilizarem os telejornais para promoverem produtos da casa ou do grupo a que pertencem e desvirtuarem a informação. É uma denúncia ao que se passa no jornalismo televisivo.

 

Este livro é o resultado de uma longa investigação…

A tese foi defendida em Abril de 2005, na Universidade de Coimbra. Analisei o circuito de alimentação das notícias tendo por base os telejornais das generalistas SIC, RTP1 e TVI mais a RTP2. A tese chama-se “A Agenda, montra de outras agendas. Mimetismos e determinação da agenda noticiosa televisiva”. O que eu provo na tese é que, ao contrário do que o cidadão pensa, o que passa na informação da televisão é determinado por agendas prévias dos jornais e das rádios. A televisão domina a actualidade, mas na prática faz um jornalismo de animação daquilo que já foi dado antes.

 

Chega a conclusões a partir de observação “no terreno”.

Durante cinco semanas estive a observar as redacções. Passei uma semana em cada redacção dos quatro canais mais uma na RTP-Porto. Foi uma espécie de tropa. Eu entrava com o primeiro jornalista e saía com o último. Acompanhei todo o processo de produção e lancei um inquérito de cerca de uma centena de perguntas aos trezentos profissionais. Tinha ainda sete gravadores de vídeo em casa, que gravaram quatro mil e tal telejornais para analisar.

 

 

 


Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Março , 2010, 16:21
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Como manda a tradição
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Como manda a tradição, a multissecular Feira de Março abre amanhã as suas portas. Uma grande festa do povo e para o povo, assumida como tal há bastante tempo, faz jus à sua fama, atraindo imensa gente de todos os recantos da região e não só. Haverá, como de costume, um pouco de tudo para todos os gostos. Tenciono passar por lá, nem que seja apenas para comer uma fartura. Ou duas. Mais acho que não, que a saúde não mo permite. Boa festa para todos.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Março , 2010, 16:03

No próximo domingo, 28 de Março, pelas 18 horas, vai dar-se início às celebrações do Centenário da Freguesia da Gafanha da Nazaré. Do programa consta:

 

18 horas - Hastear das bandeiras na Junta de Freguesia, com a presença da Filarmónica Gafanhense;

 

18.15 horas - Reunião da Câmara, evocativa, no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré;

 

19 horas - Romagem ao Cemitério para colocação de coroa de flores no túmulo do Prior Sardo.

 

Permitam-me que chame a atenção de todos os gafanhões para esta cerimónia. De facto, há eventos que merecem, de maneira especial, a  contribuição dos gafanhões. Os nossos antepassados, pelo que nos legaram, ficariam satisfeitos se lhes mostrássemos  empenhamento em favor da terra. Por isso, acredito que muitos de nós marcaremos presença nesta abertura das comemorações do Centenário da Freguesia.

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 24 Março , 2010, 11:47

 

 

Gatos, cães e pessoas na crónica do humorista

 

Por António Marcelino

 

“É um povo que nutre mais respeito pelos animais que pelos humanos, como aquelas pessoas que alimentam os gatos vadios, mas enxotam os sem-abrigo”. Assim, na crónica do humorista José Diogo Quintela (“Pública”, 07-03-2010).

Dir-se-á que o humorista está a falar dos Na´vi, esse povo especial do filme “Avatar”. Mas os humoristas não são inocentes no que dizem e escrevem, mesmo que tenham que dar algumas voltas na conversa. São como os contemplativos, que vêem para além do que vista alcança.

“A rir se castigam os costumes”, já diziam os antigos romanos.

É verdade que cães ou gatos, excluídos sociais ou apenas pobres do dia-a-dia, não ocupam o mesmo lugar na lista das prioridades de alguma “gente de bem”.

Os animais, quaisquer que sejam, merecem respeito, mas não são sujeito de direitos no mesmo sentido das pessoas. Devem tratar-se bem, mas não passam de animais, mesmo se parecem dotados de inteligência e de sentimentos e a pedir meças a muitas pessoas.

Tudo isto pode trazer ao de cima o problema da pobreza que por aí reina. Teoricamente, ela poderia ser debelada por completo se no mundo não houvesse pessoas. Muitos animais são mais solidários que muitas pessoas.

Por isso mesmo, sempre haverá quem enxote os sem abrigo e alimente os gatos e os cães vadios…

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