de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sábado, 16 Janeiro , 2010, 20:13
Para não esquecer, ver aqui

Editado por Fernando Martins | Sábado, 16 Janeiro , 2010, 20:05



Exposição pode ser visitada até 26 de Fevereiro

O período da Exposição “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1832)” foi prolongado até 26 de Fevereiro, pelo que não encerra amanhã, dia 12 de Janeiro, como tínhamos anteriormente anunciado.

Inserida nas comemorações do bicentenário do nascimento de José Estêvão, inaugurou-se no passado dia 19 de Dezembro, a exposição intitulada “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1862”).
A mostra “José Estêvão: Revolução e Liberdade (1809-1862)” está patente até ao dia 26 de Fevereiro, na galeria do antigo edifício da Capitania de Aveiro, de terça a sexta-feira das 10.00 às 12.00 horas e das 14.00 às 17.30 horas. Tem entrada livre.

Ler mais aqui


 

Editado por Fernando Martins | Sábado, 16 Janeiro , 2010, 16:04
Há mais telemóveis que pessoas...


Usamo-los para tudo, usamo-los por tudo e por nada. Quando estamos à espera, quando estamos perdidos, quando estamos aborrecidos ou quando estamos contentes e queremos partilhar boas novidades. São despertadores e agendas. Leitores de música e computadores pessoais. Falamos com família e amigos, pagamos contas e vemos e-mails. Muito do nosso mundinho anda ali, concentrado naquele "aparelhómetro" mais pequeno que a palma da mão.

Os telemóveis chegaram há coisa de 17 anos e hoje questionamo-nos como era a vida sem eles. Gustavo Cardoso, sociólogo, chama-lhe "o ajudante privado nas tarefas do dia-a-dia" e, num estudo recente do Observatório de Comunicação (OberCom), concluiu que os jovens (principalmente as raparigas) destacam os telemóveis como o objecto sem o qual não conseguiriam viver, à frente da televisão e da Internet. Mas serão os únicos?

Ana Brito



Editado por Fernando Martins | Sábado, 16 Janeiro , 2010, 15:59
As "vozes do derrotismo" são hoje,
infelizmente, a "voz da realidade"


(...)
Nem a Assembleia, nem o Presidente se perguntam por que razão Portugal recaiu no velho vício do endividamento externo e interno, que lentamente corrompeu a Monarquia Liberal e liquidou à nascença a I República. E se por milagre se perguntassem, não sabiam responder. Discutir o Orçamento - e, pior ainda, segundo consta, um plano a longo prazo para "solidificar" as finanças públicas - sem uma palavra sobre a administração central e local, sobre a corrupção, sobre a justiça e, principalmente, sobre a eficácia e papel do Estado Providência, é um absurdo. As "vozes do derrotismo" são hoje, infelizmente, a "voz da realidade". Cassandra, afinal, não se enganou.

Vasco Pulido Valente

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Editado por Fernando Martins | Sábado, 16 Janeiro , 2010, 12:42
Um dia,  Alexandre Herculano, homem de rara integridade e sabedoria, afirmou: «Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais.» 


Alexandre Herculano

Talvez por isso, "fugiu" de Lisboa e refugiou-se em Vale dos Lobos, onde se dedicou à agricultura, especialmente à produção de azeite. Longe dos homens, olhou mais para a natureza, dando um lugar especial aos animais. Daí o pensamento que hoje transcrevo.



As nossas gatinhas

Vem isto a propósito dos meus animais, que minha esposa cuida como se de filhos se tratasse.  Aqui, na minha tebaida mais pequena, onde o silêncio é total , tenho a companhia das nossas  gatinhas, Gutti e Biju,  muito amigas de todos. Aconchegadas e quentinhas,  no ninho comum, aqui estão a saborear uma paz que me contagia, neste sábado de chuva e sem sol.
Bom sábado para todos.

Fernando Martins
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Editado por Fernando Martins | Sábado, 16 Janeiro , 2010, 12:10

Cassandra

Jonas e Cassandra

1. O livro de Jonas, na Bíblia, enquadra-se no chamado género literário midráshico, portanto, sem pretensão de narrar acontecimentos históricos, mas com intenção didáctica. No caso, essa intenção é a superação do particularismo da salvação e a proclamação do amor e misericórdia universal de Deus. Ficou no imaginário popular e artístico sobretudo por causa dos três dias e três noites que Jonas passou no ventre de um peixe.

Jonas começou por não querer cumprir a ordem de Deus, que o enviou a Nínive: "Levanta-te, vai a Nínive, a grande cidade, e anuncia-lhe que a sua maldade subiu até à minha presença". Mas, depois de o peixe o ter vomitado em terra firme, Jonas foi, entrou na cidade e andou um dia inteiro a apregoar: "Dentro de quarenta dias Nínive será destruída". Ora, diz a Bíblia, "os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor. A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza". E publicou um decreto para que "cada um se convertesse do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos".
Então, "Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez". Aí, Jonas sentiu-se atraiçoado, pois a sua profecia não se cumpria. Andara a fazer o quê? "Ficou profundamente aborrecido com isto e, muito irritado, pediu ao Senhor: 'Peço-te que me mates, porque é melhor para mim a morte que a vida'".

Anselmo Borges




2. Cassandra, a bela filha de Príamo, rei de Tróia, recusou os amores de Apolo, que, por isso, lhe impôs um castigo terrível: mesmo sabendo e proclamando a verdade, ninguém acreditaria nela. Assim - profetisa inútil -, foi em vão que previu a desgraça que ia cair sobre a sua cidade bem como as suas próprias amargas desventuras. Assistiu impotente à guerra e à ruína de Tróia e, conhecendo a sua própria desgraça, nada pôde fazer para evitá-la: acabou por ser violada por um guerreiro brutal, Ájax, foi entregue como escrava ao chefe inimigo, Agamémnon, e morta pela vingança de Clitemnestra. O seu destino foi patético e trágico.
O famoso filósofo Ernst Bloch juntou as duas figuras, para mostrar como a Bíblia se encontra sob o desígnio da liberdade - a profecia de Jonas não se cumpriu, porque é sempre possível arrepiar caminho e mudar -, enquanto o universo grego clássico é comandado pela fatalidade do destino.
3. No início de um novo ano, passadas as festas natalícias, reencontramo-nos com os problemas que entretanto tinham ficado esquecidos ou, pelo menos aparentemente, estavam em suspenso.
Assim, no quadro dos resultados das últimas eleições, há quem tema a instabilidade e mesmo a ingovernabilidade do país. Está aí, ameaçador, o défice das contas públicas. A dívida externa, ouço de quem sabe, pode tornar-se incomportável. E lembram a Grécia.
Há declarações temíveis de especialistas insuspeitos: a Justiça estava melhor no tempo do anterior regime. Ora, quando a Justiça não é eficaz nem célere, é de temer o pior. É insuportável o clima de desconfiança e suspeição reinante. Há corrupção, activa e passiva, e o sentimento de uma democracia triste e impotente.
Causa justa satisfação reconhecer nichos de excelência no domínio da investigação e do ensino. Mas quem, responsavelmente, se atreverá a dizer que é globalmente boa a situação da educação?
Os números do desemprego sobem assustadoramente, e ninguém sabe quando começarão a cair. O abismo entre os muito ricos e os muito pobres é intolerável, e é arrepiante saber que há milhares de idosos a passar abandono e fome e à espera de um lugar num lar do Estado. É por simples alarmismo que se deve advertir para o perigo de um tsunami social?
4. Seria trágico, se, quando do que precisamos é de ânimo e confiança, acabasse por ser Cassandra a impor-se, por falta de lucidez e coragem para arrepiar caminho e abrir um futuro novo.

Anselmo Borges

In DN



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