Ainda há alunos para o quadro de valor e excelência
por Maria Donzília Almeida
Contrariando os arautos da desgraça que apenas apregoam aos quatro ventos, a miséria que se passa nas escolas portuguesas, venho, com certa audácia, manifestar a minha dissidência quanto ao assunto.
Estamos a ser bombardeados todos os dias, pelos mass media, com notícias da agressividade e violência de que são palco esses locais. É do carácter sensacionalista e invulgar que se reveste a notícia, para ter impacto nas pessoas e alimentar o espírito mórbido de muitos. Se viessem a lume os episódios de solidariedade, entreajuda, de altruísmo e abnegação de que são imbuídos muitos alunos e professores; se fossem publicitadas as actividades pedagógicas tão construtivas que ocorrem no espaço escolar e envolvem o esforço de tanta gente; se... se... talvez não fosse preenchido todo o tempo de antena dos telejornais, apenas com essas desgraças. O leitor/espectador vai ficando assim, com uma visão truncada da realidade.
Sem pretender escamotear o que de grave está a passar-se na sociedade portuguesa, gostaria apenas de chamar a atenção para o que de bom ainda existe no ser humano, inclusive na malta jovem.
Vem isto a propósito de uma aula de substituição, num sétimo ano, em que estava a faltar a professora de Português. Esta encontrava-se doente e... posso garantir, a viva voz, que não era por qualquer motivo atinente à escola.