de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 25 Fevereiro , 2010, 20:27

 

Mais próximos que nunca, mas

por Alexandre Cruz

 
1. É impressionante a velocidade a que crescem as formas de comunicar. Os instrumentos e os formatos da comunicação brotam como cogumelos. Quem hoje tem dez anos nunca imaginou que um dia a televisão foi a preto e branco, ou que muitos séculos vivemos sem os telemóveis. A superabundância de instrumentos seduz a habilidade de os manusear. A competição entre as novas gerações não são tanto sobre quem sabe de “saber” mas de quem sabe “mexer”. A habilidade de manuseamento tecnológico está tornada a nova “ciência”, ficando propriamente o conteúdo mais para trás. Está patente aos olhos de todos, até pelos piores motivos de tragédias naturais ou humanitárias, que pode faltar tudo o resto menos a informação multi-proveniente, esta cada vez faltará menos (há sempre um telemóvel a gravar), será abundante, cabendo ao “leitor” organizá-la.

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 25 Fevereiro , 2010, 18:45

 

 

 

 

Carlos Teixeira

Alunos da US
 
No âmbito da disciplina Fotografia/Comunicação a decorrer na Universidade Sénior, esteve presente, no passado dia 25, o Jornalista Carlos Teixeira.
Editor de notícias e coordenador desportivo e de reportagem na Rádio Terra Nova há já 23 anos, Carlos Teixeira é licenciado no ISCIA em Comunicação, tendo frequentado o curso de Relações e Cooperação Internacional na Universidade Fernando Pessoa.
O orador, que foi apresentado por Carlos Duarte, descreveu a profissão de jornalista no panorama da realidade nacional, afirmando ser a profissão o reflexo da nossa sociedade e sabendo-se da grande influência dos média na população, maior se torna a responsabilidade de todos os profissionais em tudo o que se transmite, seja por via escrita, de imagem ou de som.
Se todos, na profissão, seguissem as principais regras do jornalismo, os erros que por vezes se cometem seriam menores, mas também as noticias poderiam não ter a relevância que mereciam ter ou não ter.
As novas tecnologias, com os avanços ligados à informática, a Internet e dos painéis electrónicos, bem como uma nova fonte de informação, que são os telemóveis, hoje já um dos principais veículos de notícias em primeira mão por tudo o mundo, desde o envio de imagens de catástrofes, guerras, etc., estão a transformar por completo o panorama da Comunicação Social, onde a notícia é cada vez mais dinâmica sem qualquer possibilidade de filtragem, levando muitas vezes o leitor a duvidar da veracidade da mesma, quando ela se torna diferente em vários órgãos da comunicação social.
Às questões levantadas pelos presentes, Carlos Teixeira tentou esclarecer na óptica do jornalista, mas também do cidadão interveniente na comunidade.
 
Fonte: Convida Saberes, da US
 

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 25 Fevereiro , 2010, 17:57
O funeral do dissidente cubano Orlando Zapata, que morreu após 85 dias em greve de fome, será realizado hoje na localidade de Banes, na parte oriental de Cuba, sob fortes medidas de segurança. Pelo menos 30 opositores do regime foram detidos antes da cerimónia. Cuba será mesmo, como muitos dizem, um modelo de sociedade justa?
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 25 Fevereiro , 2010, 17:51

Mudar modelos de reforma a meio é como alterar regras de um jogo de ténis a meio do set. Só é possível discutir com seriedade a segurança social dizendo que isso é só para quem entrar agora no jogo.

 

No Editorial do i, o director aborda a questão da alteração das regras da reforma


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 25 Fevereiro , 2010, 17:40

Pepitas de ouro, que o são de esperança

por António Marcelino

 
Restaurantes de Santa Maria da Feira organizaram-se para darem diariamente uma refeição a famílias em dificuldade. Onde comem cinquenta, também comem mais dois ou três, e ninguém vai à falência por ajudar o próximo.
Milhares de jovens de toda a Europa, e mesmo de outros continentes, vieram ao Porto neste Carnaval, para, em clima de Taizé, rezarem, reflectirem, conviverem, aprenderem ou exercitarem o valor do silêncio que é gerador de paz. Centenas de famílias receberam-nos gratuitamente nas suas casas, como se de filhos se tratasse.
Comunidades, paroquiais e dioceses, continuam a fazer seus, na medida do possível, os grandes problemas do Haiti. Organizaram-se para uma partilha significativa que alivie a gente do país, nas suas dificuldades, a sentir o calor da solidariedade fraterna.
Cada dia os meios de comunicação social nos narram desgraças. Também lá vêm estas e outras pepitas de ouro que muitas vezes passam despercebidas.
Dizia-se há dias que não seria possível esta onda de solidariedade se não fossem os meios de informação globalizados que aproximam de nós as dores e as alegrias. É verdade. Mas o coração só se cola a estas notícias, quando já está sensível aos outros. Muita gente leu, viu e ouviu e ficou-se… Outros interiorizaram a notícia, deram o seu contributo, grande ou pequeno, entenderam o apelo como grito de fraternidade. Só esta move o coração aos desconhecidos, num mundo onde tudo se passa próximo de nós.
A Quaresma também é tempo de partilhar e de fazer bem. Os distraídos que acordem. É sempre tempo. Não falta quem precise da partilha generosa dos que têm pouco e de clamar o seu direito sobre o que sobra aos quem têm muito.
 

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 25 Fevereiro , 2010, 16:23

 

Ave-maria

 

Nas nossas ruas, ao anoitecer,

Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
 
O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.
 
Batem carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!
 
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.
 
Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.
 
E evoco, então, as crónicas navais:
Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
Singram soberbas naus que eu não verei jamais!
 
E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!
De um couraçado inglês vogam os escaleres;
E em terra num tinir de louças e talheres
Flamejam, ao jantar alguns hotéis da moda.
 
Num trem de praça arengam dois dentistas;
Um trôpego arlequim braceja numas andas;
Os querubins do lar flutuam nas varandas;
Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!
 
Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.
 
Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.
 
Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera os focos de infecção!
 
 
Cesário Verde
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