de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 23 Novembro , 2009, 19:42


«We are the children»

1. Os anos oitenta estão a ser olhados com visão de quem procura apreciar e aprofundar algumas conquistas fundamentais. Se há dias (9 de Novembro) lembraram-se os 20 anos da queda do Muro de Berlim, nestes dias mais recentes as duas décadas d’A CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA, adoptada pela Assembleia-Geral da ONU a 20 de Novembro de 1989, tendo sido ratificada por Portugal no ano seguinte, a 21 de Setembro de 1990. Dos considerandos do preâmbulo ao texto retira-se um oportuno olhar histórico na consciência de que sendo as crianças o “futuro” já presente, daqui derivarão para todas as latitudes, pensamentos e acções, altíssimas responsabilidades em ser presença promotora dos melhores valores socioeducativos.

2. Destaca-se a certeza ideal no reconhecimento de que «a criança, para o desenvolvimento harmonioso da sua personalidade, deve crescer num ambiente familiar, em clima de felicidade, amor e compreensão». Este espírito familiar e universalista que preside à Convenção sobre os Direitos da Criança está enraizado na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Dos anos oitenta até ao presente não só aumentou a visibilidade mundial de ocorrências infelizes em relação aos muitos ataques à dignidade da criança, como também se verificou um crescer de condições excepcionais para com as crianças da parte do mundo ocidental. Para as outras, muita fome e miséria a que o mundo assiste; para estas a certeza de uma superabundância de pão e presentes plastificados que podem truncar a humanidade.

3. Quem não se lembra da canção We are the World, we are the children (USA for África, 1985) dos anos oitenta, como que no mesmo espírito da Convenção. Ao ouvirmos essa música pela rádio nestes dias lembra a aventura que terá sido essa década, a abertura do mundo ao próprio mundo e o acolhimento local das declarações universais. Precisamos de novas músicas / mensagens que transformem razões em pontes humanistas.

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 23 Novembro , 2009, 11:49


A propósito do aproveitamento das fontes disponíveis na Internet, Umberto Eco diz, em A Obsessão do Fogo, que é preciso aprender a controlar a informação. E acrescenta:

“Para fazer os seus trabalhos, os estudantes vão buscar à Internet as informações de que necessitam sem saber se essas informações são exactas. E como o poderiam saber? Assim, o conselho que dou aos professores é o de pedir para um trabalho a seguinte pesquisa aos alunos: relativamente ao tema proposto, encontrar dez fontes de informação diferentes e compará-las. Trata-se de exercer o sentido crítico em relação à Internet, de aprender a não aceitar tudo como válido.”


Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 23 Novembro , 2009, 11:27



A história também se vê. Até na rua, se soubermos olhar, com olhos bem abertos. Os painéis cerâmicos que Aveiro nos oferece mostram-nos registos importantes. Pare uns momentos para apreciar.

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