de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Dezembro , 2009, 21:00


Cardeal-Patriarca escreve aos católicos de Lisboa a respeito da aprovação do Projecto de Lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo

O Cardeal-Patriarca de Lisboa,   D. José Policarpo, negou qualquer “pacto” com o Primeiro-Ministro a respeito do Projecto de Lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo apresentado pelo Governo.

Numa carta enviada aos católicos de Lisboa, assegura-se que “nem o Senhor Primeiro-Ministro sugeriu nenhum «pacto» nem o Patriarca de Lisboa podia assumir qualquer compromisso que significasse, ainda que indirectamente, o condicionamento da liberdade da Igreja”.
A missiva, enviada à Agência ECCLESIA, desmente o "pacto" noticiado por "um jornal diário da capital" que, segundo o Cardeal, deixava entender “uma certa condescendência da Igreja com o referido Projecto-Lei”.
D. José Policarpo deixa claro que “a Hierarquia da Igreja mantém, assim, toda a liberdade de anunciar a sua doutrina acerca desta questão e fá-lo-á quando achar oportuno e pelos meios consentâneos com a sua missão”.

“A Igreja reconhece a legitimidade legislativa do Estado, mas não deixará de interpelar a consciência dos decisores e de elucidar a consciência dos cristãos sobre a maneira de se comportarem acerca de leis que ferem gravemente a compreensão cristã do homem e da sociedade”, acrescenta.
O Cardeal-Patriarca assegura ainda que “a Hierarquia da Igreja não quer imiscuir-se na esfera política e na área de competência do Estado e dos seus Órgãos de Soberania”.
Nesse sentido, manifesta-se a disponibilidade da Igreja para “o diálogo com pessoas e instituições”, excluindo que a Hierarquia venha a assumir “formas públicas de pressão política que os cristãos, no exercício dos seus direitos de cidadania, são livres de promover ou de nelas participar”.

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Dezembro , 2009, 20:43

José Régio


Nas Encruzilhadas Regianas


José Régio, de seu verdadeiro nome José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde, no longínquo ano de 1901. Passados 24 anos, em 1925 escreveu um livro que assinala a sua revelação como poeta, perante o público e a crítica: "Poemas de Deus e do Diabo".


O seu berço foi o norte de Portugal, mas a cidade de Portalegre e o liceu Mouzinho de Albuquerque acolheram-no de braços abertos. Naquela localidade junto à Serra de S. Mamede se fixou (durante 30 anos) o poeta que, juntamente com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca fundou a Revista "Presença". A sua actividade literária ao nível da poesia não se resume somente à obra citada nas linhas anteriores. Publicou também "As Encruzilhadas de Deus" (1936); "Fado" (1941); "Mas Deus é Grande" (1945); "Filho do Homem" (1961) ou "Cântico Suspenso" (1968). Pode dizer-se, com toda a certeza, que atingiu a sua consagração entre os principais poetas portugueses contemporâneos. Mas o "sangue literário" não parou de correr nas veias de José Régio e este revela-se também noutras áreas como romancista, novelista, ensaísta e dramaturgo, assinando obras de relevo como "Jogo da Cabra Cega" (1934); "A Velha Casa" (com cinco volumes escritos de 1945 a 1966); "Benilde ou a Virgem Mãe" (escrito em 1947 e adaptado mais tarde ao cinema por Manoel de Oliveira) ou "Salvação do Mundo" (1955). A terra que o viu nascer despediu-se dele a 22 de Dezembro de 1969. A sua importância ao nível da literatura foi tanta, que as casas onde nasceu e viveu são hoje museus com o seu nome.


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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Dezembro , 2009, 19:53
Natal 2009




O MENINO JESUS
DAS PRENDINHAS VEM A CAMINHO!


Quem se aventura a viajar nesta quadra de mau tempo, mas de bons augúrios, depara com esta cena, n vezes repetida: uma mancha rubra na paisagem, com umas pinceladas de branco, sob a forma tosca de um pai natal. Empoleirado nos telhados, em pose de malabarista de circo, aí está a figura a que os Portugueses deram a representação do Natal.
Uma festa que para muitos se circunscreve à troca de prendas, vê-se o afã em as concretizar, que mascarou os afectos de bens materiais perecíveis, precisava deste símbolo para lhes dar sustentabilidade.
Reportando-me aos meus tempos de infância, lembro com saudade e ternura a figura responsável pelas prendas que nos caiam no sapatinho. Na véspera do Natal, no dia de ceia em que a família se reunia para celebrar o nascimento do Menino, era tarefa obrigatória dos mais novos, colocarem o seu sapatinho no borralho, para que durante a noite, o Menino Jesus descesse a chaminé e lá depositasse as sua prendinhas.


Com a evolução dos tempos e a melhoria das condições económicas das famílias, o borralho desapareceu das cozinhas modernas, dando lugar a um espaço inóspito para o Menino Jesus descer. Seria um tanto ou quanto perigoso, aterrar dentro das panelas que ocasionalmente pudessem estar ao lume, sobre o fogão. É certo que ficaram as lareiras, em algo semelhantes aos seus antecessores, mas ficaram aprisionadas pelos recuperadores de calor, que lhes tiraram o encanto e o amplo espaço circundante, onde se colocavam os sapatinhos. Enfim. O Menino Jesus viu dificultada a sua missão! O Pai Natal que aguardava enregelado, no telhado, a hora propícia para se imiscuir na intimidade das famílias, assumiu a honrosa tarefa de distribuir as prendas.
Mas como na vida nada é estático, tudo obedece às leis da dinâmica, assim também os costumes vão evoluindo, quando não se movimentam de forma cíclica. O descontentamento de alguns sectores da sociedade, nomeadamente dos cristãos, deu lugar a um revivalismo da tradição antiga e.......o Menino Jesus aí está representado nos estandartes que começaram a ser colocados nas varandas das habitações. E se era difícil empoleirar a figura tridimensional do Pai Natal, nos andares e prédios de habitação, vai ser um miminho colocar o estandarte do Menino Jesus em qualquer varanda, em qualquer janela.
Daqui a pouco vai ser comum, nos nossos passeios pelo país, vermos o verdadeiro símbolo do Natal e quem sabe se as criancinhas não voltarão a acreditar no Menino Jesus, como o portador das suas prendinhas!

Maria Donzília Almeida

24.12.09

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Dezembro , 2009, 17:46

Miguel Veiga apresenta o livro de Valdemar Aveiro


Valdemar Aveiro escreve
sem muletas de ninguém

“80 Graus Norte – Recordações da Pesca do Bacalhau”, um livro de Valdemar Aveiro, viu a luz do dia, em 3.ª edição, no passado sábado, 19 de Dezembro. Apresenta-se em formato clássico, grafismo cuidado e com ilustrações expressivas.
Miguel Veiga, advogado e político nortenho, que “também escreve umas coisas” sublinhou na apresentação da obra que o seu amigo escreve “musicalmente”, tocando as “cordas da sua lira” e usando uma técnica “sem parangonas nem chavões”. Faz-se acompanhar de “notáveis qualidades, amáveis e aprazíveis”, sem esconder a “lhaneza e a coloquialidade, a simplicidade e a simpatia”.
Citando o Padre António Vieira, disse que “não há coisa mais escrupulosa no mundo que papel e uma pena”, acrescentando que “dois dedos com uma pena é o ofício mais arriscado que tem o género humano”.
O advogado e político do Norte, pessoa também muito dada à cultura, às artes e à escrita, afirmou que gosta das histórias de Valdemar Aveiro, “naquilo que representam de um género coloquial e eficaz e, sobretudo, intenso e fluido, espesso e rápido, quase falado, do vastíssimo universo das narrativas”. E refere ainda que o Capitão Valdemar, “lobo e trovador do mar”, escreve “pelo seu pé e sem muletas de ninguém”.
“80 Graus Norte – Recordações da Pesca do Bacalhau” veio substituir, nesta edição, o primeiro título do livro – “Figuras e Factos do Passado”. Segundo o autor, o antigo título não se “ajustava aos temas abordados”, enquanto o actual “é uma referência geográfica à latitude mais elevada que os portugueses atingiram em busca do bacalhau”. Foi na década de 30 do século passado que quatro capitães ilhavenses, em três navios da frota aveirense e um de Viana do Castelo, se aventuraram nos mares gelados da Groenlândia. Eram tempos de navegação à vela e de iluminação a petróleo.

FM



Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Dezembro , 2009, 17:44



Nós e as redes sociais

1. Aquele caso da mãe que, passado cinco horas, veio anunciar ao Facebook o falecimento de seu filho, ajuda, com toda a verdade, a compreender os alcances do novo mundo digital. As redes sociais estão aí, todos os dias, a gerar o que de bom e de menos bom a humanidade tem. Com todo o realismo, não se pode querer o sol na eira e a chuva no nabal quando efectivamente estes meios de comunicação são reflexo da verdade diária do que acontece a cada momento. Talvez esta nova ordem da comunicação seja a maior revolução de todas em toda a história humana. O “tempo real” pode ser acompanhado como nunca por todos; para o “ar” do espaço público mundial pode vir tudo o que alguém quiser que apareça. Existam critérios, bom senso, pressupostos dignos e humanos naquilo que se põe no ar.



2. A certa altura pode-se dizer que nestas coisas das redes sociais, é um facto, tudo o que vem à rede é peixe! Isto é, o que aparece existe. Temos dificuldade em perceber se estamos preparados para o que der e vier, quando se sabe que, certamente, os registos em directo das graças ou das desgraças virão à luz do dia e estarão disponíveis continuamente na sociedade global. Quem não se lembra daquele caso da turma a desrespeitar a professora com gravação de aluno ao telemóvel e rapidamente disponibilizada na internet; quem não se lembra de… A verdade mais certa é a de que todos os mil e um instrumentos da comunicação não têm qualquer culpa do conteúdo que neles circula. Repense o utilizador!

3. Até quando esta viagem fantástica mas perigosa chegará? A partir de que momento estaremos no ponto de saturação? Como a aproximação global das virtudes mas das também diferenças vai conseguir fazer prevalecer a existência comum? Estará o mundo culturalmente preparado para a nova consciência global que cresce cada dia? Semear para colher, é o lema que dá razões à esperança no futuro. A mensagem «Feliz Natal» é a que enche o mundo virtual nestes dias. Seja cada dia!


Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Dezembro , 2009, 11:29
NATAL- 2009





FIGURAS DO MEU PRESÉPIO

E a estrela,
que tinham visto no Oriente,
 ia adiante deles, até que,
chegando ao lugar
onde estava o Menino,
parou.


Mt. 2, 9


E, de repente.... é urgente armar o meu Presépio.
As figuras centrais já esperam os novos figurantes que este Natal abundam e difícil me é fazer a escolha.
Todavia não os posso sentar: habituados ao balanço do mar não se quedariam sossegados e a agitação instalar-se-ia. Fiquem, pois, adonde lhes der mais jeito, certamente a mirar a Estrela.
Qual cardume de bacalhaus que enche, arredonda e levanta o saco, eis os pescadores do meu Canto pressurosos e excitados...Saul, Mário, João André, Manuel Joaquim, ... e quantos, quantos mais! Por todos, ali fica o ti Artur Calção!
Mas já o Armando Grilo, contra-mestre, acende o cigarrito e senta-se – longe de imaginar que o seu SANTO ANDRÉ lhe ficaria tão a jeito...
E capitães? O que aí vai!... Ao capitão Ferreira da Silva não me levarão a mal se juntar os dois irmãos, o João e o José Maria Vilarinho.
... Que também poderiam, com igual mérito, ocupar o cadeirão dos armadores; contudo, com respeito e admiração, aqui a primazia – que a todos alegrará – será dada ao nosso Prior Sardo que, nos primórdios, foi empreendedor e arriscou pela sua Terra.
Claro que dos construtores navais o mestre Manuel Maria assume o risco e a manobra.
Pesca abundante, entrada triunfante, descarga rápida e as tinas enchem-se de bacalhau; logo as mesas aquecidas pelo sol, estendal preparado... Corre, corre... E uma voz se impõe na anarquia aparente, é a mandanta. Na seca do Egas é a ti Júlia [da Rocha (Carlota)]... Mas no Cunha, nos Ribaus, no Pascoal, ...podíamos encontrar outras mandantas sempre ouvidas e respeitadas.
Mais perto de nós surgem os armazenistas; ficará ali muito bem o “Menino” que tão cedo nos deixou.
Espaço apertado, mas ainda bonda para um apreciador e um capelão.
Hoje, na Confraria Gastronómica do Bacalhau, o apreciá-lo é devoção; para nós era uma necessidade, para matar a fome. E, em tardes de ocupação, a apetecida merendinha do ti João Lé, então de férias da sua Venezuela, virava 'festival' onde apareciam as lascas do dito cru, bem regadas com o azeite do irmão, um regalo para a boca e um aconchego imperdível.
E a todos abençoaria, como se à roda do leme, o Padre Artur, capelão do GIL EANES, com o seu sorriso aberto e os braços levantados qual mastro que sustém a Estrela!
Armado o Presépio, lava-se e arruma-se o convés e vamos para a mesa que já chama por nós o “Bacalhau da D. Julinha dos Anjinhos”.

Santo Natal!

Manuel

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 22 Dezembro , 2009, 00:27
Participantes lamentaram que a Igreja
se veja privada de «quadros altamente qualificados»





Bispo de Viseu recebeu padres
que pediram dispensa

O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, teve um encontro com os sacerdotes que pediram dispensa do exercício de ordens sacras. Desde que assumiu a diocese (23 de Julho de 2006), o prelado desta diocese desejava realizar este encontro porque “eles tiveram, – tal como eu – em determinado momento o desejo de servir a igreja com alegria e dedicação”. Com o andar do “tempo sentiram – por muitas razões – que não era este o seu caminho” – disse à ECCLESIA o bispo de Viseu.
A resposta á questão «como se sentem?» era um dos anseios de D. Ilídio Leandro. Neste Ano Sacerdotal “não podia deixar de estar com eles”. E adianta: “Alguns vão à Sé no dia em que foram ordenados” para celebrar aquela data.
Esta iniciativa promovida pelo bispo de Viseu reuniu 17 «dispensados» dos 29 existentes na diocese. “Cinco responderam que não podiam vir - alguns estão no estrangeiro –, mas apoiavam e sentiam-se felizes pelo convite – sublinhou.

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