Inauguração a 20 de Março
É inaugurada no próximo dia 20 de Março, no Centro Cultural de Ílhavo, uma exposição de fotografia do consagrado fotojornalista português Eduardo Gajeiro
Nascido em 1935, cedo começou a trabalhar na Fábrica de Loiça de Sacavém e mais tarde, como fotógrafo da revista regional Vida Ribatejana, com 22 anos, vai para o Diário Ilustrado, entrando no laboratório de fotografia, passando pouco tempo depois para fotojornalista.
Em 2005 conquistou o 1º. Prémio no maior concurso de fotografia do mundo (11.ª Exp. Internacional de Fotografia Artística da China) que teve a participação de 3500 concorrentes, com uma fotografia a p/b retratando homens a trabalhar na rua, tendo como fundo as chaminés do Barreiro. São também de sua autoria as principais fotografias da Revolução do 25 de Abril.
Foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República Jorge Sampaio, tendo sido fotógrafo da Assembleia da República e da Presidência da República
Tem publicado vários livros, com destaque para: “Esta estranha Lisboa”, “Gente” e “Mulher”, livro editado em 1976 e que retrata a figura da mulher nos bairros da lata, na vida social de Portugal antes do 25 de Abril de 1974, as mulheres da Guiné, nos jogos Olímpicos de Munique nas peregrinações a Fátima, nos festivais de Jazz, as emigrantes, terminando com uma espectacular fotografia do 1º. de Maio de 1974.
Para muitos fotógrafos nascidos no século passado Eduardo Gajeiro é uma referência não só como homem, mas como fotojornalista, com as suas imagens sempre carregadas de simbolismos, de mensagens e para muitos jornalistas era um privilégio fazer reportagens com ele, já que os artigos saíam muito mais “beneficiados” com as suas imagens, "que valiam mais do que mil palavras”.
Hoje, na era do digital, Eduardo Gajeiro diz: Continuo a gostar muito do cheiro do laboratório!
Texto enviado pelo Carlos Duarte