de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 18:01

Só a arte de viver
nos proporciona o equilíbrio

“Rios de Fogo e Madrugadas de Luz” é mais um livro de Aida Viegas, que vai ser apresentado no sábado, 24 de Outubro, pelas 16 horas, no Espaço Museu da Sé de Aveiro. A sessão terá animação musical do Grupo de Bandolins da Academia de Saberes.

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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 12:45
“Igreja de Oiã
no altar da memória”

“Igreja de Oiã no altar da memória”, a mais recente obra de Armor Pires Mota, irá ser apresentada, quarta-feira, 28 de Outubro, dia de São Simão, Padroeiro da Freguesia de Oiã, por D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro.
É um completo e rigoroso registo documental sobre a Igreja Matriz, Igreja-Mãe da Freguesia de Oiã. O esforço de recolha documental foi ao ponto de o autor ter conseguido reconstituir a listagem dos párocos de Oiã durante três séculos, acompanhada de pequenas biografias.
Esta é uma obra para nos lembrar o importantíssimo papel que a Igreja, nas terras de Oiã, tem desempenhado na salvaguarda do seu património que, no fundo, também o é de todos nós.
Esta obra literária é apenas mais uma contribuição a juntar a uma vastíssima bibliografia que faz de Armor Pires Mota o autor desta terra (e da Bairrada) mais produtivo das últimas décadas e dos seus escritos matéria incontornável para quem queira saber algo da história, da cultura ou do património oianense e concelhio.
“Igreja de Oiã no altar da memória” foi oferecido na sua totalidade à Fábrica da Igreja Paroquial de Oiã pelo autor e a receita das vendas reverterá a favor do Museu Paroquial.
Depois da celebração da eucaristia, pelas 20 horas, presidida pelo Bispo de Aveiro, seguir-se-á a apresentação do livro por D. António Francisco, que prefaciou a obra, no Centro Paroquial.

 
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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 12:05

Saramago

1. Logo que no ano 2005 saiu a obra As Intermitências da Morte do escritor José Saramago, veio a claro a inquietude de não deixar indiferente a questão do sentido da vida e do destino humano para além do visível. A frase inicial dessa obra é lapidar: «No dia seguinte ninguém morreu…». Abre, assim, uma ampla reflexão sobre a vida e a morte, o vazio ou o sentido da existência. Haverá que ter olhos para ler e compreender Saramago, particularmente nestes últimos anos. Todos os autores têm tantas fases literárias como etapas humanas de sua reflexão e mesmo filosofia de vida. Ninguém duvida que na fase da inteira autonomia humana, na época de todas as forças físicas pessoais e da lucidez mais apurada um certo “super-homem” se pode apoderar de si mesmo gerando ideias de dar valor absoluto ao que é só humano…

2. Foi tornado público nestes dias o último passo do escritor. Por trás de tantas críticas que faz ao fenómeno da religião (há que saber ter olhos para as entender, contextualizar nos vazios da própria vida existencial de quem escreve e não se deixar conduzir ou iludir…), a verdade é que Saramago continua, mesmo com linguagem de “combatente”, a não deixar o infinito indiferente. A obra Caim (2009), na qual Deus é uma das personagens principais, continua na generalidade a culpar Deus pelos males do mundo… Não sabendo separar as águas pela superficialidade onto-teológica, continua a confundir quando deduz o todo pela parte… Culpar Deus diante do mau uso das liberdades humanas é conclusão precipitada que nos tempos actuais resulta como sedutora mas desconstrutiva.

3. Desde os tempos mais antigos da Humanidade e em todas as religiões que a “conversa” com Deus tem muitos caminhos… Duvidar, dialogar, debater (como Job, AT) é assumir a presença do Outro. Já a indiferença é o pior dos males. Ainda que a linguagem o atrapalhe na produção daquela literatura tipo Dan Brown ou que a ideologia da história de vida aprisione o “sentir”, a verdade é que a inquietude persiste. Infinita paciência de Deus!



Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 11:28


“Gafanha… O que ainda vi, ouvi e recordo”


“Gafanha… O que ainda vi, ouvi e recordo” é um livro de Teresa Filipe Reigota, natural da Gafanha da Nazaré e residente na Gafanha da Boavista, S. Salvador. Gafanhoa de gema, como gosta de afirmar, esta professora aposentada tem uma indesmentível paixão pela etnografia.
Com seu marido, o também professor aposentado João Fernando Reigota, funda o Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, em 1984. O envolvimento nas tarefas de recolhas, pesquisas e estudos, levou-a a sentir a necessidade de preservar e divulgar os usos e costumes das gentes que a viram nascer e das quais guarda gratas recordações. Assim nasceu o livro “Gafanha… O que ainda vi, ouvi e recordo”, que vai ser lançado no dia 24 de Outubro, sábado, pelas 21 horas, no Centro Cultural de Ílhavo, em cerimónia que encerra as celebrações das Bodas de Prata do Rancho Regional.
Sobre este livro pronunciar-me-ei numa outra altura, pois considero importante não só manifestar a agradável impressão que a sua leitura me suscitou, mas também estimular a nossa juventude para que se embrenhe nestes estudos, fundamentais à cultura da identidade do povo que somos e que queremos continuar a ser, sobretudo no que diz respeito à manutenção dos valores que enformam a nossa sociedade.
Garanto, aos meus amigos, que a leitura deste trabalho da Teresa Reigota, inacabado como todas as obras do género, suscitará em cada um a revivência de estórias iguais ou semelhantes às que a autora agora nos oferece. E como recordar é viver, estou em crer que todos aceitarão a minha proposta.

Fernando Martins


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 11:12

Concílio para limpar
o rosto da Igreja


Os meios de comunicação social falaram largamente da intervenção do Cardeal José Policarpo, no Simpósio do Clero. Alguns viram nas palavras proferidas uma clara advertência a bispos e padres quando, na Igreja, expendem opiniões que põem ou podem bulir com a unidade, a comunhão e a aceitação do magistério do Papa.

Não está em causa que a unidade da fé, a comunhão na caridade e a adesão fraterna ao Sucessor de Pedro são elementos fundamentais para a vida da Igreja de Cristo. Também não está em causa que defendê-las e estimulá-las é missão diária do bispo e, logicamente, dos seus mais imediatos colaboradores, os presbíteros. No entanto, é necessário que, ao mesmo tempo, se tenha presente que, na Igreja, não há só verdades intocáveis, mas há, também, um espaço de liberdade de opinião, aceite e recomendado, para saber interpretar e estimular a vivência, à luz da realidade, pessoal e social, das verdades de sempre. A leitura dos sinais dos tempos, recomendada pelo Vaticano II, não é privilégio, direito ou dever da hierarquia, mesmo entendendo esta, como deve ser, um serviço permanente, em nome de Deus, à Igreja e ao mundo das pessoas.

Na Igreja, sem que se tenham apagado ou esquecido as verdades essenciais, foram-se multiplicando, ao longo da história, costumes e hábitos, que geraram normas e orientações, encostados à doutrina. Em muitos casos não eram mais que fruta de uma pobreza espiritual em que o essencial da fé andava arredado das preocupações de muita gente. Muitos responsáveis da Igreja deixaram-se invadir pela tentação de esta ser uma sociedade vazada à maneira de senhores, fidalgos e poderosos, e modelada por critérios meramente temporais e profanos. Assim se foram introduzindo situações espúrias, marcadas pelos ventos do tempo, que recolhiam o proveito de quem na Igreja, as desejava, admitia e por elas lutava. Criou-se, então, uma sociedade semelhante àquela que Jesus Cristo, por via de uma revolução activa, mas pacífica, denunciou e alterou, por ser contrária aos seus valores. Foi neste contexto que pregou o Reino de Deus, chamou e formou os que livremente aceitaram segui-lo e se tornaram Seus discípulos. O Seu projecto não podia ser alterado e deviam estar atentos a quanto o podia desvirtuar. Um trabalho que se foi fazendo ao longo do tempo, por cristãos fieis e corajosos, profetas e santos, sempre com não poucas dificuldades.

Porém, os séculos que identificaram a Igreja com o mundo, no propósito de que todo o mundo fosse Igreja, levaram esta a obedecer a critérios e a seguir caminhos que não eram os seus, carregando-a de excrescências inúteis onde não cabiam os valores evangélicos. Muitas delas ainda aí estão, visíveis e luzidias, a ilustrar tempos que passaram e não são de recordar, mas que parecem agradar a quem prefere mais os ornatos e as aparências passageiras, que a verdade permanente e consistente.

O Espírito que dá a vida e renova todas as coisas, foi dando luz e fortaleza a membros da Igreja - bispos, padres, religiosos e leigos - para denunciarem caminhos de uma uniformidade que não nascia da fé e limparem inutilidades, que pesavam sobre os cristãos e suas comunidades, e denunciavam, à maneira profana, uma grandeza que não vem da fidelidade a Deus, nem ao Evangelho. Os profetas escolhidos foram fieis à sua fé, mas desprezados e perseguidos por gente que defendia interesses instalados. Francisco de Assis encarnou a denúncia de um Evangelho que não era o de Cristo. Chamaram-lhe louco. Rosmini ousou, corajosamente, apontar as “chagas” da Igreja. Foi condenado e só muito mas mais tarde recuperado como profeta. A lista podia continuar.

João XXIII surgiu inesperado. Convocou um Concílio, dizia ele, para limpar o rosto da Igreja, em muitos aspectos confuso e conspurcado. Também para ele e para aqueles que apoiaram a sua intuição, como sinal do Espírito, a vida não foi fácil.

António Marcelino


Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 10:41



15 de Outubro de 1984





Nesta data, "voltou a ser colocada junto do Edifício da Assembleia da República a estátua do insigne parlamentar aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, que fora inaugurada em 1878 em Lisboa, no Largo das Cortes, e daí retirada em 1935. No mesmo dia, o Parlamento prestou ao grande tribuno uma significativa homenagem, falando os representantes dos principais partidos políticos."

In Calendário Histórico de Aveiro

Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 10:29
Jacinta

Temas de Bob Marley, Stevie Wonder, Beatles,Nina Simone, Bee Gees, Beach Boys, entre outros, fazem parte do novo CD de Jacinta, denominado  "Songs of Freedom-Hits from the 60s,70s,and the 80s".
Esta podução discográfica representa a apresentação de Jacinta no seu último espectáculo,  no Centro Cultural de Ilhavo, que voltou a encher com um público participativo e entusiasta, não só da música de Jazz, mas também da voz da artista da Gafanha da Nazaré.

Uma pergunta: Para quando um espectáculo na Gafanha da Nazaré?! Será por não haver sala condigna? Penso que sim. Aliás, o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré está em obras de ampliação e reestruturação. Depois, penso que a Jacinta já terá espaço à altura da sua arte e dos seus muitos fãs.
Já agora, permitam-me mais uma achega. Quando eu era jovem, a Gafanha da Nazaré tinha sala de cinema e teatro, na Cale da Vila, de iniciativa privada. Era, então, uma simples aldeia. Depois, talvez pela concorrência de Aveiro, morreu. E presentemente, cidade, a Gafanha da Nazaré não tem uma sala de cinema. Apenas o Centro Cultural, da responsabilidade da Câmara Municipal, está aberto a espectáculos. Penso que já era tempo de os privados apostarem nas artes. É que, os que gostam de cinema, em sala própria, que dá outro encanto aos filmes, têm de ir a Aveiro, como eu o faço de quando em vez.

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Editado por Fernando Martins | Quinta-feira, 15 Outubro , 2009, 10:14
Zé da Rosa

15 de Outubro de 2009

Foi num canteiro deste belo jardim, à beira ria, nos primórdios do século passado, que aquela rosa desabrochou. Não foi numa Primavera florida, tampouco num Verão escaldante, mas num Outono incipiente, que a flor deu o seu fruto. Um bebé redondinho de feições, com uma boquinha bem desenhada e que seria portador do genes dos grandes homens! Foi a alegria de sua mãe, que assim deu mais um irmão à família.
De tão amado e acarinhado pela sua mãe, passou a ser conhecido pelo Zé da Rosa! Todos o conheciam assim, mesmo quando as suas feições de menino deram lugar àquele rapagão, alto, bem parecido que fazia andar à roda, a cabeça das moçoilas do seu tempo.
Sim, o Zé, como todos os mancebos da sua idade, andava na mira duma moça que lhe enchesse as medidas! Um dia, apareceu aquela rapariga trigueira de olhos azuis... ah... essa ... foi a Luz dos seus olhos, que nunca mais a perderam de vista. Com a ajuda do Cupido, os dois se enamoraram e até casaram! Coisa inusitada nas sociedades modernas, em que os juramentos de amor têm a duração da época estival! É curta e efémera!
Naqueles tempos antigos, ainda era uma realidade concreta, o compromisso entre pessoas e a dedicação era exclusiva e ad aeternum!
Dessa Luzinha, resultaram clarões luminosos, que haveriam de iluminar a vida de ambos. Cinco, pelo menos, ficaram para a história e também se multiplicaram noutros feixes de luz... que passaram a alumiar o mundo.
Com ascendência da Rosa e numa forte envolvência da Luz... só poderiam ter resultado uns belos rebentos que haveriam de fazer as alegrias dos pais.
A autora destas linhas.... nasceu no apogeu da vida de ambos os progenitores.... 30 anos! Daí...
Este pai esfalfou-se durante toda uma vida, aquém e além fronteiras, para que nada faltasse aos seus descendentes. Fez os possíveis, e hoje tem... quem lhe perpetue a memória e a robustez do carácter. Do carácter e do corpo, pois é um vivo exemplo do princípio “Mens sana in corpore sanu”.
Devo referir que é o responsável pelas “proezas” que esta criatura tem feito ao longo da vida.... não arcando, contudo,... com a responsabilidade das “avarias”(!?) .... que a mesma tenha praticado! Estas, se as houve, são da exclusiva autoria da mesma!
Esta personagem, quase de conto de fadas é a pessoa que hoje completa nove décadas de existência!
E... augúrios de uma ainda gratificante jornada é o que lhe manifesta esta descendente... orgulhosa da sua herança genética!

M.ª Donzília Almeida

17.09.09

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