de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Novembro , 2009, 21:26

D. José Policarpo

A solidão é uma das maiores pobrezas

“A salvação do Homem é a expressão plena do bem comum”, afirmou D. José Policarpo na Semana Social que está a decorrer em Aveiro, no Centro Cultural e de Congressos. Ao apresentar a conferência subordinada ao tema “Lugar da religião na edificação do bem comum”, o Cardeal-Patriarca de Lisboa realçou que “o homem só se realiza com os outros homens”. E garantiu que “nunca o bem do homem dependeu tanto do bem da humanidade”.
A Semana Social, uma organização da Comissão Episcopal da Pastoral Social, da Conferência Episcopal Portuguesa, está a decorrer até domingo, envolvendo 400 pessoas, maioritariamente ligadas à intervenção sociocaritativa na comunidade nacional. Aposta este ano na “Construção do bem comum – responsabilidade da Pessoa, da Igreja e do Estado”.
O Cardeal-Patriarca considerou que as Religiões desempenham um papel relevante no apoio ao desenvolvimento integral do homem. No caso específico da Igreja Católica, adiantou que ela sempre esteve na primeira linha da luta contra a pobreza. A Igreja não pode nem deve ficar apenas pela Mensagem, mas tem de dar “respostas concretas”, promovendo a solidariedade, no “sentido da verdadeira comunhão”.
Disse que os pobres têm de se comportar como sujeitos e protagonistas de “um mundo novo”, competindo a todos os cristãos viver o amor fraterno, tendo em vista “a dignidade da pessoa”.
Citando Bento XVI, referiu que a solidão dos presos, migrantes e exilados “é uma das maiores pobrezas”, acrescentando que a Igreja intervém de forma específica na sociedade, através das suas instituições e dos seus membros, “empenhados noutros corpos sociais, quer do Estado, quer da sociedade civil ".
D. José Policarpo alertou para o facto de o conceito de bem comum não se limitar apenas a direitos, “reconhecidos e respeitados”, mas deve alargar-se aos deveres do dom da solidariedade de cada um para com o corpo social a que pertence.

FM


Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Novembro , 2009, 18:29
"Os estados não vão à falência, mas a consequência principal desta falta de dinheiro é a inevitabilidade de reduzir as despesas sociais. Se o dinheiro não estica, começa a ser impossível financiar défices na saúde pública ou ponderar aumentos nos subsídios sociais. Pior: começa a ser impossível não cortar tudo isso. A não ser, claro, que se aumentem impostos ou se faça crescer a dívida. Mas aí queixam-se as classes médias trabalhadoras, que se insurgem porque o Estado carrega no pouco que ganham e pressionam o futuro dos filhos. Solução? Era isso que todos queríamos ver os nossos políticos discutir."

Nota: Este é, de facto, o último parágrafo do Editorial do jornal i, mas eu aconselho a que se leia tudo aqui

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Novembro , 2009, 13:53
LIDAR COM AS CRIANÇAS
CONSTITUI UM DESAFIO

Lidar com as crianças, no seu dia-a-dia, constitui um desafio! À paciência, à tolerância, à capacidade de se desdobrar em mil e uma tarefas, que preenchem a actividade dum professor.
Muito se tem escrito sobre os direitos que as assistem, sobre a protecção que a sociedade lhes deve, mas pelo mundo fora, ainda se depara com muita injustiça, maus-tratos, negligência. Em alguns países africanos, subdesenvolvidos, ainda persiste a exploração da mão-de-obra infantil, em trabalhos árduos que não estão de modo nenhum de acordo com a fragilidade dos protagonistas.
Por esse mundo fora constata-se uma discrepância entre os direitos/regalias de algumas crianças, que têm tudo a seu favor, brinquedos, alimentação, boas escolas, cuidados de saúde primários e outras que sofrem no corpo e na alma as agruras de um destino cruel.
Nos países em guerra em que tudo escasseia, alimentos, apoio sanitário e até familiar, depara-se com a subnutrição das pobres criancinhas. As imagens chocantes que circulam na net, são disso clara evidência. Nos países desenvolvidos, começa a tomar forma, cada vez com mais visibilidade, o resultado dos excessos alimentares, traduzidos na obesidade infantil. Os eternos desequilíbrios da civilização.
Para quem contacta com esta realidade - a infância, há décadas, vêm à memória episódios pitorescos que trazem um certo colorido a estes dias cinzentos que teimam em ficar.
Um dia, numa das várias escolas por onde passei, havia um aluno, homónimo do grande português que transpôs o Cabo Bojador, Gil Eanes. Tal como o famoso navegador, também este Gil era aventureiro e tinha nas veias o apelo do mar, quase ali a bater-lhe à porta. Era uma criança irrequieta, viva e dócil ao mesmo tempo.
Um dia, numa aula de Português, em que a professora se ocupava a explicar um qualquer assunto, foi-se apercebendo que aquele aluno denotava uma agitação fora do habitual. Sentado na primeira fila, mesmo em frente ao quadro e à professora, apresentava um comportamento estranho! Ora se ria baixinho, ora cochichava com os colegas. A mestra continuava empenhada na explicação, exposição da matéria. O Gil, com aquela carita de bolacha Maria, não parava de se contorcer na carteira.
Sem se conter mais, pergunta-lhe a professora:
Diz lá, Gil, o que se passa! Porque estás tão agitado? Desembucha, rapaz!
Muito envergonhado, comprometido, depois de muito instado a falar, lá atira o aluno, a custo:
É que... é que...
Diz, Gil, avança! - Diz a professora.
É que... a professora tem a mola aberta!
Depois de reposta a “decência” no seu vestuário, um sorriso beatífico inundou o rosto da professora que a muito custo se conteve para não explodir numa gargalhada estrepitosa.
Aqueles malandrecos não deixam passar nada, nem um simples mas desestabilizador esquecimento!

M.ª Donzília Almeida

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Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Novembro , 2009, 12:13


1983

Neste dia, em 1983, regressaram a Aveiro as Religiosas Carmelitas Descalças, instalando-se provisoriamente em Eirol. Desta forma, deram início ao Carmelo de Cristo Redentor, autorizado pelo Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade, em 15  de Outubro deste mesmo ano.

Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

Nota: Permitam-me que sublinhe o que para os católicos e para  os que cultivam a espiritualidade, cristãos ou não, representa  este Carmelo, há muito instalado em S. Bernardo. As carmelitas, contemplativas, simbolizam o desprendimento total do mundo agitado, mas fazem-no em sintonia com esse mesmo mundo, pela oração, pela contemplação e pelo sentido de comunhão, bem expresso na forma como vivem, em ligação a Jesus Cristo. Estão, afinal, no mundo, sem estarem no mundo...

FM

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Novembro , 2009, 11:56


Para fomentar hábitos de leitura e de escrita

Tendo por base o papel fundamental que a leitura e a escrita assumem na formação de todos os indivíduos, nomeadamente dos mais Jovens, assim como a necessidade da criação de estímulos para fomentar hábitos de leitura, a Câmara Municipal de Ílhavo deliberou aprovar as Regras do IX Concurso Literário Jovem.
O concurso destina-se aos Jovens do Ensino Básico do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, assim como do Ensino Secundário, podendo participar alunos de qualquer estabelecimento de ensino, público ou privado, do Município de Ílhavo, até ao 12.º ano de escolaridade.
O prazo de entrega dos trabalhos decorre entre o dia 23 de Novembro de 2009 e o dia 31 de Março de 2010, devendo os mesmos ser entregues por mão própria ou enviados por correio, com aviso de recepção e endereçados para a Câmara Municipal de Ílhavo – IX Concurso Literário Jovem – Avenida 25 de Abril – 3830-044 Ílhavo.

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Novembro , 2009, 11:51


A entrada do acesso ferroviário está pronta há muito tempo

Como vem sendo prometido pela REFER, a ligação ferroviária ao Porto de Aveiro vai ficar concluída até ao fim do ano. É notório que as infra-estruturas fundamentais estão em fase de acabamento, sendo legítimo esperar que os prazos venham a ser cumpridos. Esta obra foi totalmente concebida e levada a cabo pela REFER, sendo garantido que vai contribuir para o desenvolvimento do Porto de Aveiro.

Editado por Fernando Martins | Sexta-feira, 20 Novembro , 2009, 11:39

Solidão


Sob um céu de chumbo
A alma derretida
Dobrado o corpo num rodilho
Escuto a ameaça
Da solidão

Vem correndo sobre mim
Estendendo os braços
Quais garras assassinas.

Inesperadamente
Fica presa nas rochas
Debate-se exasperada
Lança urros tenebrosos
Não consegue soltar-se

Num ápice fui salva
Por mão de pedra
Inerte mas segura
Mão desconhecida
Mas amiga
Dum anjo ou de um Deus
Que me protege.

Aida Viegas
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