São sempre os mesmos
a fazer as mesmas políticas
Tenho seguido, dentro do possível, os debates políticos, com vista às legislativas. Penso que os debates são importantes, porque necessários ao esclarecimento dos eleitores. No final de cada um, em que participam dois candidatos ao cargo de primeiro-ministro do Governo de Portugal, há, por parte de alguns órgãos de comunicação social, uma espécie de classificação, para se indicar o vencedor. Tudo servirá para nos ajudar a medir a capacidade, a preparação e a habilidade de cada interveniente para levar a água ao seu moinho.
Porém, tenho dúvidas de que o povo alinhe neste jogo, porque na hora de decidir pesa apenas, nos pratos da balança, a pequena diferença entre os dois principais partidos. Os outros servem tão-somente, por aquilo que se tem visto na vida da nossa democracia, para jogos políticos, quantas vezes à margem do parlamento. Mais ponto menos ponto, o partido vencedor será PS ou PSD. Com ou sem maioria absoluta.
Os portugueses como que se habituaram a um certo conservadorismo, inclinando-se ora para um ora para o outro partido, não vendo alternativas possíveis nos demais. De qualquer forma, é positivo alimentar o sonho de que mais ano menos ano os eleitores lusos consigam vislumbrar novas propostas nos partidos novos, com gente de mentalidades diferentes, capaz de conduzir com outra mestria a barca portuguesa.
Vendo que, legislatura após legislatura, Portugal e os portugueses continuam na mó de baixo, sem horizontes de um futuro mais próspero, tenho para mim que é urgente descobrir uma forma de renovar todo o nosso sistema eleitoral, de modo que haja vias alternativas para uma governação diferente, para melhor, onde nos sintamos bem representados nos diversos cargos públicos e políticos. Tal como está, tenho a sensação de que são sempre os mesmos a fazer as mesmas políticas.
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FM