de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 30 Setembro , 2009, 18:57

O país precisa
de ter caminho.
Porque está à beira
do abismo


"A verdade é que Cavaco Silva ocupou uma fatia do seu discurso dizendo que nunca se referiu a quaisquer escutas e uma segunda fatia do seu tempo lançando um violento aviso aos seus assessores (só o Presidente fala pelo Presidente). Depois tira uma terrível conclusão, que lança uma nuvem de suspeitas - seja ao acusar (quem?) de fazer uma campanha eleitoral desviada do essencial, seja de manipular a opinião pública durante a mesma campanha. E por fim acusa incertos de tentarem colá-lo ao PSD. Por fim, exige esclarecimentos. A quem? Uma conclusão para bom entendedor: Cavaco não pode ver Sócrates nem pintado."


Martim Avillez Figueiredo, director do i
Ler o Editorial do i aqui

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Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 30 Setembro , 2009, 16:31
A minha opinião,
agora e aqui expendida,
é pessoal, livre,
sobre o acontecimento,
e que só a mim compromete


"Se o novo governo olhar com olhos objectivos e críticos a realidade do país, aceitar o contributo de uma oposição lúcida e esclarecida, não adaptar as exigências da democracia aos seus interesses, dispensar gente que já mostrou que mais divide que concilia e constrói, contar com as capacidades da sociedade civil, fizer uma política humanista com critérios claros e valores duradoiros, respeitar o povo com as suas convicções profundas e os seus valores religiosos, morais e éticos, tomar consciência de que o orgulho confunde e empobrece e só a humildade dá lucidez e coerência, respeitar e defender a família, única instituição natural indispensável, corrigindo os erros graves já cometidos que a destroem e minimizam, for vanguardista no respeito pela verdade e pela isenção, der aos pobres condições de vida digna e não apenas subsídios de dependência, proporcionar aos jovens perspectivas sérias de futuro, respeitar quem traba-lha e lutar, sem tréguas, pelo direito ao trabalho e à paz social… então, o povo que votou maioritariamente PS não se sentirá iludido nem enganado e o partido vencedor não tirará da vitória senão a responsabilidade diária de melhor servir a todos e a ninguém esquecer."

António Marcelino
Ler todo o texto no Correio do Vouga, em Opinião, aqui

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 30 Setembro , 2009, 14:34


O Farol da Barra, posso garanti-lo, não está a cair. O que se vê não passa de um efeito fotográfico. Ao lado, no edifício dos Pilotos, as gaivotas resolveram descansar das suas fadigas, por vezes agitadas. E ali estavam elas, quais pilotos, a observar os barcos que hoje de manhã entravam e saíam num movimento já conhecido.

Editado por Fernando Martins | Quarta-feira, 30 Setembro , 2009, 14:25


A política portuguesa
 navega por águas
pouco cristalinas



1. Já muita gente, de muitos quadrantes de pensamento, foi dizendo que a política portuguesa navega por águas pouco cristalinas. Compreender-se-ão sempre as tensões na luta pelos ideais por correntes de pensamento diversas; reconfirma-se a anemia social do factor participação que se espelha no aumento da abstenção eleitoral nacional. Eleições atrás de outras – na verdade prudente de que são actos distintos – confirma representar uma sobrecarga de mensagens, apelos, gritos, num panfletário e menos ideário em que se foi tornando a torrente dos apelos políticos. Cada campanha que se abre (e que continua), nem que os próprios não queiram, tornou-se uma rotina imagem que vence o conteúdo, de quantidade que triunfa sobre a qualidade.

2. Permanece por compreender o fenómeno perturbador em que quanto mais se grita menos se participa. Talvez na era de todas as comunicações será quando mais complexo se torna fazer passar a mensagem. A débil sociedade civil portuguesa ainda vai mais pelo «saiu na televisão» que pelas ideias concretas. A abertura continuamente dinâmica ao futuro, neste contexto, torna-se muito mais longínqua quando não asfixiada. Não se pode deixar que os sentimentos do sombrio, a «vulnerabilidade», a «escuta», a corrupção, a dúvida sistemática, o crime, o «alegadamente», a contínua suspeita… tomem conta das gentes do país. Um adolescente ou jovem que veja (com olhos de ver) as notícias fica com medo de aqui apostar a sua vida…

3. Talvez existam, de modo isento, razões para se dizer que têm sido semanas “loucas” a caminhada para o «beco» em que se foi tornando o cenário político português. A ideia credibilidade, diluindo-se na «vulnerabilidade» partilhada pelo presidente da república no discurso ao país (29-09-09), deixa tudo na mesma e tudo diferente. Se o presente já era difícil, o futuro apresenta-se mais incerto. À fundamentação para acordos capazes da saída do beco terá de presidir: uma maturidade cívica e democrática renovadas…?

Alexandre Cruz
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 29 Setembro , 2009, 21:40
Face ao que está a passar-se na política portuguesa, apetecia-me virar a cara para o lado e desligar-me de vez disto tudo. Ninguém se entende. Melhor: muitos lutam para não entendermos nada, tal a confusão a que se chegou. Porém, não posso olhar para o lado.


Se assumo, desde há muito, comportar-me pela positiva, tenho de acreditar que, mais dia menos dia, todo este ambiente tem de mudar, de forma que seja possível ver nos nossos políticos (falo no abstracto) gente de bem, de carácter, com comportamentos irrepreensíveis, porque assentes na ética.

Estamos, realmente, a dar uma triste figura ao mundo civilizado e, internamente, aos jovens, que começam agora a despontar para a política, uma ciência nobre, que tem por missão servir a cidade, os cidadãos e o país. Mas será isto possível com os políticos que temos? Ainda acredito que sim.

FM

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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 29 Setembro , 2009, 16:47

Fátima

Estará na Cova da Iria o teólogo que interpretou
a relação de João Paulo II com
a Mensagem de Fátima

"Como em anteriores deslocações apostólicas, a proximidade com Bento XVI tem oferecido oportunidades para descobrir no actual Papa características de liderança marcadas pela profundidade da reflexão científica e pastoral. Também pela atenção aos problemas das sociedades que visita, sabendo denunciar injustiças e construções sociais que afectam a pessoa humana na sua dignidade e naturalidade, numa atenção muito estreita às circunstâncias políticas, económicas, culturais e religiosas do País onde é acolhido. Assim acontecerá também em Maio próximo."

Paulo Rocha

Ler todo o texto aqui

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 29 Setembro , 2009, 16:38




1. O nosso Beira-Mar conseguiu a terceira vitória consecutiva. Após um início de campeonato negativo, o clube aveirense sobe ao 4.º lugar da Liga Vitalis. Nestas horas existem normalmente vozes disponíveis a encabeçar a argumentação dos triunfos. Mas o mérito estará em quem persiste nos bastidores e em quem procura incutir uma filosofia de trabalho. Os clubes de futebol de primeira linha, com os heróis tão novos em idade mas velhos em famas jornalísticas, são um labirinto onde os patamares da exigência navegam numa difícil fronteira. Apesar de… tal como não se duvida que a exigência de Pinto da Costa tem “feito” o Futebol Clube do Porto assim não se duvida que o treinador do Benfica tem conseguido os triunfos às custas do trabalho disciplinado.

2. De entrevistas do fim-de-semana desportivo – do mundo político os palcos foram outros! – destacava-se no que aos aveirenses diz respeito o papel do treinador dos beiramarenses, Leonardo Jardim. Fica claro, também no futebol local, que o método de trabalho, o rigor e a disciplina são a escola do triunfo. Regras, valores e princípios, não são assim algo de desprezível mas afirmam-se fortemente como potencial vencedor. Também esta fase do ano aos mais variados níveis, muito para além dos futebóis, poderá receber das quatro linhas esta matriz planificadora e rigorosa. A exigência, o querer progredir cada dia no sentido dos ideais e das causas que se sentem que são o caminho a seguir serão valores inultrapassáveis.

3. Mesmo que ao jeito social e polémico a verdade é que os treinadores (re)pararão a analisar os métodos de José Mourinho; relativizando as famas e passerelles, o certo é que os jogadores de futebol com futuro olharão para os métodos de trabalho exigente e inspirado de Cristiano Ronaldo. Não nos fiquemos pelo futebol, façamos a transferência para a vida social. Aos métodos para o triunfo não pertencerá a abstenção vencedora. Aliás, a campanha continua!

Alexandre Cruz

Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 29 Setembro , 2009, 11:26


CD  de Jacinta vai ser distribuído pelo jornal i


O Executivo Municipal ratificou uma proposta que estabelece a CMI como patrocinador “oficial” do novo trabalho discográfico da cantora Ilhavense Jacinta. O CD, intitulado “Songs of Freedom”, será lançado em meados de Outubro e distribuído pelo “Jornal i”, com uma tiragem de 50 000 exemplares.

Este apoio publicitário de 7500 Euros teve a sua primeira aplicação no Concerto de Jacinta realizado no CCI em Agosto. No final foi distribuído um CD promocional com dois temas deste novo trabalho.

Esta é mais uma aposta nos valores da Cultura Ilhavense e na crescente notoriedade da marca “Jacinta”, que quis através deste trabalho promover o CCI, fazendo desta casa o local de lançamento deste novo CD.

Fonte: CMI
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Editado por Fernando Martins | Terça-feira, 29 Setembro , 2009, 11:19

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ANTES DA NOITE

Antes da noite
cega
a luz do poente
como poalha de oiro
debruando os cúmulos
vem encher-nos de graça.

Maria Vitalina Leal de Matos

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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 28 Setembro , 2009, 22:55
Duas personalidades
de peso para a Universidade



O presidente do grupo Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, é o novo presidente do Conselho Geral da Universidade de Aveiro. A eleição, por unanimidade, decorreu Sexta-feira à tarde, 25 de Setembro, durante a reunião deste órgão de governo da UA a quem compete, entre outras responsabilidades, a eleição do Reitor. Também o nome do Provedor do Estudante recolheu a unanimidade dos membros do Conselho Geral. O Mestre Alexandre Cruz vai exercer, por três anos, este cargo de defesa e promoção dos direitos e interesses legítimos dos estudantes.




Não podia deixar de me regozijar com a nomeação do meu amigo e colaborador do Pela Positiva Alexandre Cruz para o cargo de Provedor do Estudante, numa Universidade onde ganhou o estatuto de Mestre. Universidade que ele conhece como poucos, conhecimento esse que lhe vem do contacto diário que, ao longo de anos, manteve com inúmeros estudantes, no Centro Universitário Fé e Cultura. Por tudo isso, e ainda porque conheço a sua capacidade de trabalho e o seu espírito humanista, tenho a certeza de que os estudantes vão ter nele um amigo à altura de os ajudar na defesa dos seus interesses, numa perspectiva de construção de uma sociedade mais fraterna.
 
FM
 
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 28 Setembro , 2009, 18:03
O Google lembra,
com alguma regularidade, a abrir,
 efemérides famosas.

Confúcio


Confúcio (551 a.C. - 479 a.C.) é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tse. Foi a figura histórica mais conhecida na China, como mestre, filósofo e teórico político. A sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental.
Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados eram nobres, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais, cujos senhores dependiam muito pouco do rei.
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 28 Setembro , 2009, 10:02



1. Claro que a notícia do jornal diário passou despercebida pelo envolvimento e azáfama geral nas legislativas do fim-de-semana. O título – «juízes indignados com a classe política» –, noutra altura do ano chamaria para a primeira página as declarações de Noronha do Nascimento (Supremo Tribunal de Justiça). Regista-se o implorado pedido para os magistrados terem «mais poderes para evitar atrasos nos tribunais», querendo «saber por que razão são responsabilizados quando cometem erros e os políticos não quando as suas leis ferem direitos fundamentais de cidadãos» (?!). A questão não é simplista nem recente e abre portas a esmiuçar um dos pilares fundamentais da sociedade de direito, a justiça.

2. Noronha do Nascimento referia-se com pertinência e num olhar de transversalidade ao diploma de 1 de Janeiro de 2008 que prevê que o Estado seja processado por erros graves que sejam cometidos por magistrados no exercício da actividade no tribunal, mas em que agora o Estado poderá, após indemnizar os lesados, exigir ao juiz esse reembolso na circunstância de se provar a existência de “erro grosseiro”. Sendo certo que este erro poderá ter muitos contornos, até no foro da subjectividade, a verdade é que esta abordagem parece abrir portas a uma desconfiança que fragiliza a justiça que se procura implementar. A este designado “direito de regresso”, que está a deixar os magistrados inseguros, pertencerá a ideia de exigência e de responsabilidade…, mas de quem delas desconfia.

3. Não sendo o cenário da justiça em Portugal o melhor dos mundos, agora os juízes, como refere António Martins (Associação Sindical dos Juízes Portugueses), «têm uma espada de Dâmocles em cima da cabeça em cada decisão que proferem». O cidadão, em busca de pontos de referência…já sentia a baixa de autoridade saudável das autoridades, já vivia a ansiedade da morosidade da justiça e agora recebe a confirmação que o sistema desconfia de si próprio ao criar este apertão aos juízes. Não é fácil resistir a tanto esmiuçar!

Alexandre Cruz
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 28 Setembro , 2009, 09:56


Ainda Vou Fugir

Ainda vou fugir.
Quero ir para longe, para um país onde se fale uma língua estranha à minha percepção.
Em terra alheia, ouvindo sem entender o fluir de palavras desconhecidas,
adivinharei uma outra fala.
Aprenderei a dizer e a escutar, a escrever e a ler outras sonoridades.
Com ardor e paciência, transmitirei um dialecto sem impostura à língua do meu nascimento.
Dar-lhe-ei uma intimidade atenta e firme,
a transparência do vidro puro.

J. Alberto de Oliveira
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Editado por Fernando Martins | Domingo, 27 Setembro , 2009, 22:56
Esta vitória do PS, para mim, tem um significado: os portugueses disseram que preferem Sócrates, mas um Sócrates sem arrogância e mais dialogante. Penso que o primeiro-ministro aprendeu a lição.

Face a estes resultados, é óbvio que  vai ter muito cuidado na escolha dos ministros, que têm de ser competentes, capazes de ouvir o povo, atentos aos poderes autárquicos e abertos às melhores propostas, venham elas de onde vierem. Ministros que lutem por uma sociedade inclusiva, por uma justiça célere e igual para todos, por um progresso sustentável, por uma educação integral de mãos dadas com as famílias, por um ensino que prepare para a vida, por empregos estáveis e por uma solidariedade atenta.

Estamos todos cansados de guerras verbais, de desemprego, de corrupção real ou virtual, de empresas falidas, de endividamentos cada vez maiores e de pobreza que se mantém há uns 20 anos, sem solução à vista. Importa agora que Sócrates organize um Governo credível, transparente e sensível, para que possa dar garantias de estabilidade. Portugal e os portugueses precisam mesmo de estabilidade, para poderem esperar e lutar por um futuro solidário com mais tranquilidade.

FM



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Editado por Fernando Martins | Domingo, 27 Setembro , 2009, 13:39



1. O líder líbio, Muamar Kadafi está a comemorar os 40 anos no poder. Talvez esta longevidade no poder dê azo acrescentado aos improvisos e extravagâncias habituais que caracterizam o líder líbio e o trazem, a par de meia dúzia no mundo, para as capas dos jornais por motivos ao arrepio do bom senso. Há dias a tribuna das nações unidas foi o palco (melhor haveria?!) para a sua afirmação se situar em dois planos antagónicos: primeiro, defende o extremismo talibã; segundo, elogia o presidente Obama. Que dizer?! Talvez seja a derradeira forma diplomática de argumentar de Kadafi no rumo do seu sonho de imperialismo islâmico para a África... Nesse discurso de uma hora e 35 minutos, ignorando as regras da Assembleia das Nações Unidas, Kadafi conclui surpreendendo com o gesto do rasgar da Carta das Nações.

2. Sabe-se que este documento fundador, Carta das Nações Unidas ou Carta de São Francisco – assinada por 51 estados membros originais em São Francisco, EUA, em 26 de Junho 1945 – tem uma matriz tipicamente ocidental. Foi-se tornando relevante o seu peso congregador e foi crescendo o seu alcance em momentos destacados como o dia 10 de Dezembro de 1948, data da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Hoje este universalismo, encaminhado a partir da segunda grande guerra, consegue espelhar-se nas 192 Nações que se fazem representar na Assembleia-Geral da ONU e nas múltiplas abordagens documentais que procuram informar e envolver todas as latitudes do pensamento e acção humanas, também na linha essencial: educativa (UNESCO).

3. O gesto rasgador de Kadafi tem muito que se lhe diga. Uma atitude simbólica perturbadora que questiona fortemente o senso de quem rasgou, mas também o motivo por que rasgou: nessa altura ele atacava o domínio efectivo – do direito de veto – dos cinco membros do Conselho de Segurança: China, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia. Repensar a ONU? Da sua raiz ocidental à sua efectiva (onto)universalização?

Alexandre Cruz

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