de Fernando Martins
Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 17 Agosto , 2009, 15:14

Encontros e Reencontros


Sempre foi agradável encontrar e reencontrar amigos. Com eles, trocamos impressões, emoções e sensações. Recordamos e revivemos momentos felizes e menos felizes. Partilhamos sonhos e sentimos a cumplicidade de muitos ideais experimentados há longos anos. E é nas férias de Agosto, normalmente, que se revêem cúmplices de vivências da meninice e juventude.
Neste Agosto já reencontrei alguns. Uns que identifiquei de imediato; outros que deixaram alguns traços, muitas vezes imperceptíveis, na minha memória cheia de brancas. São denunciados uns pela voz, outros pelos olhos, uns por sinais desvanecidos do rosto, nunca pelo cabelo ou falta dele.
Depois, lá vem uma frase que desencadeia um processo interminável de sequências, como a história das cerejas. Pegamos numa e logo agarrada a ela vem um cacho apetitoso.
Por estes dias, senti a amizade de antigos alunos que pararam apressados os carros para um abraço do outro lado da rua. Vi quanto emigrantes regressados para férias manifestaram a sua alegria por me encontrarem, “com muito bom aspecto”, sublinham. Sempre há amigos muito gentis!
Ouço histórias de dificuldades ultrapassadas, do bem-estar que por aqui talvez não pudessem ter, da vaidade natural de filhos e netos que singraram na vida, mas também do que os liga ao torrão natal, “as suas raízes” que permanecem bem agarradas ao coração.
Com tudo isto, vêm à baila as notícias da região que lhes chegam pelo meu blogue e que ajudam a mitigar saudades sem medida, com apelos para que continue.
Com votos de bom regresso, aqui fica a promessa da minha presença junto de todos, com um abraço amigo.

Fernando Martins

Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 17 Agosto , 2009, 14:09

Solidariedade

Encontrar um lugar de estacionamento, numa zona balnear, onde o farol é ponto cardeal, dir-se-ia que é como procurar agulha em palheiro.
Na verdade, com a multidão de gente que aflui a esta praia, torna-se quase uma aventura encontrar uma nesga de terreno, onde deixar arrumado o veículo que nos trouxe até ao destino. Não há parques de estacionamento disponíveis para as necessidades do tráfego que entope, nos meses de verão, as artérias de toda a zona costeira. Não estará a autarquia muito preocupada em sanar o problema, pois não consta da carta de intenções, agora tão profusamente propalada, numa época de fervor eleitoral. Sendo que a grande massa de veraneantes e ou banhistas que desaguam neste mar, são forasteiros que vêm à procura deste sol, em terras planas e arejadas, não parece estar na lógica eleitoralista da edilidade camarária, o alargamento da rede viária, nem tampouco, a criação de espaços alternativos de estacionamento.
Primeiro estão os munícipes que urge satisfazer... nomeadamente em períodos concretos como estes de febre eleitoral. Esperemos por melhores tempos, associados a mais amplos propósitos e que, por arrastamento, também trazem benfeitorias para a própria região.
Foi num contexto de grande dificuldade em arrumar, condignamente, o seu carro, que a autora destas linhas se defrontou com a situação que passa a descrever. Num pseudoparque de estacionamento em terra batida, mas muito empoeirada, circulava devagar, na mira de vislumbrar algum buraquito no meio de tanta chapa automóvel. A certa altura, observa o estacionar de um veículo que numa manobra de economia, daria para dois carros. Fica parada em frente do condutor, lançando subliminarmente o pedido de lhe facultar um pouco do seu avantajado espaço de estacionamento. Se a telepatia funciona ou não, não sabe, mas a resposta não se fez esperar e mais que depressa se vê o senhor fazer manobras para arrumar melhor o seu veículo. Aquele tão almejado lugar de estacionamento surgia como por milagre daquela troca de olhares, um de súplica (!?), outro de compreensão e generosidade. Mesmo atrás de uns óculos escuros que o sol escaldante impunha, houve entendimento e do bom, do positivo! Depois de sair do seu carro, o emigrante francês, ainda concedeu a sua ajuda a estacionar o outro veículo, que ali coubera. Depois de um profuso e sentido agradecimento, cada qual dirigiu-se para o recanto da praia que mais lhe convinha, mas aquele gesto de solidariedade ficara bem gravado na memória daquela veraneante.
Regressada da praia, ainda com o sol alto e a dardejar, neste dia escaldante de Agosto, sem a nortada característica da época, teve um relance! Ia deixar-lhe preso, na escova do limpa pára-brisas, uma nota de agradecimento – Merci! A falta duma caneta ali, à mão, não constitui óbice à realização do seu propósito. Uns banhistas, a sair do parque, deram a ajuda para a concretização do seu gesto.
Apesar de ser um dever cívico, de cidadania, pensarmos nas necessidades dos outros quando estacionamos o nosso veículo, deparamos, a cada passo, com o egoísmo atroz daqueles que olham só para o seu umbigo e para o seu carro e quantas vezes ocupam um espaço que daria para uma limousine! Todos têm direito a um lugar... ainda que seja um modesto Honda com música Jazz!
Na verdade, é imenso o prazer e gratidão que sente perante atitudes deste jaez! E... este emigrante em França, ao longo das vicissitudes por que passou na sua odisseia, por certo aprendeu, bem fundo, o sentido da partilha que tão ostensivamente ali, demonstrou. Merci beaucoup, mon ami!

M.ª Donzília Almeida
13.08.09
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Editado por Fernando Martins | Segunda-feira, 17 Agosto , 2009, 14:01
Marte

O planeta Marte poderá ser observado a olho nu, tão grande quanto uma lua cheia, especialmente no dia 27, quando vai estar mais próximo da Terra. Não deixe de observar o céu na noite de 27 de Agosto, às 00h30, porque verá duas "luas"!!! Não perca. A próxima vez que Marte vai aparecer assim será em 2287.
Partilhe isso com seus amigos pois ninguém, hoje vivo, terá oportunidade de observar novamente o facto.
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Nota: Não consegui qualquer confirmação. Se for verdade, teremos uma boa oportunidade de conferir o facto. Se não for, não morre ninguém.
FM
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