de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 31 Agosto , 2009, 20:36
"A lei da união de facto serve para quê? Se for para ser igual ao casamento, já há o contrato de casamento, se for para outra finalidade é bom que se explicite. Não há nada em política como ser muito claro.
O problema é seguramente meu, sobretudo quando tantos amigos se entusiasmam com o tema. Mas continuo sem ver qualquer utilidade na lei da união de facto. E, a bem dizer, não a vejo na que Cavaco vetou, e já pouco via na já existente.
Para mim, o casamento civil - pelo qual tanta gente lutou, de forma a que o casamento religioso não fosse a única forma legal de ter família - é um contrato entre duas pessoas. A lei da união de facto vem estabelecer, basicamente, o seguinte: quem não quer assinar o contrato tem os mesmos direitos e deveres daqueles que o assinaram. Isto é o que parece: uma aberração."

Henrique Monteiro
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 31 Agosto , 2009, 11:06

Igreja antiga.jpg

Igreja antiga

Nós, os gafanhões, somos assim...
 
A paróquia de Nossa Senhora da Nazaré da Gafanha completa hoje 99 anos de vida. Daqui a um ano, se Deus quiser e o povo estiver unido, celebraremos o primeiro centenário. É curioso como um século de existência parece tão curto. Digo isto, porque tive o privilégio de conviver com gafanhões que, antes de 1910, lutaram para que a então povoação da Gafanha se tornasse independente e seguisse a sua vida, deixando, por isso, a casa materna.
Antes dessa data, que foi a consagração desse esforço, já o nosso povo andava a construir a nova igreja matriz, que foi inaugurada, ainda inacabada, em 1912. Contudo, segundo Nogueira Gonçalves, a inauguração aconteceu em 1918, tendo o templo sido "produto de construtores locais". Como paróquia e freguesia nasceram juntas, como rezava a lei da monarquia, na altura própria as águas foram separadas, e ainda bem. A paróquia seguiu, como lhe competia, a valorização espiritual, cultural e social, e a freguesia voltou-se para o lado que lhe competia, procurando dar outras e variadas respostas, de vertente política, para bem da comunidade humana, na qual se insere a religiosa.
Hoje, porém, penso que se torna importante olhar o futuro com certezas de uma terra mais próspera, sob todos os ângulos de vista. Mais próspera, tendo sempre presente que o progresso deve ser sustentado, isto é, com os pés bem assentes na matriz das nossas raízes e sem ofensas ao ambiente e às pessoas.
Os gafanhões actuais vieram um pouco de toda a parte. Há anos, a análise a um recenseamento dizia que por aqui habitavam pessoas de mais de mil origens. Mas pode dizer-se, sem iludir ninguém, que toda a gente foi integrada, naturalmente, sem conselhos fossem de quem fossem, e sem decretos que nos recomendassem atitudes a seguir, no sentido da aceitação dos outros. Nós, os gafanhões, somos assim: abertos, acolhedores, dinâmicos, amigos dos seus amigos, empreendedores, capazes transformar areias esbranquiçadas e estéreis, das dunas, em terra fértil.
Neste dia de aniversário permitam-me que recorde a importância de nos prepararmos para o centenário, quer apoiando as autoridades religiosas ou políticas, quer avançando com projectos próprios, com a convicção de que a festa tem de ser de todos e para todos.

Fernando Martins
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 31 Agosto , 2009, 10:22

"Na carta, Ted Kennedy afirma que 'a fé católica está no centro da família' Kennedy e diz que foi a fé que o ajudou a lutar nas horas de maior sofrimento. Também diz que pediu que a carta fosse entregue pessoalmente, pelas mãos de Barack Obama, porque este também é um homem de fé."


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