«O problema da informação é que não tem o mesmo valor simultaneamente para toda a gente, o que explica muitas vezes que se tomem decisões erradas.»
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Desabrochar…
Por Maria Donzília Almeida
HAITI. Onde estava Deus? (1)
Por Anselmo Borges
Não há palavras suficientes e sobretudo suficientemente fortes para descrever a tragédia do Haiti: mais de duzentos mil mortos, mais de um milhão de desalojados, fome, pilhagens, órfãos sem conta, rapto de crianças, o desabar de um resto de Estado, o buraco negro e roto do futuro... O horror pura e simplesmente!
E muitos, alto ou lá no íntimo, gritaram: Onde estava Deus, onde está Deus no Haiti? A pergunta constantemente repetida ao longo da História: Onde estava Deus no Gólgota?, onde estava Deus no terramoto de Lisboa, no tsunami da Indonésia?, onde estava Deus em Auschwitz?...
Este clamor acompanha a história da filosofia, desde que Epicuro por volta do ano 300 a. C. e, depois, Pierre Bayle, no iluminismo, atenazaram o pensamento neste domínio. Deus deve ser omnipotente e infinitamente bom. Assim, como explicar o mal? Ou Deus pôde evitá-lo e não quis: então, não é infinitamente bom. Ou quis, mas não pôde: então, não é omnipotente. Ou não pôde nem quis: então, não é Deus. Ou pôde e quis: então, porquê o mal?
Sempre Pela Positiva, aqui estou agora numa ampla avenida portuguesa à procura de novos horizontes. Desejo que a viagem seja longa e frutuosa, tanto para mim como para os meus leitores, amigos e visitantes. Haverá obstáculos, mas com boa vontade e optimismo tudo se resolverá.
Um abraço amigo para todos
Fernando Martins